Pará Ilustrado - 1943
(Continuação da pâgina 1} Oue qevia dizer-lhe o pl&'l!iío? Talvez · lhe ficc:sse muilu - bem começar assim: -Meu amigo, sou soldado como você, mos um pDuco mais antigo. Neste ' momento, sou o plantão da hora e cui– do do alojamento. Amanhã você lámbem srrá o plantão da hora e receberá or– dem po~a não deixar ninguem sê deitar durante o expediente, isto é. duronle as horas do serviço. Os proprios oficiais, naquela situação, perante o recruta que não recebeu um só ensinamento, poderiam dizer-lhes,.sem - prejuizo de sua dignidade: -Ouer ler a bondade de se levanlar, / meu amigo? Mas oplanlão da hora deu um grilo com o recruta. O homem , ·ofendido, deu outro gri!o. Sim, era essa a lei da ven– dinha da estrada O plantão comunicou imediatamenle ao cabo de dia que ' esla- ' va diante de um homem perigoso. O cabo grilou fambt>m depois chamou o · sargento . Cada qual (ralava o recruta com mais violencia e transmitia o falo ao superior coro cons mais negras . O homem julgou-se perdido, e, num dos intervalos desses conslanles apelos á es– cada hierarquica , !irou da mala uma fac a e colocou~a na cintura . Eslava traba– lhando para o crime. Quando o levaram á presença do comandante, já desvaira– do. pu)(a a faca ·e lenla mala-lo.. Mas eslava terminada a revista da– quela noite. la ma,ndar debandar a guarda formada no saguão. Um soldado chega da rua. a correr, ofegante. -Tire o meu numero da falta !-grila. Soldados . cabos, sargenlos, lodos me olhavam . espantados. En1ão um oficial . ouvia , aquela voz imperiosa de um sim– ples soldado atrasado e nem ao menos dirigia uma palavra de censura? l Eu · pensava na insubordinação do· an– tigo recruta e observava silenciosamenle o soldado que faltara á revisla . Perce– bia q~e sua· respiração i11 se !ornando normal. via-o colar as mãos ás coxas, unir rigorosélmenle os calcanhares, !ornar enfim impeca vel posição 9e senlido. -Meu tenente - faló'u. 5final - ê a primeira vez que me atraso para a re– vista. ·.Eslava muita aflito , pois vim cor– rendo desde casa. Tinha ido á farmacia comprar remedia para minha mãe, que eslá de cêma. Não queria ler uma só · falta para mancha_r minha caêlernela, Perdoe-me, meu lenenle, pela maneira de falar hà pouco 1 Casualmente o soldado per!@ncia ao esqu~drão do ~argenlo adjunlo . -Oue lal é este homem? - per~un– !ei-lhe . Olimo Ainda ha soldado I respondeu-me , dias leve um elogio por ler .Invasão de fü1rba(os, pade ser con– siderado um dos melhores super-filmes denlro do genero .anli-nazis!a, , baseada · n,um argumento ousado, trazendo através das•suas arrojt1das sequencias um tremen– dQ libelo contra a opressão •Nazi• , es- ' plt>ndidamente narrado pelas- interpreta– ções de Laurence Oliver, Leslie Howard e Anlon Walprook e mais Raymond Massey e Erci Porlman. A estrela é uma arlistasinha bem in– leressanle, cremos uma das mais novás revelações cinematograficas. que infeliz– mente não nos recordamos do seu nome. salvo a vida de um companheiro que iõ se afogando no rio . Puz-lhe a mão sobre o ombro, essa mesma mão que· poderia ler desembai– nhad0 à espada para feri-lo, se eu não livessl:! sabido compreende-lo . E vi as lagrimas rolarem-lhe dos olhos. -Vai dormir tranquilo, meu caro - disse-lhe, Tua mãe ha de ficar boa. Mas não le alrazes mais para a revista. Ainda hoje, quando me recordo desse episodio, costumo pensar : -Um soldado a menos para os Con· selhos de Guerra 1 ~ Laurence Oliver Leslie Howard e Raymond Mossey, em e INVASÃO ôE BARBAROS> Todos os ai1is!as do ccasl• procu– ram resallar as suas qualidades arlisli– câs. alé mesmo o que interpreta o odia– do capitão nazi, este num esplendido desempenho fiÍme que expressa graças a grandio– sidade do seu cerraria onde se agitam .milhares de .extras• a mais pura lin– guagem do cinema. E' um filme grandioso, excepcional por lodos os motivos e que jamais será esquecido pelo publico .que o assislir. QílillllliilH!!tlllllillllllll"':::1illOOOOOOOOIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIOOOOOOOOllllllllllllllllllllllllllllllllQ. i #~~-~!'!~&~!:: 1 f "'"'';~~,;:·"'~~Hh'~'ies § __,.. o ~ o O fabrica de Bol_sas. cadeiras. pastas. valizes, · maletas , O --~==-= carteiras para cedulas, bolsinhas para niquei. cintos -~===º- para homem , crianças . senhoras, com os mais ' 0 . perfeitos modelos ~ 0 o Perfetção elegancia e durabilidade, sem compelencie o O no tr.aba lho e preço Stock permanf"nle de arlefalos O ~ d b d g i==-= e couro co ra e jacaré e oulros animais silvestres §===_= Especialisfa <'m arlefa fos de couro de jacaré ACEITAM-SE E COMENDAS 1 Avenida 15 de _Agosto n. 210 1 ÕlllllliIDUilllllIDiílnllU!lillim I UOOOOOOOOlllllllíllllllllflllllllUOIUIOOOOOOOO illllll!llllllíllffiUÕ i 73etno.Mio. 1Juvdind- de 73i~an{a i [D@~Jj~(:)@C][)[j]í]@@ ~ i 1 lt.a,,u,u /J<ientai d,,. ~ ... 16 i l,u,mu1111m1~m,11111111111111:,:,~,:~~,::::: R 2 ·: :"'""""'"''~•m,~J 50 - PARA' ILUSTILU>O 20-2-1943
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0