Pará Ilustrado - 1943
\. (Continuação da página 3 comei um relicarío de amor ! A senho– ra preferiu a liberJáde t> a co nvi vencia ctaquela gente insen!>aln , hipocril tt, a um amor puro e sublime. Agora é muito !arde . . . A senliorn põra mim es lá morla! Jane Mariza ouviu ludo de cabeça baixa . Claudio prossegui.u : -Amei-a com ternura e devolamenlo; enlretanlo . o amor lan1bem morre , quan– do é recalcado .. .- escarnecido . . . E assim. o meu. sonho se ,:lesfez para se lransformar em realidade ! Ela ia falar , mas seus olhos enche– ram-se de lagrimas e · um soluço embm– gou-lhe a vo z. Claudio não se comoveu : apenas fit o u-a com indiferençél . Ele já não acre– dile1 va no amor de Jane Marirn. Dep~is falou: --Não é preciso mais explicações; essas lagrimas demonstram _ lanlo fingi- 1 menlo quanto as suas propr ias pa la– vras. E . agora pode partir sem nenhum r~ceio de s er perseguida . Jane Mariza nada .respo ndeu. Numa silenciosa despedida. 'volt o u para ele o rosto muito pali co e afaslou-se a passos · len"tos. Claudio perim neceu imovel por mui lo li-mpo. Tendo o coração aos pedaços, Jane Mariza partiu p1wa nunca mais voltar. Estava morla para ele, lambem estaria morta partt o resto . do mundo. Nunca – mais o som de uma voz, ou o ruido de uns passos, fariflrn seu coração sal– lar, nunca_mais se agitaria ao se"nlir. na sua , o contacto de oulra mão. Passaria · a exislenc ia a - cumprir o dever alé o .. dia do descanso eterno, Em menos de nma semana. Jane Ma– riza preferindo a vida do clauslr0, en– trou para um convento. * * * Sob a opulescencia do luar, um disco de praia filtrava alguns filetes crislali1Íos por entre os verdes ramos das arvores. Debruçado ao !ronco de uma velha arvore, Claudio meditava sem sonhar. Já não mais sentia a alma vibrar nem mesmo dianle daquele quadro mudo e magnificente, porque o sonho em que vivera; desperla ra com a volta da reali– dade amarga. eslrn vasando em seu co– raçã0, desilusão e descrença, - pelo E1' •Embaixadór dos Estados Unidos na URSS DCD~@[;Jr:::J @a [D(I)aJ[]@~ Este livro é um documenlo impres– sionante da vida aluai 110 paiz dos So– viets. O go verno norle-ameri canr, con– cedeu uma permissão i-special ao aulor, afim de que e[e pudesse div_ulgar <,S do– cumentos reser vados e oficiais que cc.,ns– lélln da. edição . E ' o depoimento mais imparcial, insuspeito e equilibrado que ,conhecemos sobre a Russia de hoie, cuja resislencia nos campos de batall1a ·assombrou o mundo lodo, arrancando palavras de admiração e reconhecimento de chefes de gover1-10 da responsabilida– de de Roosevelt. Churchill e muitos outros. A Russia .sem mi.:derios e sem fantasias; a Russia dos cexpu[gOS• e do Exercito Verm·elho; a Russia da . GPU e da agricultura mecanizada; a Russia dos •sem Deus• e dos 100.000 s :.cerdoles pralicanles; ti Russia dos se– questros imprevistos e dos espelaculos de artes pópulares. Ouem são os aluais dirigentes da URSS. A sua pos1çao polilica Franca inclinação para a demo– cracia. Como a natureza húmana com– prom~te o comunismo: ele. ele. O em– baixador Davies, com sobriedade, mas' com eloquencia, revela o preço que o pÓvo russo pagou pelo seu exlraordina– rio progresso : a supressão da sua li– berdade. Haverá realmente conforlo, bem estar e p_ro;peridade onde não ha liber– dade? São do embaixador Davies, em diversas passagens do seu livro, estas pplavrns magnificas, que bem definem a sua posição em face do que viu e ouviu na União Sovielica ·: cNa realidade, não linha eu nenhuma intenção de escrever um livro, mas os tempos mudaram . A Russia es!á no verlice desta guerra e o resullado dela determinará se a comunidade de nações do mundo consliluirá uma sociedade ordenada e pacifica ou se s;riío elas regidas por um grupo de bandidos e de pessoas fóra da lei, que d!slruirão ludo· o que tem valor na vida.• • Em nosso paiz lem exis.lido e existe ainda opo~ição, alguns preçonceitos e, sobretudo . muita carencia de informações sobre ·a Russia e a União Sovielica. Sem ser parlidario ou pretender ·de– monstrar alguma coisa, espero que o material contido neste livro proporcione uma base _d~ falos concretos e pos<.1ivel– me_nle um conceito mab exalo do Go– verno Sovieíico. dos seus dirigen1es e do seu povo. Tornando nola do material deste livro e realizando vossos proprios julgamentos sobre os fotos e .suas inter– pretações, creio que está claro que co– nhecereis um pouco dos meus pensa– mentos e podereis. saber qual é o meu credo e qual a minha filosofia polilica. Se fosse i-u o le itor, desejaria conhecer esses falos' para poder avaliar o màte– rial •. -.conlorme exprimí ao senhor Stalin, ao Presidente Kalinin e a outros che_fes sovielicos, não sou . definitivamente. co– munista : Sou um dos chamados capila– lislas. Sinto orgu ;ho desta denominação, · mas me parece mais apropriado o _lermo e individualista • . O capitalismo, com seus concomilanles direitos ã propriedade, é simplesmente o resultado de uma ordem individualista na sociedade, que permite a cada um de nós a oportunidade de adquirir propriedade, de acordo com tts nos!!:as respectivas capacidades em um ambiente de justa competição• . cNão me preocupa que os Estados • tolalitarios ou ditaduras possam propor– cionflr beneficios materiais ou sociais á infancia e á velhice. Se a liberdade tem de ser sacrificada pai:a consegui-los·, o preço é demasiadamente caro• . .Estas convicções .' com as quais fui a Moscou , trouxe-as no regres-so, sem alteração alguma . Vi, enlretanlo, e apren– di muitas coisas que antes não conhecia e contemplei forças existentes e aparen– ti-menle evoluindo, que causarão ·profun– dos efeitos nas condições polilicas e so– ciais do futuro . Renovei minha ·fé na religião cris-lã como indestrulivel e nas vantagens -de nossa propria forma de governo e de nossa maneira de viver•. Ct\St\ VVJ-IITE -26- CUTBLARIA - DROGAS oehTARIAS - P8RPUmARIA PlílA 7-n&/iwnenlM e ma~ rza,ia detziidtM /! ,ak.ta ,toldo. du PRODUTOS D8ílTílRIOS ·"C8L88T8" Rua Santo Antonio n. 20 Telefone, 11 8 O - BELEM • PARA' PARA' ILUSTRADO 1O- 4 -1~.}
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