Pará Ilustrado - Março 1942

e. m . • \. \ ~-~~ - c·a. ôa d&u uma volta sJ– ~'as pi~ aguas do M a-" • ~~nzie'. as o guia, com cer- _Aeira'- ada, levou-a para a marge enosa. Depois, sal- . ·• ..•' tll,lldo m érra, s egurou a cor– .· · l • d~· que lhe servia de amarre . :_...;t' • - Já póde desembarcar, di s.: • se ele. enquanto àmarTdva a . :, e<~rda a · uma llrvore. ~ , · •Q cotnpanheiro apanh~u as . · éspingãrdas e pulou par o a rnc1 rgem. ► .- Bom acampamento, · .. c:on- •... tu\u-.,1.\ f ala.r,tlo o g\Jia. mos– Y Íil l~\~.u'>- clar:9, ~~_cil~gido, por •~,.~te, pinheiros, 1 -nbate dos · · • 'ventos l ~ • • · . Me Fergusen ou o ros- • fo do g uia , lodo ~io de ci- catrizes. ~ •." I \ Ond~ .teria ele visto já aque- • les olhos?• - Eu já te vi alguma vez, Jirn l . > • 1 • Rough Jim, porém, fe;. que :'ãl, ouviu, ou que '1lwffenlen- • eu. /'-:-=: Vou fazer -uma fogueira, limitou~se a dizer. X X X Acos tumado a vel-o taci– rno, M e Ferguson não insis- . . iu, ajudando-o a juntar madei- ras' s eca.s~ que pouco depois, a rdiam, crepitaado. - E' bom e~ãsiar a canôa , d isse Jim. Tinha nos olhos um resplen– dor ma ligno ao acrescentar : - A corrente poderia levai– a esta noite, e s em viveres, nesta solidão, não durarí a mos mui lo . . . Eu me e n e a r r eg o di~ o. vá o senhor tra ta ndo do fqgo, Me Ferguson, se foz fo– ver. Este ergueu a cabeça, sur- · J preendido de que o companhei– ) º saísse fórn do seu habitua l 8 _ 3 - 1942 ( • ~ , laconis~o. Mas já ele se afas– tava indiferente. Me Ferguson sorriu. - Ora . . . Oue imporia? ,· replicou . Um tipo esquisito, que se !em de aturar como ele é. M as ... eu já vi esles o lhos fosse onde fosse. Os dois homens , se nta ram– se ao pé do fogo, para !ornar 11 sua frugal refeição. O guia o lhou em valia, e dísse a seguir. - E esta? Não esq ueci o sal na canôa? Me Ferguson, amavel, ergueu– se para o ir buscar. Mas não havia cam inhado ainda uns dez melros, quando- ·o guia se ie-" vaniou por sua vez. e cau le– losamenle se poz a caminhar atrás dele. Inconsciente do perigo, Me Ferguson inclinou-se sobre a canôa sem que visse vestígios do sal. Subito, um rude empurrão o fez cair para denlro dela, alguem soltou a amarra e a embarcação se afaslou da mar– gem, fortemente sacudida pelas h.irbulenlas aguas. Um pouco ao largo, no rio, esticada á corda da amarra, a canôa pa– rou num es tremeção. X X X Aturdido, Me Ferguson poz– se de pé, e ao ver o guia na margem, g rilou : - - Jim l . . . Estás lo uco? O o ulro poz-se a rir. - J im? exclamou. Não era ass im que tu me chama vas em outro tempo , Me Fe rguson ! Este, como se houvesse ras– gado um véo que lhe ve lasse a memoria, disse, então, com a voz sufocada: -Clarke ! ... Tu 1•• • Pie– dacle l PARA' ILUSTRADO • \., ' ~ . . . ~ - P iedade, hein ! inte rrom- • \ peu Clarke. Ah ! Reconheceu- me agora 1 • • • Lembraste do passado? . . . Oueres que te conte uma hisforit1? Ha Ires flnos , dois camaradas, d ois compDnheiros em sofrimentos, que h a v i a m . conhecido _as __Y"""\._ .°' : ~ piores provas das Jesgraça~ - deste mundo, que h a v i a m corr.parlilhado p ão e abrigo, descobriram juntos •qualque r co isa • . ás margens do rio Yukon. Pouco depois, tinham conseguido encher varias sa- co5 com areias ouriferas e pe- pifas de ouro. A jazida aca- bou, afinal. e em vão lavaram are ias e quebraram' quarlzos. N i.ío alcançaram mais nada ... E cÓmo o in verno avançasse• foi ' preciso encaminharem-se _ para regiões mais povoadas. • . . :t ,.· O produto, dividido entre os -,~ ' l dois. não dava para grandes \A coisas. Então, um dos compa– nheiros concebeu um proj crimino;o. Uma noite ... -lem bras-te disso? enlerrou traiço · • ramenfe a navalha no peito ~ seu camarada . E depois... .. - Por piedade, Clarke ! ·ge– meu Me Ferguson. pegou no corpo do .- amigo• ás costas, como um fardo, e foi lançai-o nas aguas do Yukon. Lembras-te desse assassinio, Me Ferguson? O miseravel aniquilado, não respondeu uma palavra. - Por que milG1gre escapou . Clarke da morte? Só Deus o s abe, mas jurei nesse di a tirar terrí vel desforra na primeira oportunidade. M eses e meses e rrei do Alaska ao Klondyke , procurando o feu rastro. To– dos me champvam Roug h Jim, por ca usa do meu caracter bru- ta l e reservodo . . . Ouem po- • deria reconhecer sob estas ci– ca trizes a a ntiga ca ra de Clar- ke /... E. afi na l, encontrei-te, • Me Ferguson, e o fereci-me para • te servir de gu ia. tu aceitas te, sem suspeitar que a morte te seguia os passos. - Ah/ Eu reconheci os teus (Conlinúo no pagino .3.3) • • • -

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