Pará Ilustrado - 1943

/ - DE MIGUEL JOSE' RODRIGUES Permanenfes; a eletricidade e a vapor Penfeados : õ{endendo timos requisilos da aos ui– moda No grande evolução dos séculos tudo fende a progredir e nisfo se resume o arcano da vida que é, em suma, a continuação do (remenda revolução física, que fez gerar os sêres e as- cousas, e os impele, de evolução em cvol~ção, em busco do ideal. da perfeição, inotingi,eis. Preces ao alcan·ce de Pr.aça 15 de N~vembro, 173. Canto com todos a Rua Visconde de Mauá AMAZONAS ·Já que ludo obedece á fõrço de um defermi– nismo e á exação de um ritmo · incoercivel, cuja evidência os sábios procurom explicor de varias moneiras, é forçoso acreditar-se, além das leis do cosmologia, a cria-las. regê-las e orienta-las, no poder absoluto da relatividade que em tudo é, ao · mesmo tempo e simultaneamente, origem e conse– quencia. ' Vfsfa parcial da pon{e mefálica. A ferceira • exis-· fenfe nà Avenida 7 de Sefemhro. Ao··fundo a Cosa de Denfençifo. Aquem esfão localisadas as oBcinas de •Manau.5 Tramways• e a suh Usina da Cachoeirinna Daí a .harmonia do Unive,·so que _nos obriga a reconhecer o Grande Verdade, a Luz que se oculfa aos olhos da imperfeição e que se mostra apenos obedecendo ainda íiquelo fõrço e áquele ritmo. Os cafoclismos e õ5 guerros que não passam de meros revoluções físicas, provoct1m os conse– quencios relofivos, que ir,ão, por suo vez, indefinida e simultaneamente, dor origem ã oufras revoluções, muifas vezes, mais intensas, Depreende-se, por conseguinte, a necessidade imperiosa dessll5 revo~ luções, poro se monfer o equilibrio imprescindivel ã evolução dos sêres e dos cousos, razão de ser de todo o exisfencin. Sofre o mundo, presentemente, -umo dos maiores 1ronsmufoções em sua contextura, pelo maior guer– ra de lodos os tempos, Oriundo no Oriente com o entre-choque-sino-japonês, ela vêm se alasfrondo MANAUS assusfodora'menfe por toda o Terra, como verda– deira opocafãstose dos povos, ameaçando desfruir o civilização, _que é o ·grau o que se chegou no terreno evolutivo por se almejar o méta ilusória do lnalingivel. ' Em lodos os recantos do globo vai essa revo– lução fisica provoco11do, sislemoticamenfe, outras revoluções. numa ·sequência inexorovel de relafivi– . dades: - A Vida sôbre a Morte: a Vitória sôbre a derrota. Baqueiam povos, surgem noções, e a vidn-revolução continúa na perpetuação dos raf;as. Cons.equenfemente com a entrada do Brasil_na guerra passamos lambem a tomar porfe afiva e direta nessa fransmufoção. A revolução física das _sêcos no nordeste, ., com s~as funestas consequên– cias, veiu irazer para a Amazônia a origem de umo outra revolução : - a batalha da borracha – oríg[m,do jã por oufra mais primitiva : as necessi- • dades da guerra, como imperativo de sobrevivên– cia. O pl,rno de vid'a sÓci,,I, ··os meios .de. manuten– ção modificaram-se, tonsfifuindo a verdadeira frons– migração dos sêres e das cousas, ao impulso da– ·quelo fõrça e daquele ritmo. Observando _i,ssim, •é que resolvemos frazer para os nossosJ leitores. com o ~spiri!o de efuci'doção. as razões de 'umll afifude .{ornado imperioso pélns contingências atuois. fomos abordar o direfor da ,MMaus' Tramways, pare que nos expuzesse os motivos que o leva– ram o solicitar oo Governo do Estndo permissão põra majorar o tarifa de passagens nos bondes dó referído Emprêza. A pós Ires dins de improficuns !en!ativas de in– !revis!o-lo, conseguimos, flnalme_nfe, ser recebidos pelo ilusfre cavalheiro, que íi primeira pergunta, nos respondeu risonho : - Estou aqui desde- 1910 e só não me aposento porque, na época aluo! que ofrovessomos, a nos' ditar sacrificios, não ha lugar pa°ra inercias e _co– modidades, Trin!a e !rês anos de administração dispensam comen!ãrios. Digo-nos nlguma ct•u~a ~ôbre o pas– sado. Um pouco da Historia .da ,Manaus Tram– ways• . A essa voz. esboçou um ligeiro sorriso e clra– mou o sr. Venllncio Igrejas Lopes, um ano mais antigo na. Companhia, o qu al. com nquelo afnbili– dade que o caraderisa, nos relatou o seguinte : -Manaus foi uma das primeiros capitais no Brasil a se ufilisar dos benefic,i0s da ele!ricidode, inaugurando-se o serviço de iluminação . pública no dia 17 de junho de 1896, ao tempo da gestão do governador dr. fileto Pires. Três anos depois. a 1· de agosto de t899, inougurovo-se o servi ço de fração elétrica, correndo em Manaus o primeiro bond, es(ondo então no governo o Cel. José Cor– doso de Romolho Junior. Oual era a esse fempo o preço do pa~sagem· ? -Até 1908, , ainda sob o odminis!ryçiio do Es– tado, pagava-se $250 r~iJ por secção ~ as linha3 o me-LHOR c·1men10 Freitas ·& Ltda. AVENIDA EDUARDO RIBEIRO. 394 MANAUS--AMAZONAS 22-5-19·4-J PARA'. ILUSTRADO ,,. ,flõres, e ,Circular• tinham o ·mesmo numero de secções. S_abendo-se que no Arnazonos jamais leve curso a moeda de cobre ou, melhor, eram rarissimos os ·,dez réis• ,vinfens• e ,dobrões•, inquirimos da dificuldade de !rôco, obtendo pronta re, pos!o : -Como· -hoje, vendit;m-se lambem cartões de posses. Esses_passes supriram " fo ltn de moedas e foram · denominodos ,borós• . vulgn risodos pelo po vo: Com o tempo o preço da posst1gem baixou par.a $200 vigorando até os di11s presen/es. Em seguido folheomos um livro cie regular es– pessura, repositório das inicio fivos felizes dó dire– tor do Companhia, lodos efas visando o progresso de nos·so ferr'n e enriquecendo o · pi,trimonio do Estado._de cu jos . servis:os e_léfricos é o ·, The Ma– naus Trnmways and Lighf Company I imited• sim– ples · or_renda!ãrio. Por êle verificamos que, duronfe suo proficua e comp_efen(e nd~n inistrnçii~. oni1.nou e desenvolveu o porque· industrial da ci,pital. forne– cendo energia elétrica · ás fobricns e, - o qué é mais no!ovel~. focili!ondo a inic it1fiva dos peque– nos i•ndus!riais, alugando aos mesmos.. a preços razoã·veis, motores elétricos de elevi,dos preços e de vorindas po(ências. Co"sltitnmos tt1 n1bem por dados estatísticos que nos fora m p•esentes, que, no norfe do Brasil, cobra a • Mnn1111s Tramways• as foxos mais bnixas no consumo de força motriz. Nesse momento descul p,,u-se êle eril não nos ler atendido nos dias nnteriores, por estar atarefo– dissimo !ratando de conseguir o embarque d e Be lém para Manaus de m~is de 500.000 cruzeiros de moferial rodante e fios encomend,,d.. s , os EE. UU ., como tombem , ultinin ndo " il umi nn~·ã o paro o ,Porque 10 de Novembro• , fttzt'ndo rorrer fios de alfa tensão dire!11me_!l{e do Usina· C entral ãqúele logradouro, numa distenci" su ee rior a 6 quilomc– fros. no curfo proso de qui nze dios, pois o refe– rido parque serã inÍrngurodo o 19 do cClrrente. Tocamos enfão o ponto principal do nossa en– frêvis!o. -Ó pessoal -,disse-nos êle-deseja oumen(o de ordenado, o que reconhe~·o muito jusfo. Com esta maldita gué°rra o combustivel, lenha, lubrificantes. materiais de ferro, fies. tudo em fi,11. subiu de pre– ço. Como poderei atender a e; t,, jusfa prc!enção dos empregodos do companhia ? Oual o preço aluo! da J~nh~ ? pergu nfomos. -Errí'1914,-;-respondeu-~os- cust~va a tonela– da 7$600. Hoje cobram C r $ 25.00 e ainda que– rem oumenfar o preço, o que julgo tJ bsurdo, por estas razões : qunlquer !ra balhodor de mediano hn– .hilidade produz dioriomente duas tônelàdos o que lhe dã o liquido- digamos - de 30 crt;zeiros: sen– •do mois ativo, fo cílmen!e consegue (rês ·fonelados, ha vendo vorios lenhadores que produzem qualro toneladas por dia, ou sejnm 100 cruzeiros diários e nll péior · das h.ipófeses, 50 cruzeiros liquidos. Novamente com a palavra, esclareceu : -Resta-me. apenas solicitar permissão ao dr. Alvoro Maia para aumentar o preço · das passa– gens. Es~e !'Umenfo enfrefon(o não ofe!orã grave• mente a economia popular pois está dentro do jusfo e razoavel. Para as classes operárias e es– tudantis não haverá - aumenfo: pora esfes serão vendidos carteiras com o conveniente obo!imen!o. Além disso, as linhas ,flores• e , Circular• não sofrerão aumenfo. porque, sendo a passagem 30 cen!ovos, em compensoçãb, en-vez de !rês, os re– feridas linhns passarão a fer apenas ·duas secções. trazendo isfo, aindo1 uma certa eco·nomio poro os moradores do segunda secção ac!uol, que. en-vez de '40, pagarão. apenaa 50 cen(ovos para chega– rem ás suos cosas. As5im. .poderei aumentar os

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