Pará Ilustrado - Junho 1942

- ......,.....-------------~--,. ,:·~--_.,.......--,----------:-- - --, · i- • • .. • •• • I '""t • • ,· • • • 4, .. ' . 1 , , Tú vieste do. voltarás! po e para o __-po . o· autor deslas ·linhas é um in- . di~iduo que ncre.dita sem -subler– fuszios na imortalidade. da alma: entrelanlo. nem por isso -deixa de se apegar a todos os recursos maleriaes ao seu alcance, afim de dila!isr a sua vida terrena. apesar· dos filosofas espir 0 ilas propalarem que · lã 'em cima não se sente o peso-pesado da maleria e. nestes tempos, não se tem a preocupa– ção da carestia da vida, como, aqui, nesle vale de lagrimas .. . Essas considr.rações vieram se coordenar no papel a prop&sito dá cena que assistimos. ha poucos dias, no nrcroterio da Santa Casa ., de Misericordia, quando encontra- :., . mos oilo cadaveres dislrihuidos ria ·. · ·I' morgue. sendo seis de . indigentes. . os quaes impregnavam de um mau · ·cheiro aquela acanhada capela dos mortos. D iante do quadro lelrico para os nossos olhos e insuporlavel · para o nosso olfalo, relrocedemos acovardados, proçurando fugir do local que , nos inspirou o pavor, malerialisado na nossa imaginação, como um fantasma. a retratar-se nos quatro cantos d~quele necro- terio, ' O Drstino 'lronico nos mostrou, mais uma vez, a reolidade do que somos, stm os preconceito~ que nos rodeiam. · . Ficamos duas ou Ires semanas impressionados, olhando a Vida através dos vidros opacos do Pre– sente, e observamos como o ' ego– ismo humano se reduz a um mon– turo de carne que expele ga.r:es pu– lridos . Os eferneros e vistosos quadros que passam como o Tempo . na_ nossa retina , sio impolentes para : sombrear ·a' pura e cristalina vçr- •. ' CARLOS VITOR PEREIRA: : dade que ressalta aos olhos de Ioda pessoa. Ha certos indivíduos que se jul– gam superiores aos seus semelhan– tes, desconhecendo. no entanto, que a lei implacavel da .\\orle nõo distingue posições e nem escolhe o mortal para condena-lo á pena maxima. Os homens na terra procuram se destruir mulu.am1nle, cada qual . querendo mostrar a supremacia de sua força. idealisando . e realisando · verdadeiras maquinas infernaes,· na ansiei da destruição. Todas as maravilhas inventadas pelo Homem até o dia de hoje. tem uma dupla finalidade: uma na Paz e outrà na Guerra, .E. e1 Mor'ie, o indecifravel eni– gma que obriga a humanidade -a render-lhe subserviente homenagem, . ' . quando vem_ em busca de uma ,· , . presa, nõo ~ se eciona e nem pr9.- .· cura menlolidade. ELA aproveita a inteljgencia do . proRt.' •, · Homem para.., arrazar , a sua Ôbra, utilizando o que ele construiu em muitos anos na Paz, para e destruição em poucos se- . gundo"5 no Guetra. . ELA transforma o mortal mais · rico do mundo num rebatalho de carne em decomposição, desafian– do o reduzido poder do dinheiro que ele enfeixa ,nas mõos. • ELA vai busca-lo no fundo dos ~sconderijos da Ciencia para sa– dar-se , e ele treme diante do seu incomensuravel Poder. o· mortal vaidoso: Tu quando passaste ali, , na esq~ina: nõo re~ paraste mui proposiladamenle aque" le leu teu irmão, humilde e pobre, que se descobriu ã lua passagem. Amanhã, num futuro bem proxi– mo, ele será exaltado e tu serãs ::e:=============.. •. E ' de seu inlerellllr , l poi!' alem 'rle ··pqssuir um · 1 sorlimrolo de ai-ligo!'! finos ~ do!'! melhores fabricnnles, ; está opia a fornece-lo, por = PREÇOS REDUZIDOS ! ODALISCA 81JOUT8R1A·s ~ P·AnTAZIAS ARTIGOS PAOPRIOS PARA ºPResenTeS . . A. FAL8S1 & FILHOS Fone. 2061 -Rua 13 d~ Mofo, ·227 - Pará ' ======:=========:;=' - 6 - PARA' ILUSTRADO , DI . . . RePResenTAnTes em Tooos= os · eSTAOOS DO PAIS Expedien NO lST~ DO Numero a\ubo . âlra za~ o ·• .. , Assinl1ÍJro5 · • CapitaÍ . (ano)l ,•. ~ lnleric ,'. , ' , . . _.,. . . . ~ -- . JJ . . ... .. ,; OUTROS lSUD~ • Leia e anuncie em ~ ll.u.sUuo. a revista elegante da cidade 20 - ô - 1942

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