Pará Ilustrado - Março 1942

.. .. ~t~ • • ,. , -~ • • . .• • • • .. ' • f . .• ·-> . .•, . ' \ • • ~ ) ,A gra tidão é a mais belt1 , ,:~ , fude da ,a lmn., Frose com ti qu~~~ r IB pale ntea\-a sua (!ralidlio o nosso excelso Ca rlos Gomes Ioda a v_ez , que fôra a lvo de qua lquer coad iu- • • e:., . rn m H □ rn [!] úJ vação dima nada dos excele nl es amigos que soutera fozer . Carlos Gomes lerin lido uma vida regula- da se niio ÍOssP o frncasso . ou op ies. a ingenu idade. do enltio jo- ven comp osil o r: a turdid o com o explosão. de ap ldusos· que reboo- \'Dm 110 recinlo do grand ioso km- pio de Arte que é ô· ,v'c lhslo Te11- lra ,ScalE1, de Milão, ' 11a i11esque- < ivel no il e de 19 de ma·ço de 1870 qú·e :,e ca nlou pela prirnt ire vez u e~ : :· lganle cGuara ny, e ,:t:- cb lado por 1:1110 o rqu esl ra de q110- lroce11los pro fe ssores; a assP.!le nc ia de duzenl os 1nues lros compos il ores e lodos u's•"i11éú lé1 lidõdes d11 mbsica e õll6 orisloc ,'ac iõ mil anew . Ü que foi essa CúnSft!,lfOÇÕO, basta dizer que Carlo:s Gomes foi chamado ã ce na um sem numero de vez·es , cobe rto de ílô res e pai- • mas frenelicos. e alé beijado por muitos dos maestro s q_ue assisti– ram d representação inlerpre!a dB pelos mainres cantores da epoca . o is nesse momento de maior closiio de aplausus mol sab ia q ue as suas proprios mãos cavara suõ ruino, assinando õ proposta '8 casa editoro e vendõ de direi– to·s outoraes e : ·gropriedod~ do • capo lavdro. que é o e Cuara ny. que gloriosamente correu os prin– ci paes Ieatros do mundo ! • ..:: · Enqu1rnl o 11 cõsu edilorn '· f .· Lu– ca, iu encpendo o cofre com gor– das pecun ias result an te do sucesso arlis' ico - finencei ro dos conl i1·uas rep resenlõçÕes do fdmoso , G ua– rany,. o seu genial auto1: linh a el e afron lor uma sér ie de dif1culdades maleriaes que por vezes o irrilo- • vom; deixava. entoo, como um amorgo desabafo, ~a ir-lhe do peilo a frase seguinte: ,mais vnle u d i– nhe'iro ' que a g luria.. Em meio dessa luta'· lil trnir o, s urgia oul ra, lõ lvez peior: ii g1ila dos despeita– dos. o fi cim:s do mesmo 0 !1'c io. me- díocres e pequeninos. porem gi- gan les nas co lu nas 101 prs para nrnlqu1slu- lo no se u paiz . Cre11r(1m a aluardo de se hoHr nolurali!Sado ilnliano. e l1:1nlas outrn-; s1:1nclices ... Porlonlo, ~er grn lo e ser juslo, sentir o'\ reílexos dr ludo que lem • ô v da cm si de sublime : As es– trrlfl~. ns flon: .q ucloro-.aq; o vento refrescanlr: a Lua me, encoria; o C' éu - doce! de amor - - e as mu– lheres como essencia e a rnzão de ser da exislencio .. . Oue de desolação seria estõ ptis– sa~em pelo vida objetiva sem os influ xos dn encantadora obro mais 26 - ' .. rn mrnum ULYS.IE5 NOBRE pPr{eif; da nalu~ew, Ião m11l com– p ree nd ido e sem a conc iencia Je quanto vale?! . .. A gratidão possue o co ndão de aperfe içoar alma e cornção; ele– va ndo o raciocínio a culminoncia do ·meditação •- . força creedora do Bem. sem' li qual não existiria o Mõl. Porem para extermino-lo. necessario se !orna aprender a perdoar. sentido mõximo da vito– ria do Vida. Neste caso. sempre que ha li– berdude. a vida é um sonho e a unica realidade -- a morte 1 A gratidão, põra quem sabe cul– tiva-lo. é um .cul lo que se rende ã Felicidõde. embora fugilirn a ace– nar-lhe de longe com a g racialida– de de sua silhuelo côr de rosa . Portanto. 1ulgor-se feltz é o alma em conslanles vibrações de otimis– mo. gra:ide v~nlurn na vida plone– tMia, que ludo dã e ludo lira. por absoluto. - determinismo do qu 6 1 não nos libertamos: viver e morrer. Corno nada se perde no arnhilo imenso da nulureza, c0m a fusêo do amor, dar-se-á a perpe– tuidade da especie, de gernção em PARA' ILUSTRADO . . . • . ··1. w , :Q .~ -1, , ~ ,,, • • • • . '"; . - ~era<;ão . d e ~iclo á ci c l~ : sob os impulsos dos e~e11°1b1l os . o ~nes111·0 '.-. · • •. _s;,cedendo com o a ndejar cl:o lem: . ~.·.=.:-4',,..·: ·•p~ que lei:á ; ternomrnlc Çl. mes mo -• ,; . . ;' f' . ~- . . . .. ••il ",;l~ ,pro fundo . • • .. Nã c.. , 16vl:'. rá moJ,:rni smo que ~ l ,p. • • 1110 , 1P1 ,yue .. . . . , • xx •x • ~- • . . , _ .. • .. A mc,1ll)t ot1i a a ~ssenhor"él r-~ • • · ·- d _,• lu dcf ~ d e lodos que . . e1lJ1m.• • •·• . 1 co ns ub'l ta nc ia vo a e.,ida . Assim. nã-o • ~ • • . . .. P ocleril\ continuar. .!o rn a r 1 se-ia" ne- ' . . . cessaria a ebriedade do p rnzer sa- dio , pa ra sus_é:-1la r· a a leg\io c~l tli– va , e. como diz Lama rlin e ! ,!-l a- • ver t.. ma mu lher 1·0 p'1~11c ipio de tndos õs co isas , , num . cli,1 en~a l" - •..· . na do de luz resp lend ente. i m 111 eio • •~ · d e t 1ul>ring11do r perfume . co nfq por 11111 en cél nt o .· d a curo là de 11m a • • • rosa oparerc ro a s ill111 ela linda, penel ra nl, rnenle l,11J1:1 de uma me1- lher. Ouem és lu, inlerroga mcl' 16c for- mosa c·reolura,' que v:es ic engala– nar a vida. dando. impr.mindo me– lhor se,iJ ido a mesma, que deco_r– ri t1 sombrio, sem oprazimenl~- t1 I- : •.• ·.\, gum. com a magia_ dos l~.1s- ,~1-w.- . ~ -, · • • res !ão l,mlos ço 1110, as es lrcl ~ f!> • • • • as 1H1,ks d~ !'ua~~ õ lenloçiio da\ • . · • ,' tu·os bd as cfurvas ploslicas '? Sou • • a Arle creacfu~ p2_!..J,eus. Desci a terra pa1i • ~ •, di-la nas""!>~ncf-P' • dulidad es. I s mais e~ pc lganlLs ,: musi co e có\ to . ConLerir6 alri ·, los arlislicos a que m- ·m~r~ce-los deles constituírem delei"t ~ a los os ouvirem e possuirem õcui- dade ;ludiliva e visual parn..·com- plelo, sucinto julgt1menlo da arle seus ~u! Lores. E as•s i1f'I de maneira su~gi ~ a arte. Na historia da ~ manidade não se reg,s~ 1.1---·men– ciona nome algum corno creador da musica e do canto. A musica. o desenvolvimento dessa arte Ião. dom ina d_g,.a dos ·· ·. sentido s. observn -se desÍÍ;~ s ~em-'-'· pos da • mais ren~ ta antigu1dod t.~ n11sceu com a humonidad.e, po~ an- lo corno as flores. 0~ grego9, como precursores. da civilisação. e os romanos cu1ti-,·tiram-na com oJ– mirave paixão, E nos tempos mo– dernos. é ilimitado o numero dos que sr dão 110 estudo; tanto assim é, que a musica caracleriso um povo; pois em Ioda parir. t1 arte é a expressão rnaleri ol do pensa– mento; a prova visível de que um povo tem ideais, sensibilidade, en– fim civilisoção refinada, X X X • Com a evolução nalurnl e lf • cessaria do mundo, <com os fulgo– re!? da civilisação e corno conse– quencia logica dos ~aios. a musi- ( Conclue na ullima pagina) 28 - J - 1942 . . • .. .. .,. .. \ , • •• • - ✓ "· J I

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