Pará Ilustrado - Maio 1942

.. . . 1>e 1~4 46- . 1lio, if" !."mos prazer em rn1c1ar hoje 11 colaboração da 0 dis(inla e j ove 11 infeleclual paraense. Naly de Lima Camisão . bela e rromisso ré inleligencia. qu e cursa. atualmente o quin– to ano juridico da, f acuidade l Üireito el e Recife. Naly é filha do conhecido eng e- ,.. .. _,. ..-. nn éi ro. dr . Berlino Lima e ha pouco contraiu casamenlo , ·,,: em fortaleza, com o sr . J . ,,....,..,, ,, · •. Cami!>ão, do allo comercio de Pernambuco . Ainda não são seis horas . No • a eroporto do ~l(o da Balança os pas!iageiros lrornm as ullimas po– lavras com o s parentes e amigos . .J ão. hã o ar !riste Ião frequente • ·nas despedidas pa"ra as viagens marilimas. A ideia de que são ape– nos hóras de 'viagem !orna a d is-' lancia mais lolernvel. atenua ndo as soudades . • bram , e,n sua imobilidade a [Jllre– ·za. os decantados marmores ílo– ren(inos. Lá em baixo a íloresla compacà parece ins iguinifi can(e rdva . Penso nos lavçadores ·qu~. áqu~las horas, sáem. enxada .ao oh1bro, assobian– do uma cançã~ an(iqã que · se vai perder d e mis.lura com o lalir dos cães e o Ínugir do gado . .· • Um lrnenle do exer..:ílo servr de rire ro ne 110s passageiros. O ruido é grai:id~ mas o •militar grtla e se faz ouvir: Fala-me da N .A .B.. do ap oio q ,;e deve merecer ' dos bra- • s ileiros. fa'z animado res prognos ti– cas para :a linlrn cln Rec ife e anu- · eia para brc l'e a linha de Belem . Mas a pa lestra é clil1c il com o ruido . E prefiro uscir openas os olhos soltando-os curio3b s p e I a paisagem . De um lado o cêo eslá rubori– rnclo como uma viagem cuja vio• , lencia fosse : descandalizada com uma visão pagã. fico a fila -lo ·e a minha fanlazia justifica a cau sa daquele rf!~ enlino rubor com a aparição do pas-saro de aluminio. rumoro so e iconocla sta. a deva ssar a casta ·quietude das alturas. À demora é c urla.. suficicnle. ape– nas para que os se1ihores façam ._ l'.l,mjzad_e entre si . e troquem impres– sões . . ·. Eis-nos d~ .novo no a llo, faze11- :.do· o · curso • do · avermelhado S. franci sco . Desta a·l(ura, vê-ino-lo '' ·· insiguinificanle cô rrego a serpente: ar monolonomenle. · E assim, ás 11 e· 30 chegamos a . Bom Jesus ela Lapa , no inferior· da Baía. Fa– la!"ll;m~ da maravilha da igrtja, lã ~xisle11.le . construida no inlerior de imensa . e. làl ' véz mislerio~a grula . Mas. não 1~ lempo . pa r 1 à visita-la. Voltamos áo al'i ã ó oi1de sobre .-cada . pollrono , eslá convidativo e farlo •lunch • . Os homens comem com tipelile; as seohoras. 'quasi Iodas .com o eslo~ a go ava; iado~ escolhem frulas : , · • · Indago a pro r.ima escala . , -r-. Belo ·riori zonle. díz-m'e · o te– nente. E fala do S. Fcaocisco, fa. • zenclÓ-me reéçirdar ludo q ue a pren– di , sobre , o bras ilf!i rissrmo r io. A viagem conlinúa sem sustos. sem anormalidades. Todos os pas- Ó lh9 o PP . NAB que parece ler na s aza~ a anc ieda,Je do vôo . Um ligeiro temor apodéra -se de mim , a ntevendo esse ·balis mo a éreo . .Proc uro, d e fl ois . tranquili za r-me ~ lemb ra ndo que a Na.vegaçã o Aérea • ,· ·" ?.ira si le ira . companhia a que per- De quando em vez o PP-NA P> dá s.a llos v·iol enlos como puro sa n– ~ue que se lenta libertar dos freios . f. o meu estoma go pa-;sa mal . . : . segeiros parecem tranqü ilos como se viaja ssem em aulomovel. Uma ga ro tinh a de dois anos vai de um lado para outro. brinc ando · co m lodos·. Ião sali!>Íeil a coll'0 s·c es li– vess em seu q uarto d e b r inqu edos. ,.,._,___ ,l ence o aparelho . nunca se · enlutou D epois da terc eira esc a la vo a– mo ,; mais a lto . _Lá em ba iX;o . mon– ta nha" ameaçado ras l"(loslram cu– ~~s cles nu~os . co mo g igant es em elern11 guarda ao inlerior mineiro . • "'-1 c o m um desastre . ·, · O pil o to avi sa-no s da parl id°a e lo dos, ca lmos e loquazes , ing ressa– mos a bordo. A decolagem é fei– la com rapidez e p~ri c ia . Lanço l!m' ol har de d e!;pedi d a para for– tâb a- e um . outro de prec <" parn •a~' nu ve:ns que nos es peram . na sc<"nle eslã c inza esc uro . V ô tl mo s tlgora · a 2 000 ~1elros de . o ltitucl r . Nuvens de chu va passam ·.... po r nós. a pr essadas e vo lumosa'I ·, · como se só ent ã o tiv essem o uvido a surli rn do cea ren se a ped ir agut1 para as s uas po bres pl a nt ações . Ve ncemo s ra pida ment e a ca ma – cl11 <"'l<: ul'a e ve jo ago r_a um céo mu it o azu l. lend o . em a rli sli ca d e– s n rdc 111 . flocos a lvissip10s que lem- CASA Mas é um ins tan te só . Seguro · co mo ca va leiro ga úc ho . o pil o to domin ava-o complcla;ne11te . Junt o · é\ ele ; fi 10. e lour.u, o , copilo to consulta uns mn p.as . S ã o 8 e 30. Clte ~amos á r>T i– meira esca la ; P elrolin a . cidade per– nambuc a na . á marl.!<:m do S. F.ran– c isro. fr o nt eira á c\d acle baiana de .lo11 zeiro . Sa lt amo s pa r11 um li ~e iro ca fé. •••••••••••••••••••••••• Lt' it1 PARA' ILUST!\ADO t1 rc:v isla elegfl nl e da c id t1de . ' MlND A RIM ·Agora . <, R io! · C l> n:~lJ llo o re– logio : Ires horas ·e lrin( a minu!~ .• O PP-NAB vôa sobre a Gua n~– bara . A emo ção d a chegfl d a . po– rém . perluba-me o sent ido eslelico . Nã o h á olhos para a pa isagem ro rqu e há no -coração_uma 5!ra nd e a nciedad e pela a ler riza5!e m.. Eis-no ~. enfim , na C id ade M a– rav ilho sa . Preslimo 'los e ra pido s . o s e rnp re15acl o '> levam-no s as ma la., comp le tando a magnifi ca impressiio qur lodos levamos dt1 Nave~ação /\érra Brasi leira . · 71 Fundada em 1893 ARMARINHO- Des lumbrante sort ime nto de arl i~os rinos para homens, senhoras e creanças. Perfu– marias f.ntis e art igos parc1 viagem. Sempre novidades em carteira~. bolsas, cintas e artigos para . presen tes. Especia lis lc1s em •meic1s para senhorélS ·i> fofinhos para creanças . · A R AU ·J·o· .. & e IA ---- Rua MMecl~a l Deodoro. 247 ·- (Cõnlo da Rua Ouinlino l)oraiuva) ~ ■ Ca,x11 Postal. 15+ - Mt\N ,\OS . AMAZONAS ~ 23 5 - 19+2 PARA' ILUSTRADO 23 - . . í • .. •

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