Pará Ilustrado - Julho 1943

• Ano .VI Num.• 137 Diretor-proprietario - JAIME DACIER LOBATO BeLem DO PARÁ, 17 oe JULHO oe 1943 FONE. 2 7 1 9 e Por pensamentos, palavras e obras , como rezam as Escrituras, o coronel Magalhães Ba– rata tem demonstrado seu interesse pela causa da instruçâo. Notadamente o ensino • primaria merece do Chefe do Estado uma atenção especial. que não consiste apenas na manutenção de grupos, na abertura de estolas, mas tllmbem 1 na vigilancia á população infontil qu e frequenta esses estabeleci– mentos. O desejo de s·. exc. é alimentar cada vez mais as casas ee instrução, mas espera e exige que esse desejo seja correspondido por parle dos alunos ou, melhor, de seus responsaveis, com uma frequencia escolar compensadora. Afim de que os pobres não se sintam cons– trangidos em matricular seus filhos ao lado dos abastados da fortuna, o coronel interventor aboiiu o carater obrigatorio da farda nos grupos ou escolas reunidas. O pequeno estudante traja á altura do recurso de seus pais, sendo-lhe apenas exigido que com– pareça ás aulas em estado de asseio de corpo e de vestes: roupa limpa, cabelos · cortados, unhas aparada~. Aí já não é uma questão de abastança, _mas de rudimentar higiene, que todos devem seguir e obedecer, em beneficio mesmo da saude de cada um em ptirticular e da coletividade em geral. No interior, então, onde o nível i~teleclu~l dos pais, sobretudo nas classes humilde s , ~. via de regra, pouco desenvolvido. o zelo do do- interventor paraense pela causa do ensino atinge maior amplitude : o coronel Magõlhães Barata recomenda ás autoridades locais que exerçam ceda · vigilanci'.I sobre o comparecimen to das crianças ás escolas. Essa medida de tão elevado alcance tem dado os ' melhores resultados , aumentando consideravel- mente a frequencia dos alunos aos estabeleci-= rnentos de ensino . como s. exc. verificou em Caranan<lubtt , no Mos queiro. Esse interesse ma ni fes to do coronel Intervento r pela inslruçtio é um-t1 das facet as ma is sedutoras de seu governo. Em geral não é ôSSim, o que fez um feósofo dizer em Belem. numa conferen– cia, ele homem viajadissimo. que o Minislerio de Educação, seja de que país for, é quasi sem– pre o cgata borralheira~ entre os Mini s terios que formam um Gabinete. ~ cÜs est~distas e politicos - esclareceu o con– ferencista - vivem tão sobrecarregados com as necessidades dos adultos que não podem ' h:-azer·: .... •· as crianças ao campo de sua ·visão... E, remõ"'– lando, citou a resposta de Napoleão a Pesta- lozzi, quando o famoso pedagogo procurou in– teressar o onipoten te imperador num esquema de educação nacional para o França : • Não lenho tempo paro me ocupar de alfobeto 1 .. Felizmente, esse lazer é que sobro ao coronel Magalhães Barata, em meio aos a rduos pro– blemas de sua fecundo administração. Temos l1 SéJ{isféJçáo de anunciéJr para O proximo numero a colaboração. que muifo nos honra, do eminente escritor padre Dubois.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0