Pará Ilustrado - Maio 1942

' • 1 Jaime Mingole eslava seritodo atrnz ·do balcão do •Refugio da·. pobrern• conlemplanclo .pensaliro a poria da rua. Não se senha f e,– liz. O .bar• do qual era proprie– tario. prospero durante algum tem- •· po. eslava passõndo agon\ por • uma temporada desfavornvel. Os · .'. freguezes desapa reciam do estabe: ·• ·.-'· lecimenio. o dinheiro tornava-se cada vez mais escasso· e o: cerveja · .~ cada dia mHis diluida. O peor do caso e que os _pou- · cos freguezes contenlHvam-se com um unico copo. Poréciam haver perdido a sede como por encanto. Enquanto Jaime. seniado. fazio Iodas e-ssas considernções. entrou no .bar• um desconhecido. atirou uma moeda sobre o· balcão e pe- diu um chope. · [D@[TIITT](D'i1'i1 (;l~[!.@[;] reler os freguezes . O senhor pensa que esslls forradas que lhés serve com cada copo provoca-ihes a sêde ou os convida a permanecer aqui ? Não . homem: engana-se rc- . donaamenle . Mos,·,se 9uizer, trans– formará esle .. eslab.elecímt11!0 no mais concorrido ,Ida localidade. - Oual é a su1:1 idé~? - per– gunlou Ming<!>te. que. com~Çõ \ola a '7~~0. e Ioda as febres palusfres de inew carafer. cáram-se eficaz- menfe com I . . ' ,. a par.lioulMidade de · dar sêde ce deixa de comunicar qua!quer sabor especial ao alimento. De modo ·,que a sêde. ap~reolemenle. se ma- . n1fesla da maneira ·mais nalurol do mundo. - s· rã possiv~I? p r~u11tou Mingole com a voz ro\Jca de emo- ção. • • -D. r ~.v ar - lho-ei pralic;unénie.. Trar-lhe--ei.. µma laia de bise ·tos • preparados com a misleriosa •sub tancia . A unica coisa que o senhor terá . de fazer é servir a cada r~– guez um biscoilo junla11ei1le com o copo de cerveja. Conced"~lhe-ei o proso de uma semana ·1? 6.ro fzrz a experiencit1. S não folhar. 1- vez lhe venda o in nl . ou divtdu- mos o lucro. Am re<:c!kr,i" o •Ü agradavel e jã quasi esqueci- . . do !inir de uma moeda despertou ~-- Mingole de seu sonho. ,.,--~ -Parece que os nrgocios não" ,.__) º[l[)[J~[tl □ [í)[)ª 1 produlo sobejf1lnenfe experimenfodo 11é1s ~egiões iropélludadps do Alio Acre para onde enviélmos anuôl– menfe roilhwes de vidros que ft;m feifó imefls{Js .curôs sem um unico primeira remesso .de.- bis_C.Qjtos . X X X No dia seguinte • Eusta'l}uj molhado levou ao .Refugi do • • • vão muilo bem - observou o des– conhecido. depois de ingerir meta... de do chope. - t,tão. realmente - respondeu Jaime. . -Pois ben:i; permita que eu me . • apresente- - prosseguiu o outro. . , Chamo-me Riomolhado. Eustaquio Riomolhado. faludei durante va- ; . rios dias a marcha do seu eslabe– , ,lecjmento e cheguei ã conclusão d~ que a receita não deve cobrir a despesa. ' -Juslapie nie. , - No enlanlo, o senhor poderi~ fazer um·a fortuna se quizes.se ' OU• • \ir um conselho meu . ·~ • -Vejamos do que se ' troto . -Esrnle. O freguez .entro no .bar•. bebe um copo .e, sai . ime– diatamente . Isso não dá' resirllado. Se quizer fazer ·negocio, lerá que insacesso. Deposito·: -- FARMACIA CEN1RAL ,De ALBINO FIALHO & Ca. Pra.ça da Republica, n.° 4J. PARA' -BRASIL ' se interessar pe a conversa do des– conhecido. -E' a coisa mais simples do mundo - respondeu o oulro. in– . ,- ·.élinando-se sobre- o balcão. Sou · quimico, e ha alguns dias desco-• bri, casualmente. uma substancio · que representará umo fortuna ,pa;a · nós pois. Essa substancia encerra pobreza• umo lata dos m \'ilh • sos biscoitos. . • Mingole Q,ão perdet1, crnpo, Ar- rumou-as im\diotam , b bolcão do .modo mais . llrlistico possivel. A armadilha jll eslavo preparada. O que f oitavo ert1 que os passaras caíssem nela. • -Voltarei no fim da semano ~– Riomolhado, despedindo-se dó «bár . . . . man•. X X X A noite. dt"pois de fechor as porias, Mingole resplMdecio de olegrio . Vendera cerveja duos ve~· zes mais qtJe de . costume. N'5 dio seguinte duplicou o consumo .da refrigerante bebida. Teve que en~ comendar á cervejori(f outra duzio de borris . . . O •bot .. caminhavo de vento em popa. , (Confinúa n~ pagina 29) Costa & Cia. Limitada. • PABRICA oe CIGARROS AGUIA Avenida Floriano Peixoto,- 70 = Caixa Postal, 404 MANAOS - AMAZONAS Fabricanfes das afamadas MARCAS : lillillllilCiJ(;)?J.(!}a tlt7UIIílCD~CD@a ITJ[!]flll1□ rfla L:lCD~[fi1[!) 0 ~WIT>CDí.:.llJ(D[.:](D~-3 e (:) í:J r,J3 e DO SUP8RIOR TABACO mARCA (1}CDITT□ (!} ~ PARA' ILUSTRADO'-'\- ~ '~~ 2 3 - 5 - 1924 ~ • - •

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