Pará Ilustrado - 1943

íl íllmíl · □ íl ·· soe goíl□ B D. A Q U I N O C O R R ~ A ( Da-Academia Brasileira ) n A O podia o Divino M~stre inculcar mais vivamente o dever sa- . , · crosanto da reconciliação com ·o próximo. · . Propõe a este fim; num como quadro pequenino e claro, uma . hipótese· impressionante. Figura-te o ato mais santo e au– gusto da tua vida : sacrüicio,. uma p~ece, uma oferenda, que fazes ao altar do Senhor. . . , . Pois bem, diz Ele, se ali, nesse momento solene, '.'te lembrares de que t-eu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta diante do altar, interrompe a liturgia sagrada, e vái primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois então, voltarás a .oferecer a tua oblata" : Vade prius r,ecc-nciliari fratri tua. . ' . F_ a caridade, pairando luminosam~nte, como supremo principio, nos horizontes vastos da lei evangélica. E que lição para a humanidade, agitada sempre no entrechoque das pa~ões, que desagradam, dividem e separam os espiritos. ! Muito se tem falado sobre o movimento associativo; mas desde a Liga das· Nações, até á ultima .agremiação operária, sente-se que os· in– dividuos e as coletividades suspiram ainda pela ver-dadeira união, que faz a força, e_pela verdadeira organizàção, 'tão indispensav,el á yida social, como á biológica. . · · E' que os organismos sociais serão seµipre artificiais e falhos, mé– ros simulacros de sêres vivos, enquanto se lhes não infundir o verdadeiro espir_ito,, enquanto a força e a vidà espiritual forem substituídas neles, pelo equilíbrio e pelo jogo de interesses mais ou menos subalternos. Os interesses materiais, alem de aviltarem 'o ideal humano, não valem a - unir:, senão aparen~mente, as in~ligências e as vóntades, e só servem, ás mais 'das vezes, para suscitar ·competições,, rivalidades edis– sidências. A verdadeira-alma das sociedades, a sua verdadeira vida e f.orça, é eSl!,a, de qu~. nos fala o Mestre, a caridade, que reconcilia o que está separado, e consolida o que está unido. - , Só ela .tem este poder divino, porque sobranceando a todas as am-- bições te1Tenas; embebe o seu ideal nas claridades imutáveis dos eternos interesses da alma huínana. . · . Enquanto a vaidade do nosso orgulho pensar que o pe-rdoar-• ao próximo é uma fraqueza, e o reconciliar-se com ele, uma vergonha, só reinará sobre a terra a _discórdia, a confusão e a luta. Mas a paz florirá sobre_o mundo, em todo·o encanto de mna soli- . d1?ried~de laboriosa e fecunda, quando a caridade, sanando as ··falhas da justiça humana, sobrepairar, como quer o Cristo, a todas as-nossas instituições e leis, e os homens, inspirados por ela, reconhecerem a gran– deza incomparavel daquela atitude, em que Ele próprio,.,ÓHoinem-Deus, morre na cruz, nãô só perdoando aos seus verdugos, mas rogando ao Pái do céu que lhes perdôe : Pater, dimitte illis ! llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllll~ Em GUÃRAMIRANGA, i com um clima saudavel, 850 i melros de altitude, a. pensão i l 'Santo Antonio, de D. Lili No- ~ 1 gtieira, cqnstitue · um ambiente ; ; proprió _ás • pessoas que quei- i 1 ram •repousar. ',,, ~ i Tralamento familiar, ofi- ! ~ mo p_assadio,_ e repouso ab- 1 ~ - soluto. 1 = ~ lm11111111111111111111111n111111111111111111111111111111111111111111111111illlllllllli~ LEIA " p A R A' I L u s T R A :Q o . H- • - A' Venda Em Todos Os Postos aas "Folhaa" PElOSJTJO Sobre Üma .trempe, , côxa, vagabunda , ,o vasto panelão fica a ferver , os convidados. numa barafunda. vão da cosinha ao •copiar, mord,er ... -Juca, me serve (Juma cuia fund-a 1 Exclamti o Dóca, -doido 'p ' ra beber. __.Eu vou servi premêro . a lia Remunda, responde 0 Juca c'o a guéla a arder .·.. 1 Lá na· cosinha , a lia Remunda. aflita , Junto da ,lrempe• está q~e só uma fi!a ... ,assando. c?m cuidado., UIJ!ª tainha . E a pirralhada. alegre . presenleira, Ioda no quarto , faz a brincadeira, metendo a mão na laJà de farinta. FRANCISCO RENA to .A' ~ ~- d. é,,steJz, ~~1Jzaia, Eu quero ser ·um poeta e ler direito. De na vida caniar o sofrimento A febre a exterlorar a dor no peito, E à Musa sempre ler no · pensam-ento . 8f==============:;::::::;::===========:::;:=:==• A peste brani::a me acompa aj)a áo leito. ,.,, . PENSAO UNIVERSAL -• DE -- ..,~ a· J. fflASCARenHAS & comP• .- RUA SA1 TO A TONIO - PROXfMO AV. - 15~- TE.L 1121 Pensão Familiar. dispondo de especiais acomodtÍções e c_o.nforlo [;)E3@@CD~ ITTl©ITI□CBCD~ Ao c·cntro do Bairro Comercial. àcêrca do Çais do Porlo e dos. Correios e T clegrafos. Servida por onze tinhas de bondes seLem:PARA' Morrer eu quero como os podas. lento... E carcomido 0 ~eo pulmão desfeih, ..~ Cantar··e - nãó ·gemer neste momento. Pois · eu que l.anlo sofro sem ser poel!t Ouero se r poeta para mais -sofrer, 5:-nhar com a Musd minha predill;la 1• •-. E assim terminará meu padecer 1. .. · Sucumbi rá na vida um pobre esteta Oue a lira - em versos - fez aparecer. li==========;=:::;=~==.;;;;:;==:==~• - LUIZ MENEZES DA ROCHA (Da Àssoci11çõo de Imprensa Periódica P11ulisfa) PARA' ILUSTRADO 9~ 1 - 19f3

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