Pará Ilustrado - Março 1942

I • r. • • • • \,,,. ..... . . . ~. •· ~. . '•. • ~·t -~:.x A· UIDII. ?. ·; . \t "\ .• : · ... . . ... '· ' . ;' ... 8'· AfflORTe ? . • • ... · . .M.e ( Co,.-i,••ur.ição da pagma 16) •• papel de .. . ' d~s . • fazemos• um . . _. _. '.',.Br.tirl.l. • . • • • Lrni ~ncion arlb que licl a .•Jia i;ia- • t1~·r,ril t/ .co o1 rr.uilo dinheiro t o•m º' • ~uai ._:> ó de fazer o!'eraç ões ili c:tas. e,iriCJu e~ndo. de um dia para ou – lro. e deixa. quando morre. o fa . milia n~ mi s!ria . foi, na vi da. um ar~ra . E 'ás~im , 1;-~ ve rdade . um araro. é um lt>l o . a)ios lolo dn vir- elud e,, paradigmtr da li o nra . aplllw– .• gio d o bri~. • f.u", por exemplo . sempre. 11a v,da. fui um aram e clepoi~ de lanl os anos vim ouvir d e- u111 pas– sara .uma verdade! Trabalhei · na lfandega rnuilo !em 0. se rrfp•re eslimado pelos m;11 s superiores e co legas. Não fa zia de . opirou as~a cla . o U;,l'RA- ·h so r. / livrando-o dos males _de uma apen– . d icile já em estado adeanlBdo. Ass isiimos essa operaç õo. hab il e rapi!l a. impre5s io na ndo-nos a ma– neira por que fo i exec ul ada , em pouc1>s minul os e o opera do . a pe– s a r de poucos d ras da inl er vençõo , já está quasi em co11 di çríes de ree n– celar O seu tra ba lh o . •muamba •. v1v1a feliz com o or– dena do que ganhava. Cheguei a rece be r os meu s vencimentos em ouro. Gaslava com o meu bem– es lnr. vesli a-me a rigor e ai nda d av a do meu aos pobresinhos. O que o minha mão direi la fazia, nunca a esquerda o sob ia e a vida me parecia um jar,dim florido . Lon– ~e de mim em p~nsàr na ve lhic e. Senlia-me ofendido quando um co– le- ga me ad ver lia : - Odorico .não le~s amb ição de riqueza? P or que não faz es a lua , de– feza, para o dia de ama nhã? Depuis. como lodo o homem, li ve um primeiro e grande t1mor 1 Esse amor foi a minha morle mo – .ral. Nãc:- se i como não enl ouqueci mas lo~nei-rne indiferente á vida . , D evo lodo o meu ma l á minha imprev iden cia , á minh a fa ll a de _ambição 1 Arara ; a rara . - - di sse-me o pas- sa ra . ·-· _~ ·, ·. D ura rP aS irrelorqu ive l verdade! Como os passaras são in lcli– gen les ! . . . Aproxi mava-se a hora falidi ca do a lmoço . Conv idei o Odori co a acompanhar -me; o Museu ia fe– char. fiz- lhe es la pergunla indis– cre la : - Odorico, você, meu velho, não a lmoça? -Sim. quando lenho a felicida– de de encon lfdr uma a lma carido– sa . Tenho amizades de va lor. ca– rinhosas, que nun ca me negaram uma sopa ou pratinho para aguen– tar o corpo . Eslavamos a chegar á poria do Museu, qu,rndo o Odorico, pegou– me. delicadament e, pelo braço. para me se nt enciar : ·-Não convem que o se nhor sr fa;a acompanhar da minha humil– de pessoa . O meu traje não o re– comenda . O mundo, meu a mi go , é da vaidade e da hipocrisia . fariam mau juí zo de si e o lhariam para mim com desdem . Separamo-nos . O onibus que me trou xe á Praça da Republica vinha c heio de crialuras transbordantes de a le– gria e mocidade. Rescendia um almíscar de carne cheirosa e uma cabel eira loira. a bailar ao vento. es pargia o odôr do Lorigan que s e cc níundie com o de o utra cabecinha de carapi- ,,,,-' 28 - 3 - 1942 1 PARA' ILUSTRADO • • .. . • • • ~- :2 4 º ~ de cilz,~cdacão. 'l d' " A- Jem,ana » • Com um numero caprichado e bem colaborado, circulou sabado ullimo a ap rec iada re vista paraen– se ,A Semana,. que completou nesse d ia o seu 24° aniversario de ci rcul ação . ,A Semana, é uma publicação firmeda em nosso meio e bastante • apreciad.'l nos oulros Eslados do B ras il. galardão ' jus to ao esforço dos que a trabalham com inleli– gencia e devo tamen to . O numero de an iversa rio d ' ,A Semana, es lii digno·dé1 leilurn de lo– d os e ôlrn nçou suces~ o destacado . • ••••••••• •• •• ••••••••• nh a espi c hade. rescenden\e a bau– nilha e comarú. Não esq ueci a quela frase do Odor ico : - Como lodo o homem tive um grande e primeiro amor! Reli giosamenle, murmurei um no– me e um so luço de m11 gua explo– c.liu em minh 'a lma que subiu ao céu numa prece de reminiscencias • • . . . . . . dol orosas. • Pensei comigo mesmo :- a vida r. - e a morle são doi s profundos mis- ~ / leri os 1 • Ah I Odorico - como és feliz na lu a inconsc iencia . Loucos são ., aque les que se julgam sabios ! Na lua mi ser ia. moral e fisica, és muilo maior do que ou\ros semelhanles que d iss imulam riqueza e feli cidade , tra ze ndo na alma .:i «cha– ga cancerosa , que os faz sorrir .. . .l Deus! -- o Crelldor do Mundo, em recompensa á tua humildade, á lua resignação , faç a resurgir nas lrevas do teu cerebro a luz divina dn ra zão para que a inda possas. no fin a l da lua jornada. ens inar . ·. aos outros homens a re ligião do Bem, qu e enaltece e purifica, fa. zendo-os abominar o Mal que di– lacera e corrompe o esp irilo ; que é a essencia da a lma, que é a centelha da vida . CANDIDO ROCHA No domingo ul– timo fez anos 11 gentil senhorifa An- 1fonie!o Campos de : Oliveira. quarta– ' ni sta da Escola Normal. filha do exlint0 tabelião An– tonio Delmiro G. de Oliveira e es– poM, dona Luiza Campos de Oli– ve ira. À 11nivcrs11ri11n– te recepcionou os s uas amiguinhos com uma r e s l 11 donsontc. - 21 - • • • " . • • • •• • • . .. •• ' .J ~ ;. ... ·, I ,,

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