Pará Ilustrado - Março 1942

T • • • .. • .... . ~ .. , . . ~ ... • "' . '• . . : •. ·. ' ·' ._,,. ~ . . • .!..·.. ). : 11 ._ &..A.I~;,.; í'J~~~ l. &.ua. J. ~-.._:.. ~t• Ca .l os Albedo , assim se d1am11 o ...,,... · ,.,...,.....,__,v, .,,-- I,~ 4 1 heroi de minha familia, a lraduzir . .• .. /O .J :_ .1 .1 ,:,. _ • • • 11 Ocli3séa do grego . em melro se- .. •. . : · .. ~ . . . •• ----- ~~ lh~nle ao origi1wl e tscrever o seu origina l Brn ~ilia du<; que 1111da fica a cleseiar a o poema grego . cm inspiração alla111c 11 te rl f1s s iCél e de . ·. . . -~ ~· . ·. ~ · fl:llondo a res peit o JQi•. t, ·ad u- çoes da9 Odissta e da" •Iliadél . em SU11 ir" ereSj11nle l li , lo ri 11 Uni- ;.ersa• jã e~ boa !\ora• tradu zid a .- ·p~ a nossa língua . di\ • :~e ad- • • •·• • mirnl'el W ells : ' • "· ' N b h• d • · · • • o lrõ a i o e cada lrõdul or • ·s·e i ns in J a uma cerl 11 mo no lonia. u11111 cer~ pueril idade. M e:-;1n u as • • • ind~sçri live is me lodias deli cio!'-as da língua. grega . decla1n11de1s pelos seus advogados enlusiaslas para o d t'sc ull i.r aÓ< ; inc rc· dul o, s ug eren, ll ll– t.es os ruidos que prod11ze111 os •enca11adores qu a ndo es lão a con- • cerlar defei luosos se n ·iço ~ d,,gua quente. Nem por is:-o , enlrd ,:111to . ~eixam •esses poenws de co nt er muit 11 ,beleza e i11 ler essr ; , les se t1cham merg ul hados em u1111:1 nt– mosfera de deliciosa purrilidadr: , h!l neles lünces do ma i~ i11le11 <;0 : · .• ~ 5;~~imenlo e de vivida observação • ..-\."' e . é _ l!m~ pt '1.ia qu e as _ridí c ulas ex– • ._· ·-\ . ·• ~ra, aga nc1as do~ c1 d1111 radores eru- .. ·. :1it~s. C]' le ftilam • ~ e• ta is ob ras • ~ · • como sup renrns!•ind!in'giver < e por _,..;a._: aí alem lenh11m• l~n{;,õl do sobrt· e'a , "' "'-0 ,,despre1 apo•;orado ào 1,· ilor . . - ~ . ••·~-~-:-'\"!'-:c1t1lizado. l •, • J: º P<;>·-!l'iv~ I que W,- lls lenh .1 ra- âo . L&rv Lr a-me que li . logo ao t rmint1r r, . meu cu rso de hu111 an i– dade,~_·urn a tradução porlugues11 da • :,.-,,.ida de V irgí li o ~n~ µro~a ,,-., , macia que me e ncanTou não ,,e:~ fundo como p~· l11 ., fórn1r1. ' •· ::, verdade qu e • ei. • @onheril" ca co rrução pôde fingir de lalim . .. Mas isl o não acontece com um primo meu que reside em S . Pau– lo , que é medico e que ocupa cs se us ocios em produzir magnificas obras lil era ri as. nas quais reve lo. já c.:>mo poeta original. 1a como lradu lor , para a surpreza de seus cri licos e do publico em geral. raras qualidades de muilo classica erudição, Apezar de ser, modeslia a parle quasi uma trndição em noss11 íamili~ . ~ se pendor parn as belas !e iras . o nhecimen!o ines– perado que me foi dado ler com a obra lilerar i11 de meu primo, foi para mim uma ~rala e amavel surpre– sa que se lransfo rmu u num jocundo e11ca 11lome11 lo como si eu soubesse, se outro fosse o meu tempera– mento, que linha um lio na Espa– nh a e que esse ia me deixar di– nh eiro . A surpresa de ler como pa renl e, um lil eralo de raro e in– discul ive l va lor , como esse meu primo . é para mim mu ilo mll is e111oriu11 a nlc . como seu irmão dt ideal cslclico . vamos dizer as-;i111, apcz1:1r de sllber que sua hera11çt1 , nuda represenloril para mim . jéi que o lu len!o co:no o calice de t1111orgura a que se referia o Ca– mi lo num dos seus dolorosos ro– mances . é inlranlisilivc e que o muito inglez -all ?'il,lh reserved• . é como deve se r, reservado !los seu s filh os e esposa que os lem como lodo bom e pa ca lo cid11cl iio. cunho t1llanwnle cpico . Não é uliás esla minha ligeira apolog io sem credenciais. já p. la suspeição do parentesco já pela falta absoluto ele lilulos eruditos de mi1,ha parle . que ira chomar sobre Carlos Alberto a admirnção a que faz jús pelo seu nolavel es– forço ele lt! eralo . Sobre t'le jâ se ma 11i fcsl ,mm co11spi cuos crilicos de renome nQ í3ra ~d e em Portugal. en're esles . Julio Danlas . que com j11~liç11. g:.bou na for111l1 dos ver– sos de 111eu primo . essa marmorea disciplina ritm ic., que impede se c11 :: 011lre t'ntre eles com facilidade, Ulll verso frouxo . E para que o leilor por si mes– mo se enc line a tirnr c1 limpo o meu asse do. lendo os poemas de Carlos A lbe rto , aqui vai, como• amostra um trecho que ,achei, en- tre muitos outros . magnifico e que • por acho-lo magnifico alé decQ~rei Í"" ,Estes somos. senhoras na éô • 1 quisla do Pindoroma . fortes qu • os fortes T1lãs . mas os trabalhe tais lanlo sofremos no sert ão. · porque o lerra ele, nós se ufa,~ .. nos exolça deixa que em seu seio lcçamos o horirnnle desde a Serra do Mar. desde II corrente sagrada do /\nhemba para que o Prnlo se exlenda e se engrandeça e com mois br,rn ze<; 11a regit1 Poronduba se t lrrn ize . • o dt~ ori;gi iial graças as l'll inli as ;, r' 1s~duç.ôes no Ginasi6 e nJiu me \ .a re~~u aque la uma" i'ra- O que todo bom e pacalo ci– dadão ou mesmo lodo bum e pa– l alo medico não tem . é essa pa– chorra servida por unrn respeila– vel erudição classica que levou Es e é 11111 lrechn de -Os Bra– s ilit1das , a regia Pora11duba dç1s b1 11deiras pau li~la !'-. .. - dução. como se d iz, traidora. mui– to embora ainda can lasse cm meu ouvid o a beleza suave e sonorn • do , , lvfand um , n:g ina . ju bes reno– vare•/dolorem , ~ u o da enlrn du fur- • A iv1:1 dos gregog no arraia l ~ os troia– no~. , pe r· . amica silenlice lun1.1ce•. • Com ·o grego . para 1nim . a caso é mais Ji fi cil. A1r1.da não tive lem– po nem 6 for tuna •d e conhece-lo. Era o seu aprentl, za lo no meu lempo de estud1.111 te de humanidt1- Jes, facul la lt vo e eu acliei Pnlão , oportuno , por acumu lo de nrn lc-– rias obrig-afori11s, adi a r esse es l11do parn os oéios fecundos du meu ~abinete , esperan<_:a essa que ainJa ;160 se rea lizo u. jÀ._ • J- obstrai ndo ainda a min ha di– ficu!Jade pessoal. ha . a meu ver, cf dific11ldt1de rnt1 ior de ser o ~re– go umo lingua mais dificil para quem não o conheee realmente . do que o la tim, vislo como, no dizer de Camões, o porluguez com pou- 28 _ 3 - 1942 • ' • RIBAMAR DE MOURA • A associaçifo de Sonlü l.ucio de Morillac ofereceu i:o dia 15 elo corrente o banque/e anual ti uns velhinhos que prof~ge e amparo, precedido de o/os de r,it·dodc crislri. V,;__ ~t•, 11 ,·, , um aspecto dc:ise banquete, prt·porado pelas ,/.uiZBs• e pellls irm<1s Viccnl,mis. PARA' ILUSTRADO 23 - 'I ' • ,,, • t ' f ' 'l _ ... . .. - . . ·, ' ,,, ·' •• -- . • • r \ • • •• • • • .. / i \ '

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