Pará Ilustrado - Maio 1942

,. \ - , . . ✓ UÂ 1'iil,a .,,,ateti«t. . áe ·1j~la" • • Seriam mais ou •men0s seis )' horas da mtrnhã 1 quarido o pr.-i– sioneiro da cesa ala numero nove despertou -sobresaltado. Sua cela eslava quasi ás es– curas e o -frio . era bastante in– teMo; são longas as noites Je de dezemb::.o em São Delers– burggo, para ·quem se vê mar– tirizado por sonhos horrorosos, e as mõdrugadês cheias de an– gustia : Um · r .u.m ,o r inisilado, como um zumbido, se fozia ou~ir no sepulcral •silendo d~ revelih Alewees.ki. Oue -sigriifi.~ . cava aquele vai-e.-vem entré– ,c·orfado: murmurios, , coronhas palendo no lagedo, ruido de armas?. E s ta ri ,a . acontecendo . ;:qualquer coisa 1 \Mas eis que :. • ~•ayroximam , passos preqtpi-:._ 1 ta dos ; a chave ringe -na fecha- y •. d uro. · ..D e · mau humor, .o ·c~r- • • Jjerei•~ó . bQte-lbe no ombro ;..-· . . . . · Oep_resa . . vamos - Sem .ocres- ce.ntàr ~olavra. fo-lo vestir ·no– va·mente as roupas civis troca– ~ - das. oito , mezes an.tes, na , rou- \ paria da fortal ~w . . pelo q)po– •· tão cinzento des ,·crimtnosos : ~ polificos. No momento em que o pri– • s ioneiro chega ao palio prin– '\:ipal da cidadelb, o carrilhão · .. · Ôfl catedral de Pedro· e : Paulo, . 4~ •·· .'f'1-an_@c: · m.~usoleu dos ,~ n aires, lómeç~,· a . espalhar . no . ar &s noÜ1s ·. cir~enlinas, incrivelmente · ' limpid~s ·do·, ~õntk à ~ S~nhor~ t"'· ·~~ .-~ ·· · . ·. Joa!h~rie ·A . MA R.A.NH E?NSE.:· A CA~A DOS BÇ)NS NEGOCIOS .... de ·R.. N. de Souza •• ·Joios fi nos, reloí,ios, bijoulerio . Ôbjelos de adorno, ele. O fi cina de ou-r.ives t grovador. Executa e reforma qua lquer jo_ia em pÍti– lioa, .ouro e pedras fin o~. Dou– ra-SC' e prateia-se corri perfeiçã_ó . Rua João Alfredo. 25 _ Telefone. 27.51 - Belem _ Pará - Brasil • Atteité J~n- fende piedade de nós.... Vãô ', ·.· .. bater sele horas. No cimo dp campanario, a -agú lha d1J id ..l- · gada flecha emerge dl! , nev.oa • • • •1 • * opaca o sineiro respira com . volupia. · Durante ·as· long,:is .se- . manas <le hipocondria: nã_o . vira -: , rra.1s do que uma nesga de linda~ , Para o~de são el~ a~ •.sim .conduzidos?. Jó dedêhr~m ,,o destino a lhes · dar? !Ser-ia ..a lil:ier.dO: de, . ou . a cabeça ,·ras- 1 ,pada I a . : du.ra .servidão de_ ·sol- • . dado (lUíf! fortim longínquo :da .~.1 Causaso?. •Iriam anunciar-lhes o .. 'i- .: • t\, ....... o veddi1o · da I corl~ mar!=ial 1 ? , · . Neste ( caso .. jã -deveriam tel • •. · , c~egado.. Enl.reíanto-, . o tràie~. •<•,. · · : se prolonga. -.e" · '-· ' céu pardacento a l r a v e s das grades de sua janela . .. Mal · tem tempo ,.de ver, en– -quonlo caminha, olguns· qe:" seus camaradas de cenaculo , preses ,·cÓmo ele ; é empurrado para u!TI dos carros de aluguel que ·se estacionam em fila diaette .da prisão. Senta-se a -sei.J I lado um -soldado gigantesco. Oua- ' Iro soldados a cavalo, sabres em punho, escoltam cada ber- - .Aonde nes levam ? - pe-r- ;_ · guflfa tÍ(? ,' homem :.fordado de · azul. . · - . E'_' proibiE;1o , dizer. Parece ·que alrnvesso o Neva, i pois• os_ c_ascos . dos cavàlos produzem 1.1m ru_ido . surdo no • madeir~mento. da .ponte de bor-. cos. ' Em segúida, ·O carro vai aos solavancos pelo calçamen– to de pedras da Liteinaia. · A •sua pllssagem, !ombras se agi– tam e a gente julga , perceber o rumor. duma grande multidão. · Para . poder espiar. o preso . pôs-se , a .raspar suavemente • com a unha o vapor· congelado, que o frio <;obriu_os vitrais das ! porlitihoJas. Eis oí um , resumo ·o um •· ca– ' pilulo d~sse livro que está fo– ,zendo .sucesso.'· ·; leia e anuncie em a · revista ' .... _.. t' . c:leg~nle. ~a , e,idade .. ' . t Expede saques e ordens telegrafic6s para todas as cidad ·d . Brasil - Faz operações de credito com a maxima pontu l~ds d O , d . l d" . a' a e me 1an e mo 1cas comissões • ' Rua Joio Alfredo, 54-56 Telefone, 3 : PARA' ILUSTRADO 23 - 5 :_ 1942 .. ,, • , •

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