Pará Ilustrado - Outubro 1942

;. .,,. .......---~......,,.- --------\"' L-~itr,edo I ªlr>•,,,edr> ! ./ ~~~ ZUILA :__ V iu põssa r O navio linh a passa do . ha via mu ito, o farol de S a linas . A inda eslava, porem . em aguas paratn– ses. Adiante seguiam outros na vios cujas s ilhuetas se di vitrnva m na s uperfície do oceano intranquilo. ~ zia lu a r. Ao lado, gua rd a ndo d isla ~ci a , meti a a prôa nagua a foi – lamenle o des!roi vig il a nte. Era como um. cão de guar -ia far eja ndo o inimi go traiçoei ro , rara da r-lh e combate . ,; bordo d o nav io qu e segu ia na ret agua rd a nen huma lu z expos– ta h11via , pa ra não a tra ir a a ten– ção dos s ubmarin os . féras oc ulta s, sempre d e emb oscada nas ca la das da noite . A t-h pul ação ent reg ue aos s eus a fa zeres, o uvia o ritmo das ma- . quinas desenvol ve ndo a marc ha d o barco. Outros lri pula nl es . cuj a fa i– na fõra cum pri da . do rm iam em seus cama ro tes . No convés a lguns marinheiros con versa va m. Corri a a bo rdo a no ticia de que ao lo nge. na d ireçã o da cos ia ma– rajoara , fô ra vislo um risco lum i– noso subindo os a res . S in a l mis– terioso tra ça ndo uma parabo la no espaço . Na relin a do ma rinheir o aqui lo fi ca ra impresso de ma neira imp ress iona nt e. -Aquil o é ca paz ne se r av is o . D izem ·qu e na direção de Sa linas lambem foi visto um s ina l ir:l en lico . - 0ue nada. ra paz , aqu il o foi estrela caden te ... • - 30 f!inddnlw 1nuq,u,üa_1 (Zé Vicenfe) !erra pa ra o céo ? Um ma rujo que pa ssava com uma eslopa na mão , ouvi ndo o con versa meteu o bedelho ; -Ora . vocês di zendo beste ira . Aquilo deve ser a lgum a viso pa ra s ubmari no. O s ba nd idos dos qu in– la-colunislas e dos extrangei ro s ini– mi gos e ainda vivem no lito ra l sabem de tudo . conhecem Iod as a s DE NA'i?;Att.E · C0 \l o d ia 4 .dô cor; en .1sco (reu o a n.i11e rsa,·i'-'~- 1 gr i e s enh orita M ~ría i oba lo C osia . p1·oi.c~"\l.,,,,.. no rmali s la e des lac o orn - menlo de nossa ·•sqcie l'le .- ,. A nat ancianle q ue i! fiJ ha do s . Paulo Cosia e de d . lda J:ampos Lobato Cosia, pelo eve nt o . ví u-se cercada das •mai s sobeja s prova s • de a c! mi ração e es tirg•a de su (ls inume ras amig ui nhas . .,- .. manh a lra nç a.nd c, pe os es c ri lo ri os, conhece ndo os IJ) a ni fes los d ga . .. De repent e o navio es lrem _.., em Ioda ~ " s ua es lrulur a: Ab?l lo u ..,.. d .,. ,.. e popa a pr,~ a, A exp losã o foi fr rmidave l. f o~ uma co i .ho rr o• . \ . rosa . ~ -~ ,.. - Torpêdo I To ·i, êdo I K prc.s• so. os esca leres! Cu~~ -~-=A: ~ú.a eslii ent rando 1 ) • ' E a co ,.fusão lav ro ,, a borc~. ~ e ng us li a era incli sc ul ive l. O na– io submergia. T ri \l ula nl es se a li- ·,... ava m ii agua o lu c ina dame nl e. " '_. A so nl bra do des lroie r passo eu pego es- ses . . . E so ltou um pa lov rão Um ou lro marinhe iro . os ol hos presos na s ilhu eta d o <lestroier so– br e o ma r p rat eado, confi rmou com a ca beça . -Eu con heço uma porção de nazista s que mo ra m em Soure . Eu se i a lé de um a lemã o espião que lent o u comprar uma faze nda no Ma ra já. bem pert o da co la e depois foi dero rl odo. O ou tro acrescent ou : - Dei xou uma porção de ami– gos que não sa iam da sua ilhar – i;ia .' D izem a té qu e deixo u a mu– lher. E' ca paz de ler de,xodo lam– bem um ma ço de (ogueles lumi- nosos. O mar uj o da esto pa na mão dec la rou : - A 0 uin la C o luna só se aca bo com gazo lina I Eu co besl inha de ve r a t · nas companh ias de nave– gação genle que lorce pe la A le· PARA' ILUSTRADO ve lo z jj, ,J ea ndo a que le quadro mendo. O deslroi e r era com, mo losso bra vio vo ll ea nd o em ca do in im igo lra içoe:.co e v !a ndo bombas de profun d id a :le suposta di reção do subm l:! ·i110 ro z. Me ia ho ra depois somente dois esca leres ba loi ça va m sobre as on– das . O des lroi er pa rl ira para de– fe nde r do tissa ll o os o ut ros na– viog que passa ram a zo na enfesta– da . Era s ó , entã o, o qu e lin ha a fa zer. No di a seguin te a Üu in la -Co lu– na comentava o lo rp edeamenlo dos nav ios. Os na zis tas mi:;e raveis en– lreo lhava m-se sii;i nifi camenl e ou re– latava m ba ión ho a no ticia no m– teri o r d os cafés e bo tequins. . E as ag uas revo lt as d e Sa linas ·en toavam inl imamenle uma canção trogica . O éco de voles a,ngusliadas 11n– da aindo espa lhada pe los ma- res . Torpêdo I lorpêdo 1 afu ndado . 10 - 10 - 1942 .. \ \

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