Pará Ilustrado - Maio 1942

transformasse em lempora[. Mas isso era um ~gredo : e· ~ssegur:i– rnm um ao oulro que renunciõvam ao presenle. _:vou 'te' ' dizer o que pensei. . fotou Eduardo, qua lev.e a idéa 'de í-epenle. !reinos jantar em _algu111 · logor . · · · -Oh . ni\o , ' querido 1. .. . Niio podes . . . -Não se !rala de é rruinar-nos . apressou-se a explicar Eduardo. Ir a .algum Jogar, quer dizer que não lemos de ficar sentados em casa no aniversario do nosso Ctl– snmenlo. Assim le esquecerãs um pouco ' do leu livro de gaslos. •J:. ' ,vercltfde,. pensou Joana , pa"ra quem essa anotação de cada · cshillir.g, que gastava linha alguma coisa de lragico . - E's muito bom, Mas isso, no _ final das conlas, é como se me desses um presente. -E por que não havia de le dar? Dobre presente. quando pen– so em como lens sido maravilhosa para mim em lodo esle tempo. Mas se um homem não pôde levar a espósa ~ comer no Dolimeni, numa data como esl~ .. . - Oh I exclamou Joana porque sabia que no Polimeni a comida era peor que a de casa. -- Porque dizes coh ! • nesse tom A sra. Bingham compreendeu que se moslrnra ingrata . -Não é que me desagrade. que– rido. . . apressou-se a ajuntar. Eº um plano perfeito. sobretudo. por– quê ··não lemos de pensar em nos vest ir, se não quizermos. e ... - E que? . .. - Oh . nada ! . . . Passemos ade- a nte ... Eduardo a filou; mas a expres– são e o acento das suas pala vras he pareciam sinceros. E porque não o seriam I Ele não linha dilo logo que iriam .a um lagar onde se gastasse pou– co?. . . E nalurnlmenle não é pre- •• ciso .preocupar-se com a roupa, do Polimeni, a não ser quct. ·.. Uma. repen tina suspeita lhe alra– ·vessou ·a mente. era por ciSSO• que efa ext:lemara ·.oh. -? · R·epeliu ,a suspeitá . Éra absurdo s~por que. desejava um . vestido novo para !!exla-feira. quando ge moslrera, Ião economica nos ulli.– mes lempos e ... Ao chegar a esle ponlo · Eduiir– do descobriu que o absurdo ~ra · ele. O seu coração come-çou ·a se oprimir pensando nos comovedores sacrificios que Joana fazia por ele. T rémeu ao pensar no seu ce– go e_goismo a essa comovedora sugestão de Iodas as . esposas jo– vens . da necessidade de um vestido novo. E. imedialamente decidiu que. nem que gastasse boa parle da– quele d'ividendo ainda po'r pa'gar, dariá um vestido de presente a .' Jof!na . X X X - Oue foi? perguntou Joana, vendo-lhe o olhar fixo e a boca crispada . -Nada. respondeu Eduardo com firmeza. porque. naturalmenle essa idéa maravilh 0sa linha de ser um segredo. · - Oh, Eduardo 1• . • Não vás pensar que niio eslou encantada ' com a lua idéa . - Está vislo ·.que não. respondeu ele mais cornovid.Q que nunca . E . agora não le preocupes mais. rne_u bfm. Tudo irá melhor daqui .por dian!e. -Oh. siITJ I exclamou Joana i:orn fervorosa esperança. . ·,. -E no Pollmeni ás vezes se come bem. .. . - Asseguro-te que estou dese~.-: jando ir. Eduardo passou essa noite sor– rindo de si para si. X X X Mas na (arde seguinte, irrompeu em casa com um aspecto que não lhe era hcbilual. - Que foi? p_erguntou Joana. - Olha o que me aconteceu 1.. . Olha corno ficou a minha ma n– ga 1• . . A sra . Bingham lhe seguiu as instruções e deu um grilo 'de _hor- . ror. • · - Oh, Eduardo 1.• . • O teu lindo sobreludo 1• .• Como foi ? · -Encontrei-me com o João, meu irmão, e elle me convidou a subir no ,calhambeque• . ! . - Em que? .- No oulo que lhe vendi . Tive ( Regislado no ·DIP) R8PRese JAnTes em TODOS OS 8STADOS DO AIS Expedie~te HO ESTADO Nu.mero avulso . alrazado AssintJ/uras: Capital (ano) . ,In.lerior 1$500 2$000 OUTROS ESTADOS · ,,, , · . .. -~i. . . -. - .. , Numero avulso : . . 2.$000 • alrazadcft . :;:... . 2$500 Assinaturas (anó ) , 5.5$ Anuncios medi ante contr de ajudá-lo 1i pôr o motor em marcha e olha ·o resultado . E· um rasgão indecente. · No rneió da irrih1ção lransluzia o seu resc.nlimento . Parecia-lhe im– possível que o velho co panheiro dos tempos de solteiro o tivesse ·tratado assini, e que poderia ler -tido a atenção de respeitar o seu primitivo proprielario. - Oue peno ! murmurou Joana com simpatia. Eduardo deixou e~'capar um C(_)• lossal suspiro e !ralou de deminàr a emoçãq. -Suponho que poderás la-lo .. . - Vou lentar .. . -Hein? ... - Digo que v0u fazer · que for possível. Dei · nha conta. Eduardo recorJou ção uma vez que a m endirei- sera apressadamanle um uulaci, gando ao mesmo letn):>o camisa e carne, e outra ocasião em que ta– pou, com um remendo , um burcco dt> seu pijama ~ o buraco se abriu nessa mesmo noite. Mas eslava demasiado aflito parn fozer obser– vações. (Confinúa na pagina J I) r.♦-♦-oo~o-oo_o_oo_o_og.._í}'_{!_•) -[3-: -[l-□-(g-'(!]- 1 _[D_t _@_• __ [P_(g_• -[1-• --~-l!]-[Il-~-• -~--g-o-oo_o_oo_o_oo-o-♦♦" ººººººººººººººººººº ººººººººººººººººººº Agua de Colonia, Extratos, Brilhanlinas, Sabonetes. Loções. Pastas para dentes, Oleo de.- mulamba . Pó de arroz, Pó de sobão. Tolco e mais artigos do ramo de Perfumaria . • o o g ú) rn íl ú) rn g fila ® CD [li} CB ~ go g T rv. frutuoso Guimõrães, 134 o g Fone, 1600 ♦ Telg.-THE.MIS ooooooooo♦+ ♦+000000000 PAR ·-BRASIL PARA' ILUSTRADO 23 - 5 - 1942 • •

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