Pará Ilustrado - Junho 1942

- Grandes Fabricas d J. KISLANOV f _ . . Dormitorios modernos,' êsljlo "Carioca", em legitima macaéaubn. · ·: C11rnas por11 cosol. com tdos, estilo '"Pauli ta". em macõcauba eia mobilio em lrgitirna rnocacouba, com 9 peços em alhad com · gornn\i o~ m 6 peças · . . 1 a. qualidade . p~lhinhn . E lodo e . qua,lquer tspecie de ·móveis • . vende-se nos ./i,IRAnnes PABRICAS D8 moua1s Da J. HISL no :.~ .- 'il[;](!llIJ@~tS(!l (;l(!l[Df:}@ @)(!]'[l[l(O(!)íl(!) üla ~~ : Perto do largo da Po\vora, confront~ il · Ru~ _Ca~ios Gõ_mes . ,. ' • •{ • 1 • .. ::::.:r;a ·,.r,: :;•c~,rloção do ,,o pobcc boma. • .; -.~?·: t odo das b" . mas J e srus , •• .~-,J ,}e infoncia. Oueriu nesse!> . 1.i'-c'Vi·én1_os precisar-lhe a fasiono- .'#; i\~:::··e·· :lrmbrava-se unicamenle. ·;;t."~~•:.Um · esforço enorme, de umõ " 'b , ~ tJa cara mal f eLta . que elo - , ' · .'~ S<lrdenta, . \antas. vezes beijara com· .. piedade fraternal . .. 0, seu· sofrimento aumenlou com n nolici!!. de que Abel iria com a esposa ·p11ra o interior,, diri~.í.t um est11h~tecimenlo de crit1.ção d~ ga– do .• -T odt\ uma noite foi -f>erseguid.:i por essa idéa. e · no di'ri: .seguinte, 4uando a mãe e o filhi · estavam il mesa, resolveu formular o pedi– do que fõro a obsess1'o alordoan- . le durunte o insonia. Em Ião sim- . p ies! . . . Luiza Brandés queria que os recem-cdsados a levassem paro s~rv i-los srm remuneração al1Zuma , 1 Ouando a dono. da cosa, admi– , roda ddquela a\itude, 111\errogou-l'i sobre o molivo re lo quul queria ' ab11ndo na-la. Luiza Brnndés. ve ndo– , ~ !\e no lronse iminente ·de diz:er ~ ( • verdad-: de s ua \ernur11 . que não confi:~sart1 deftnitivomen\e a si mes– mo. guardou um silentio obslim,– do. impressiontida pelo t1bsurdo da s110 loucura. -,,Nunca jul~,1c:-i <iue fosses in– grala , Lu izti - dissera-lhe a dono da casa . Nem Ião pouco copoz d-e me abandonar ... Luiu Brondés ele dizer tudo. de á senhorn . mulher afina l, irl imidoda se11\i11 impu lsos confessar ludo como da ; mai; por aquele õCti- ... ·,... . [:} (D [i} @ () ~ca(3cati]. . :. . ' -:- ~-- ~ • • ( \ 4' ,· ... ··:J • , .:-J. ;, .. . •: .. . . ,.,,.~.......,P"«"'~ Coohnuação ·, da . ,··. .o cor l o mt11feito da ua des~rlicu.:: . · •, iada b1'rhern de ptrno . ' • :. · · · .·~ A chuva fu!;tiga, ~ ~ ª" ·c:.,,);fd•s co_m vio le,'."cia ; Lu~ 6 Brar.}~:.l ,lev_e pagina 4 ,- nho·~~nlp, .que dómínou · Ioda a ·sua vida. re'lit'ou -se: silenciosome'n– le. . . Froct1s~11ra . o suo unica e ultima e,pcrança ! E em conse– quencia desse hicasso dec isivo. concentrou-se em suas 'horas de \risleza, na suces!lão' dos dias im- passiveis e vazios. • X X X Os recem casaclo's phrfüom ~ meia- • noitr .A é_asà silenciosa abrigava a tris– teza profunda da mãe: e urna chu– vinha persislen'\e e fma púnha nas coisas um véo sulil de lagrimes que et11pamwa tlS almas . .. Lui zd Brandes e,.m ' se1-1 q_uarlo._ lembra~a-se com exal.idão dolõrosa das ultimas palavrõS de Abel : -'-Luirn . \em rnuílo cuidado ..:om mumi,e'. • E. carinhosllmen\e. acariciara-Ih~. c~m a •mão o ros\o . Agorn, na. ,;orle , sentindo a sen– saçii< dessa cõncio . não podia ofas\11r do c,re.bro a r,cord11ção da s.ua boncc 6 de pano . O ar de Luirn brand,s era sombrio. e em seus olhos a 6 ngus\i a punha um~ expressão indefinivel. As luzes dis– \an\es do c~es pareciam observa– la delraz d<:i \enue véo pardacento da chuva . De repenle. er&ueuase e:. vrst i\.i. um casaco de inverno. Tirilõv11 . Desceu em si\en ~io ~o quinto!. e depois !'aiu paro a ruo . Luizd Brandés já não via as luzes do cacs . mas seus olhos contempla– vam com \hidcz de loucura a cor– rente de &gut1 que um dia levara PUA' ILUSTRADO !l 1mpre_~sao de ':ie alguem .jr ~º-!.:',-. laye parti ~ -.Já':sse mai de- , • .pressp , #final :' ·ct l:,,tlÕglU a: íU/l 'd , ~ i" escura o caes;· ·en ac. t~~u él 7 cabeçi;i e de~ap~:é~~u n~, n~i~~-. . .\ .._ ....... . \ \. Um omaphtt.er: sem_ .}irciru ela- .._ • •reava o~e aiJ1da ª.º<:• 1"P.C"- ~- • Na so d11 p(lrtn.,· ~ ca_!-O·. Z 1 , · · · Bran- • da fam e ay()-, L,UIZ~ U , . dês permanecia _encq:nida. ~. T,-!?,f__ ic1- __J I h l ' '\ db-' d'f' . i:10 .. ua p...- a c uva. 1rr t• .,:., .• Parecia menor ainda. o~~im'.7 e_~co; · Ih ida, il espera do momento · .em · f · as'-em él en.- que as orçõs a an1m • . ,. Irar nõ caso . Dor 'lue vollõro ?[ • Qual o motivo por que no ins!an- f', tc em que io deixar de sofrer pt•T8\...._ t. . semprt. . a cruz invisi ;_el mas dolo- ·~ ro"a da suõ pobre ,·ida obscura . ,, delcvr-se aterrada pelo loucure. do • Oluça- 0 ? 0 6 subconc1e11- sua res · · · . . oz de Abel tor1rnra a d1zer- C1a o v 'd d lhe: .Luiza. \em muil~ cut a o ..:om mamõr. e fõra aq ubt" l1b m_e!' • voz infanti l. meiga e a uc 1an que o peoueno obtinha e.a com . d .sardenla• a su tis fação de lo os 05 seus cõprichos, por excess:vos que fossem . .. E desde esse instant e Lu1za Brandés havia perambulado srm rumo pela cidade até que ao ama– nhecer , como se um determir,1smo podero~o ar r11<;la sse . achou-se no poria d casa, rrsolvida a ser e 11 ~rnle umll pob1e •coisa, <. m 'm nt utomaticos, naquelr 11m ienl t-m que unicamente a ac panharia , para o sua lorlurn , a lembrança do menino Abel e da sua infeliz boneca de pano .. , 20 - 6 - 1942

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