Pará Ilustrato - Setembro 1942 n.120

·. 1 • . ., ' . . ·. ' I •, ' . • ( Regis tado no OIP) RePResenrAnres em TODOS OS 9STADOS DO PAIS Expediente HO ESTADO umero av ulso 1$500 a lra za d o 2$000. As;;maluras · api tai (ano) 35$000 nlnmr .+0$000 OUTROS ESTADOS , umf'ro avulso 2$000 afraza d o 2$500 Assina tu ra .'! (a no) 55$000 Anuncios mc-d ianle conlrafoc; , nha, a nüssa pequena granj1.1. e cad1.1 hcrvinha que nos ajuda n~ iéifieti lut1.1 pel1.1 subsistcncia. E ~ mplefa a nossa felicidade . Nin– guem nos vem visitar. ninguem sa• bt• sequer que exisbmos. Estamos ozính01'1 no mundo com a nossa elicidt1de. com 1.1s nossa s qul'rid1.1s nrvor s. cpm O'I nossos limados pa 5 saros. f' com Deu._, que do i,lfo s olha e itbençõa Iodas sa ma hãs com um raio de '!oi •. Em o utrn pn~m11 do caderno lia-se-: ,Carlos p rg\mlou-mc hoje se a so lidão me cansa Desde que para aqui e trouxe. ha cinco anos, não vi mais nin~uem senão ele. .Mas cu rcspdndi-lhe resolulãmentc • '1ue não Prr,into que , se voll1.1ss~ • ão de repouso Em GUARAMIRANGA. com um clin-1.1 s1.111ui,1·c-l, 850 me– lros de altilude, a Pensão Santo Antonio . de d . Lili Nogueira, cons titu e um ambiente propicio ás pessõas que queiram repousar . Tratamento Íl.lmili1.1r. otimo passadio. e rep ou-;o absoluto . • • • • • • • • • • • • • • • • • • é vida civi lizada. embora em com– panhi1.1 de Carlos. nossa felicidade se exlinguir ia para sempre,. . En lre uma infin,dade de obser– vações sobre 1.1 vida domestica . sobre~aia aqui e ali. este grilo de desespero: ,Contanto que ru não adoeça! . Tres qua rtas parles do lil'ro rs– lavam cheias de nolas as 1m. bre– ves e inesperadas. As confissÕl's e observações da mulher inlerrom– pi1.1m-se de repente. ao findar o livro . Depois seguiam-se di vers1.1s paginas escril1.1s por mão de ho– mem, em es lilo rude , seco e ner– voso. ,Ouem ler islo - dizi1.1 - com– preendrrá 1.1 razão do meu crime-. Não me el'I.I possível agir de outro n1odo . . . Por favor não loquem na morta ! Voltarei dentro de al– guns dias e com minhas proprias mãos a enterrarei. Friccionei-lhe o corpo com hervar para que não se decomponha depressa. Ouizera srpulla-la imedi1.1tamenlr, mas niio me foi possível. O _horror me imo– bilizava os musculos. Ou1.1ndo es– tiver c1.1lmo - se chegar a me 1.1calmar 1 - voltarei para mr des- pedir de minha querida mulher e dar-lhe srpullura cristã. •Matei Mari1.1 para não 1.1 vrr sofrer. Adoecera havia quatro se– manas e já eslava ficando boa quando uma récaida sobrevciu r:om graves compliC1.1çÕes {jma doença , desconhecida para mi111 . amarrou-a ao !rifo. novamente . m rtirizando-a com dorrs 1.1gudas. Firou Ião fraca que neo me alrrvi a deixa-la só 'D contrario não "recuaria diante dt" uma viagem de cinco dias pafõ ir m · busca do medico. que eu Iraria cusl11ssr o que custasse, me~mo que li\'esse de o c1.1rregar ºº?ººº o o m f :J m □ ® m [D~ [!l .. o 000000 ººººººººººº o oi 111 • Extratos, B ri lht1nlinas, o m rn □ f o b.1 1 , Loções. Pasta s pa ra dc-nfrs, o leo de mulnm ba . Dó de- arro t , Dó de o o . l 'l~bao. Ta le-o e ma is a rl,go do r amo o o de P erfumam, . ººººººººº" ás cosl1.1s . . , Mas, se · eu fosse, Maria morrcri1.1 de fom~. pois jé nem forças linha para lcvanlar a colher. .fiz lodo o pass ivei para lhe a liviar os padecimrnfos. mas foi cm vão. ã o s1.1bia sequer cm que consisfi1.1 o seu mal. Como as do– re~ se lhe !ornassem insuportaveis. murmurou-ive a·o ouvido que a m1.1lasse, De , modo tinha de , morrer e não v_ l,a a pena conli· nuar padecendo . No primeiro ins. lante. prolesfr1 e me opuz: m1.1 pouco a pouco, fui percebendo que era a unica coisa que me res- . l1.1va fozer . .. Antes disso . porém, ao dar-lhe o beijo de despedida, promeli-lhe que me não suicidari1.1; receio , porem . não poder cumprir a promessa . De me serve 1.1gora a vid1.1?. ,Ningucm ., estas re- dondezas , que rnconlra aqui. N ingu da ainda viv1.1 d que desapareceu da c1.1s1.1 do$ . pais "t.. ·nha mulher é · filha de obetlo M/1.1rwick, o pas– lor melodista df • Town- Ali tt raptei . h1.1 ano,i , Assim dC,iOrrrr ,Ha cinco' dn lraz. 0 Çh~ada a prim1.1vcra . resolv i. com meus. dois companlieiros. le\'ar nossa·s pdes parn New T own e, com o produto d1.1 venda , compra~ se– mentes. pois durnnle o inverno !O nos acabarn 1.1 prqvi ão de crreaes. Eu nasce r1.1 no bosque . Minha mãe me deixara or. -o Ião cedo . que nem sequer a conhrci Até essa priQ")avera de que falei, nunca saira da sei . f born ·a fosse um homem , n linha• vtslo, cm minha vidti, :ienão as figurns hu– manas dos nbssos \'izinhos. Chegados a ew T own, para- mos rm casa do pastor. que fica– va 1111 fronleira do b ~·- s e 1mp vis- l1.1s que se rnm naquela cas1.1, que 1H11s linda deste •;ru:I me alonifo. Havia nli I i asos, muitos livro~ e ou isas de que eu ,uvart1 f lar, mas que jamõis virõ. ,\1nria rnlrou na sala ondr ergui-me da cadeiea d >. Era a primeira mu– \ 1 nõ minha vida ! o 11~ ombrado fiquei, que não prol'ar a comida Contem· o ºº o ºº" o ººº '• o co an r~ ~'J 1~4 HEM!

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