Pará Ilustrado - Maio 1942

,( ' , • • . ·. ·. ~- . . . . ,. t [D (!] [) ~ ® IT1 (D ul □ ® rn· ~ m· © · CB CD (D a1@ @[Il CD [I) (1 C3 ITl [Il (g (D . ílo . oe . CílmPOS RIB81RO 7,eu4 . o.l~ ta~ Ouanla pq~s\a eu encontro nos leus olhos. Parece que . a perpeluaÍidade do : sonho caiu nas suas pupil s O lhas em ex!ase como quem não obser- • va a realidade do mundo . E é Ião grande a · lra.gedia dá lua vida . . . Só tens para bb, servat a podridão dos corpos. a canalhice dos sorrisos, a in– decorosidade das atitudes. Mas. eu que já come~o a te querer muito. detenho-me em contem- la nguidos, de uma tristeza mís– tica, não ÍOrflm feitos para contemplar es ses panoramas negros que ê:l vida o ferece a lodos os abandonados. Teus o lhos trazem .em si a côr das Jisl a nc ifl s, a religic,sidade dos .longes . . o encantamento clo.s impossivei s . é- ed4e tia!Mado. não. edÚi tá.ó- f.ú.n9,e ... ... Não se vai distante ~sse passado .. : Mtls a eternidade · dos longes sussurra aos meus ouvidos o poema amargo . tris- te, ·doloroso. do esquecimento ·natural. Tuas mãos vão dei- • • .. xando de aquecer os meus dedos frios e longos . , . Em lua boca, onde eu coloqu·et·. as ·volupias mais ardentes dos· • • .. • , t , meus a nseios lubricas. já não • existe mais a doçura exquisila do pecado, o travor s.uave Jo • . piar leu rosto. Em teus olhos vive a tua alma. Não . soÍTis. fechàs ·· os ·cí lios como·:_guem Teus o lhos. . . Tua vida .. . Dois !remendos contrastes num só des tino. ' Duas terras espl endidas, separadas por um rio Je desilusão. duas agoni_as que não se ·cons olam. duas amarguras que não se com– preendem . .. deiirio. . . Vais fugindo sem e~ sentir. . . Teus braços, onde muitas vezes minha cabeça -re- . I • se exila . de si . propria, supli– ciada pelo desespero de não poder · fug_ir ao ·seu propno •• destino. Teus ol hos lindos, Talvez, por isso, é que haja .nos teus olhos a perpelu.alicla– de do s onho e na lua vida a in certeza do amor ... ·paasou para as reilexões mais • duras sobre o destino incerto, • já não mais se parecem com a lagoa mansa. di a·~s t1 aiul; onde a lua cantava a melodia div ina da sua luz . . . Esses J' teus braços quentes, cf~ calai· • raro, que eibraram tanto ao conlaclo do meu corpo . já "-: o me prendem mais na •cadeia humana das suas exaltações voluptuosas.. . Teu corpo, vér- ~– dadeira fonte de belezl:l pa-gã, de ardores supremos, o leu • . corpo, ferra onde eu pl a nlei • Iodas as sementes da mi nha volupia suprema, o leu corpo moreno como uma noite. \f.– luarada, suave como a caricia ,. . , . .. das flores, já perdeu para rni;'.n\' '"' lodo o encanto do~ primeiros ...,,_-r- - -...,• • d á luz cio f.ol de dominu_10 ullimo. á prnçn ,)uslo Chermon! ! Lin ft S , !-> -- 1-1- PARA' ILUSTRADO ·. • •• • dias ... Parece que : a neve do ·· 1empo Ir.e tirou a beleza maior da côr provoca.nle. Vais fu– ~indo s em eu sentir. . . E e u me es forço por não le pe rd e r de lodo . po rqu e lu fo s te 11111 Uni ve rso d e emoções e xtra– nh as , o nd e o meu espirit a se t>xri llou e a minh a volu • t · 1 t 1· Pl él , tl ll eJ e~ ra~ec 1a d iv_ina e a b en- çoa fl . os corpos , se humani – s~võ . . . Esse passdo não esli, !tio lon~e . . . Mas tu fo~es Ião depressõ da minha sa ud~de Serú a iníluencia d 1 .. . . íl o empo ou -~ m uencia da distancia'? 1 RI vez não Ape · · · · nt1s a vicL:-i ... 2 ) -- 5 - 1()-1-2 •

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