Pará Ilustrado - Maio 1942

/ .. bom . . . • • • negocio / ·:. 'f1onfinuaçã~ da pagina · 8) (Confinuaç1fo dlJ paginlJ 6) . tú ~-- -· ~ ... (Confinuação ÇÍlJ p4f1iná 7} .' . , cara de pouco~ amigos, uma cata c1 alJtenlica de réo . 1 , Ç}ÚQ!1do, Euslaquio voltou .ao . +-- -. , cabo ae. 'lima semaria", enconlróu ~ l . N\ingoie ·inclinado sobre o livro _ Dei-lhe o _presente. Ela olhou-me, ergueu os ombros e esboçou um sorriso ·. de i!ldiferença . esse riso, .tpa lrão . que e proprio das mulhe– re's. Zé Capoeira._ .s h-p e-d .o r ido ocorrido . sempre q4e passava por mim soltava uma ·gargalhado de sarcasmo . O riso da mulher cor- - Dei-lhe uma bõa· liç.ão ! Ouan- . lo a li . . . '( - • . • . .. ~ a;xa . . . . - E enfão perguntou - que re– sulladt:> deram meus biscoitos-? -Ah. marn ' 0 os9. simplesmen– te maravilhoso Vendi cinco vezes • , mais cerveja e m} semana pas- ~ ada . ••. •-J:Jue fo1 u·e eu" lhe d°is~e ? - -~ tli'(:• N ·; m4-fhado. Agora • . p es nl · o15fê a da futura . Í?ibF1rnção os Í-$coilos. Não ' tive ·po de re a;ar mais, e não o • rei durai) mpo. Confú- . do - acre ixando o · voz · tia a vender-lhe 'a · · Íurmuli, do poderá fa - fod scoifos qu'e qui- lllô' pede pelo . invento? . ..JL.Üuanto ·estaria o senhor dis– ' posf~ a pagar por _ele ? Min·gofe pensou durante ..lo11go , tempo, -Dou-lhe quinze contos de r~s -respondeu afinal. • Eustaquio fez um gesto de hor– ' ror. ' lava-me o coração. o QO ,oufro fa. ziame espumar de raiva . Premeditei o crime. ·,Mas recuei a lerrorisfl'lO anle a minha idéa . Eu e ra religio ~o e ,vaci lei ,quando . se me .apresentou o ,le!ri co ·!dil ema : cMorrendo. enconti"arei ·o . Nada, , 6ÍP1pJesmenle o Nada. ou ~ ,infle– xibi lidade do. Jus.liça de Deus? • Pensei no sui..:idio. Mas eu era . . , . covard~. Todas as religiões conde- 110m os suicidaf Eu iria sofrer na Eternidade. ·, • • Certa manhã, Rosalinai a p~r– jura, desaparaçeu da -· fazenda . Zé Capoeira a raptara e foram habi- 1 lar um rancho de sapé á béira..rio - Gilberto . eu - lenho razões . . . - Teu 11bandono e esquecimcn- . ,(o . Já não gostava m:iis de mim ... Desde essa da(a Duramponl so se preocupou em reconquistar Lui– za, que radiante dizia de si para • si: - Com labia consegui intercs– sa•lo ! Agora amar-me-~ como dan- tes . • ·. , '.·• X lt X Dias depóís _o .. dtrelor da Tele– fonico recebia uma finda ceslà de flores e dnis . cortlos de r~is, acom– panhados éle' u~ cà'dãozinho em que se liâ : ~Para ser repartido enfre as ( lefonis(as• , e firmando : • um ·assinante" agradecido•. O funcionar.io cumpriu a ordem e ain.dà ttfé hoje não pódc c.om– preende~ _como haja uma pessôa grata aq pessimo serviço de que era enca_rr1~gado . . . \. . , ,!es. línha · a palidez ele santa·. Da- ' ' ,. receu-me mais bela do que _nunca. 1 • I - Óuc é que estii dizendo? - exclamou. O senhor recuperará "_ . L ,•esse dinheiro em menos de dois -~ -' me1.es . e. além disso. ficará com a • formula por- Ioda a vida 1 .Vendo- A inoignação cégou.me lodos os senlimenlos ·lde homem e de cris– tão . &a preciso deixar ,de existir a mulher . que não mais me podia pertencer. A' s coladas da ndi(e mon– tei a cava.lo e parti para a desfor– .rn. t ·.Enlrei cautelosamente no ran– cho. Os dois dormiam e a . Natu. reza lambem parecia dormir. Con– templei os causadores da minha desgraç11. e. num impele gaquei da •Carniceira, e embebi no peito do meu rival. Rosoljna despertou . Des- Os seus rogos me comoveram. Mas era preciso mala-la . F e c hei os olhos e mer~ ~lt.ei -lhc a fo ca· no coraçõo corroído . eela mislria, e o sangue varmelho correu aos bor– bolões . A uoica testemunlha do crime. ' foi n lud '.que boiava triste– mente peda amplidão estrelada . 1 ~ lha por sessenta contps. nem me– nos um losfão. Se não aceilllr a minha proposta, oferecerei os bis– cosl05 ao cbarman• vizinho. Mingote refletiu um momento . . Ses'!enla contos era uma soma tmpo tanle. mas a formulossem du- • vida valia . muito ma!s. Sem os ilhosos biscoilinhos-. o • bar• tornari a ficar deserto . , Dois minuto~ depois eslava a-s– .• ·-.·-~ , sínodo o cheque, em troca do qual _- . Rip_molhado lhe entregon a formu– la escrita . Mingote guardou-11 cui– dadosamente no cofre e esfregou • as mãos. fizera um grande ne• , io! X X X Na manh8 seguinte Eustaquio , 1 grenhada. <caiu supli canle aos meus pés, impl o rando perdão. Tinha as faces ma chucadas pelas longa:; noi , ■ ■ ■ ■ ■ . ■ ■ ■ ■ ■ ,li!■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ' saindo de uma agencia de empre- gos. tomou rapidamente .; um lax i. Uma hora mais l:irde eslavo sentado no l.rem , ,fumando ·um cha– ruto e contemplando os prados verdes . Ao mesmo tempo. uma centena de cavalheiras temporariamente sem ocupação . passeavam pelo ag_encia com,, as mãos ho bolso , dese1ando ler outro emprego como o da se– mana : beber cerveja o dia inteiro com Iodas as despesas pagas - · · 1 . Sai tis pressas . Montei HO meu alazão. comprimi-lhe as esporas nas ilhargas. · ~ 'Já ia longe e ainda ouyi~ grilos . ~ lancillélnles. Desn~rleado. v a g U.~i '.· ~ ledo -a noite pela ..imensidão dcs· · ' campos. Perdi-me_. · , . E. hoje, palrão. 11~· sei · 'se quan- do morrer enconlrarei 'o ·Nada, ou encontrarei Deus. o Deus Onipo- • ~ lente implacavel_ na. vin~nça. X X X · Zé M~lias com ~ voz embarga- • da pelos soluços finaJisou : · - Ainda parece que ouço bs .... seus grilos. Ma.s. palrão, era pre-. ciso . Eu a amava lanlo ... · • -. 1 FABRICA ## m1neRUA '' i Tabaco desfiado e-·papel para cigarro G d D, 0 marca CAMELLO • ran e eµosito de T aboco e f c..bfica de Cigarros g Camello,. 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