Pará Ilustrado - 1943

= = = - E= == =i== = == - = A indole ou melhor o caraler varia de individuo para in– dividuo , como, na comun idade vegetal, as flores . Umas, na gargalhada franca das pefalas. no flanco supe– rior das arvores, desabrocham: outras, minusculas, rastejam ao solo · as corolas. No mesmo terreno. com o mesmo adubo , sob conduções climalericas iguais, sob o influxo d.1 mesma mão, a crealu– ra ou melhor o individuo como a planta, difere , já , em em– brião aos congeneres. E para corroborar a minha assertiva, apelo para a sin~ela quão bela flor que conhecemos sob o apelativo: -BONINA. Tornemos-lhe as sementes da especie amarela . da es pecie roset. e da especie vermelha. Lançando-as no mesmo can– teiro , sob á ação do mesmo sol, fendo o mesmo eslerct- e sob é guarda e cuidado de igual zelo, viçará a bonina ver– melha, rosea e amarela. Assim o homem. Igual na conformação, diverge, porem, nas nuances. Embora sob os mesmos canones, sob á mesma educação vemo-lo desen volver-se. inlrinsicamenle, diferente. Alguns ciosos da sua honra . sobrepairam-na: outros es– banjam-na no pano verde da difamação. Como o marido de lady Bruins, que, ao saber de um novo amante da esposa enviava uma. circular comunicando não haver necessidade de ocultar aos olhos do mundo esse amor culpavel, uma vt>z que ele, como marido. dava ao mt>smo lodo o consenlimenlo. existem , por esse mundo de Cristo uma profusão de Arencibia . O que uns encaram por um prisma. hediondo. outros . dis– plicentes. defrontam airosamente. = Oi v~rge muito á percepção. - - == = E::i J\l\uilos sofrem de daltonismo. ão distinguem ou não querem ver as colorações da di ~nídade. O que apraz a um cerlo e dderniinado numero , é repe– lido, com asco, por outro . E. para compensar essa falia , bastas vezes , recorrem á filosofia os oficiantes do cullo-<.:omodismo. - ,Para que se impressionar; o que acontece é porque linha qu~ acontecer. No fraco eslá o mais fra co: no forte o ma is forte . E explicam : Si o deslise feminino é fraqueza. o marido que cuida impressiona r-se é mais fra.ço , porque se comove : si não dá :naior imporlanc ia . o que já é fortaleza . demonstra ser superior, . (Ufa, que filosofia .} Isso, no enlanlo , é umél variação do lemperamen!o. E como nesse seculo da velocidade ludo é fugaz como o meteoro , 11s conquistas são mais frequentes , o que não im– pede, lambem , em compensação, que os escorregas sejam mais constantes. A moça que sabedora do estado· civ il do rapaz namora-o, o que espera ?.. . Por cedo que o faz por veleidade. por ser um passa– tempo agrada vel que se coaduna perfeitamente com ·o nove– lesco do seu espirita ... Não é essa aventura um dos matizes do temperamento?... Mas . nessa caça de emoções novas. não vá queimar as azas de seda nem roje por ferra, desmoronando·. conscien– lemenle, o que Ião alio cantou esse lldmiravel Vilar Hugo : Oh! n'insullez jamais une femme que tombe! Üu i sai! sous que! fardeau sa pau vre àme succombe ! ShERLOCK HOLMES CABRAL COSTA RUTH Fizert1m anos : Ruth e Renée de Figyeired_o . filhas do nosso amigo Antonio Dilon figueiredo, funciÕnario da Contadoria .do l;.sladg__ Ruth acaba de colar grão de humanista no Colegio N. S . de Lourdes, em Curitiba, Estado do Paraná. e Renée foi pro– movida á 4a série do curso ginasial. Ambas encontram-se em Bagé, Rio Grande do Sul, passando as férias em · companhia dos seus avós Aprigio Fernandes de Sá. agente do_ Ímposl o_ de consumo frderal naquela cidade. e de.ma Ho norala Ta vares de Sá , onde passarão _a J:esidir---lamber'fi !IS noss!IS conler– ranea .~. Ruth rnnla pre~enlemenle I ô anos de idade e Renée 13 enos. RENÊE ~ ' IVERSARIOS lima e consideração do seu largo circu– lo de amigos. • • • DULCINÊA PAR E SE-Tre nscor– reu no dia 2 do mcz corrente o a ni ,•er- 5ario nalalicio da inteligente senhorita Dulcinéa Paraense, nossa talentosa co– laboradora é expre5são destacada da inlelecl.ualidade paraense. A aniversariante viu-se cercada da es- Fez anos no dia 6 do corrente õ distinta . senhora Clelía da Costa -10- PARA' ILUSTRADO 9- 1 -1943

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