Pará Ilustrado - Junho 1942

( • \. t 1 ,Minha Vida, - Fédor Cha– lié!pin - Memorié!s é!ulobio– _gralicas ~ Edilora Vecchi– Rio, 1942 Chaliapin, nascido em berço hu– milde, na Rus~ia dos lmes onde os mbdeslos de -oriiiem rar~s ve– zes ·conseguiam escalar as cuspi– des sociaes, aó esérever suas me– morias aulobiograficas logrou fazer _um dos livros mais eslimulanle5 de nossa ep_oca. . ·: •Minha ,Vida., de Chaliapin, en€'1rra lodo ~m esplendido curso . ;;, de energia, Esse famoso oulodida– .14 _no~·_mostra a que pode chegar ·º. md1v1duu quando, na lula pela vida,, sabe esgrimir bem essas duas , armas da· vilór1.a, que se chamam :\ v.ol )lade e perseverança. • _Chaliaptn começa II lula prlo . pao ocupando-se nos ·oficlos mais humildes._ Oue imporia ·desempe- . nhar funções modestas na juvenlu- . • • · de, quando se tem a aspiração de g_osar dQ bem estar e de invejovel ' , s ituação na madurez? . ,. Aq~ele pobre moço, a quem ~ 1 ~~~em protege, quer .ser artista ./··?'.' · ,:tt:o. Se~ um diva, um desses su- ' ·, ;•:· Jeitos _Privilegiados que, numa uni– ~ó noUe. ganham milhares de <l0'– •.'.·i11rts, p.;rcçmem o mundo de lriun: · . 0 er:n lriunfo, e cujo nome a famo trombeteia por tod·as as. partes. Ç~aliapin nõo pertence á Cbte- ,·· go~ia dl,s lenores, que s110 os mi- E m,ados das ,dile\111nti, dá opern . um b · p f aixo. ois . . . quer triun- ar como . baix E t · t . t . h .. o. es re11 num ea- rin o de • · h· verao, com um11 compa- 11 16 .de segunda ordem. cm São ~Le11Çom_ ·aíú Aten ÃO dECONOMISAR não é gua~ ' ar m . b · '· F., os . sim s~ er comprar. • prefer1vel pois. ga~lar um pouco mais, rmis atlquirir sem– pre O melhor ! Assim é. em col d ·r ço os. odas devem prefem 65 conhecidas marcas expostas a venda nll SAPATARIA . Petersburgo. Mas daquele cenario modes\o salla nada m~nos que ao da ,Opera lmperia\.. . Seus dias de ar\is\a serão, -de!3ode en\ão, uma cadeia de exilas iarnais quebrada. Triunfa no ,Scala•, de Milão. passa depois a Paris. Monte-Car– io, Londres, New York. Rio de Janeiro. .. . p 1 ,. O ba_sico -.cre s cei vos.. nãô• sig~fk,a a dução . Não I Dogm exige m o , ~~ feiçõ que c_oda á qu alé \ruir CO~Q cc, são cego pela ignc, Cc,n.:io'...' , _ . se per51s\i ~ _ , " -'.-r·gii- . '!l passos.. mu~~íhJ~ · cnu trevas? ·-. •· • .• • · 1 Os melomanos cariocas ainda recordam Choliapin. no .Munici– ' pal,: com sua voz formidavel e sua figura imponen\e - de: gigan\e .• • Pe-la· . _ullinrn _vi,L,: ~-~ -? ·~tal . o leu filho a \e , ,~~ 9,-ã,_;-. _ pocifico. · . . , ._ · _ Riquez(!s, honras. · e lo.d.d ·· ·- m~o · exislenci0 in\ensiss\rna, _--:p-\enti âe lonces cin\i\anles é das · avenluras · f'ropriM -de urn hom~m de \t:a\ro, complirndas COtn · as de um russo ~ . .. .. • ~! - '· Calou-se a ~ -~L~ro ·:.,: ~ J.trngo, ~ no a~senl treo, ~ o ~~~um que assiste ã C\lleda dos Rotnanov e a revolução que se ossenhorecu de seu paiz. de Proc;4s! ty fraido por um . ça , .m _~~~- prcgoú f s -: olho-. ,Minha Vida». em in\eTesse . . su– pera o romance. já que a realida·– de, quando urde episodios. sup\an– h1 os 11u\ores de maior fan\asia . Este livro es\imu\(m\e de Fédor Çhaliapin é àos que prendem de tal modo o leilor, que o desejo de chegar de carreira u\é a· ultima pagina se \orna necessidade . . co:óde, dos _' e,:.:~rn~~na.,~-~ ~!:'e. se-i-p .va a.. us. pe_s em à1reçao a.o -s ~edóu'ro . ín~rnaL . e, h,v ,rorisado .côrpo em · espasmo •Ülé!nicqs, . . i~~nsi<lo de pá~ôr, -q~e . . ·· ba-mult-a · · ' ..,- . .;se: ~~m .. -~'!'""I . Os amantes da musica e do .\ea\ro. ~ os que apreciam a aula– '.· ' 1 biogrefia onde o homem de genio •,.,· •se apresenta de cot:pQ in\eirçi, acu– ,· · mula anedotas e faz •·ccr\eira- critica .. · de sua epoco. fruirão ··refinado · · prazer lendo -Minha Vida» . . ·' A verseô das memorias auto- biograficas do grande canlor Cha– liapin, foi esmeradamenle feita para a rtoss11 lingua pe\o profes!.or Cos– ta ,Neves. Valoriza -na um belo prelacio de E loy Pontes . e uma capa_ar\is\ica do pintor Jan Zac.h . Es\e -livro, caprichosamente apre– sen\ado, é uma nova produção d~ Edi\ora Vecchi do Rio de Ja- neiro. •••••••••••• ■ :• :• ••• .. ~ \ .. .. A vj.são convincente (Conlin'uação da pagina ·30) solvenle e repulsiva que é: -...Eu sou um ana\fabc\o» 1 Transforma-o de rebulalho em dei– d11de , de bugalhão em diamante . de gangrena em aurora, de cogu– melo cm Cflrvalho, de feira em ca– tedra\. de vérmina em estrela , de mcnd\go em nababo, de transfuga em senhor . .lor~ur~d e, em -é sofri.:i1 ei:i filho .' .- ·: Solfo : ãcordo . mptri.m id·à~ ,... ndente;5 . . . 1 1t- x X X: · :·:. • ·:,i .. ~-~· ·~ ......... .. . ~manhecia . ~ Na cozinha , a mulher prepMh_o , café, afadigt1da pela noite msone. Chamou-a . alvorolado , ancioso. E. quando ela , temerosa. entrou çom<_,, ft voz encachoeirada em soluç ·· emqm, nto sentia . no imo dalmà. instantanea, esplendida . d e a I b a r uma grande felicidade. - disse : - Joana, o nosso filho vai para á escola . vai aprender a Jêr . A Joalheria MARANHENSE A CASA DOS BONS NEGOCIOS de R. N . d e Souza Joias finas , re logios , bijouterias, objelos de adorno , ele Oltcina de our ives e gravador, Executa reforma qua lquer joia em pla– tino , ouro e pedra.s finas . Dou- t a -se e prateia-se com perfeição . Rua João Alfredo , 25 - Telefone , 2751 - Belem - Pará - Brasil CARAAPATOSO PARA' ILUSTRADO 20 - 6 - 1942

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