Pará Ilustrado - Junho 1942

·\ 'lJtU~ 44. ~ ~·: .. ~·,/ • ~\j:,- . ,z.. - , ,t. ~ ..~ . c/tJ: - ~~-. ... --· AL'- 1 • . : .: ·~wttfl>- ~ , . $_.f :l'·. ·. . " . r •. ~ •. 7, - ,l& _,a"val.. A P(aça d~ Republica · ~r1t.11a daqudc gc,lo. Gente ah 1:ra ' maio. ••~~crfumcs esguichavam nõ rosto das m~r~as que e,i u,i, Deus . f!05,_ ·acuda.. Nesse nftn1cnlo um popngoio ·do ca!a do ~clchior Araufo. r.C\si •·· orador oflc;al cm Iodas as rc1•niuc;, ca1t. na a~rie,ita de des- • r • ~or . nequcla praça. O .f.· ul'9•, 1. u lanlo • l~ambulhão que rcsoi vfu _.•. i Jl'Ígar dentro do bura~o , dum p'.,3fc e feri .,.__ · Nessa ocasi~ull' cnchomnho ,vira– • lt.fa. < ~coslou'-nó poste, bem íunlo 11 J~oca ~o ~~._e,_, .'. e cheio, bancou o ex– , linlor de . •,CS:~1Jd10, · • O pópa_gai-, ·~lifOU depoi~ o' bico fóra do bur11étt, .abanQÍ4 as ,;enfos com o. pési- n~o Iode c-i·-bciomõu.: . -Oh ! i.oríçe--pÚfume vcgabundo 1 • Eº bateu azcs p•ra II caso do seu donb. ( .. . . ..e., " ~ "'"- ,-. .. ___ __, • O pq1./ enlr.q.da do porto do céo cs– vo çe:ídtf, "':.~ :itias recem-chegodas da lcrr \· . , ·•. . . . ' Ql,11n·ll'ô São Pedro obriu a poria as :;cóbrin~, enlroro"J de sopeloo. E houve rtcL\mação. Disse II ue no polco eslava u11111 olmo impossi-1tl. olo va de lodo mun– do. Dava conta de , ludo. Não d~ixava in- tacta a pele de ningucm. São Pedro perguntou então quem era esse linguarudo. esse su er-bale-papo, que eslava no polco Um11 olm11 declarou , -E' um do~ maiores f11lador~ que ho– vio n11 ferra. São Pedro obriu o livro dos f11lecidos no dia anterior. leu, leu, examinou, exam i– nou e exclamou : -Não pode Scr. O maior falador da !erro ainda está vivendo lá no lrovcssll Campos Sales. E concluiu: - E' o Sousa, do Salão Diva. Este que chegou é •café pequeno, . 20 - 6 - 1942 • l . . Jorn~1 sem a .. ·. feição comum fll@(D[í)ll@@@[I (1)[111[3(1) : [D□ fll 0uando o· Pacifico saiu ·d~ botequim, es– lava debaixo dumo •aguo, violento. Era uma senhora ,agua, doquelas de fazer o C11morada flcór vesgo. O Pacifico passou pela praça da Repu– blica ·e deu de encontro num outro seu co– leg11 ·de copo. o qu11I tombem não se aguen– tava. E os dois se afracaram. lufando valenle– mcnle Passava num bonde um cidodão e per- guntou: 0ue é aquilo? E' brigo mesmo? O Flaviano Pereiro informou : -Aquilo é ... a balolho .naval, do Paciflco. . OUU6 O sr. J. Pcrobõ lentou escrever pelo •Ü Estado, uma cronica a respeito cio li– vro do ilustre poclo Rcmigio Fernandez, au– lor do ,0coso,, O sr. J . Peroba acabou conlondo como conheceu o poeta : falou-lhe na bengala e no porte aflelico, mas nada disse cm !orno do livro de poesias, que de falo é sober– bo de arfe e inspiração. A gente acabou lendo a impressão de que o sr. J, Peroba abriu o poeta e fe– chou o livro. E' •o .• • caso, . Alguem disse a mestre Rcmigio : - Você leu, Remigio, aquela ,vase– lina• ... E o Rcmigio: - Vazclina nio; aquilo ... é olco de Peroba. ~~ -No proximo ,black-oul, na copilnl oaracnse - dizia uma senhora - cu lenho rcctio.- que o meu marido seja mult11do. -Por que ? - indagou a -visinha. E a outra. - Porque ele ... só vive •clarcodo,. PARA' ILUSTRADO Diretor gerente e irresponsavcl - Zé Vicente Crise de papel A carcncia de papel atualmente é a maior angustia poro os emprczos jornolislas. BA– RANGANUÃ lambem vem sofrendo enor– rncmenle os efeitos do crise. E' jusfamenlc por folia de papel que nós eslomos agora fazendo um papel de c1inéco. O nosso papel era imporfodo de uma gronde fabrLca. mos esfa hoje apenas faz uma figuro de papelão. · Devido á crise. até o dinh~iro papel íá não se encontro em porte alguma de nossa redoção. Ho muita genfe fozendó papel por ai, mas a qualidade uã.o nos interessa, porque se !rola de papel . . , safado. Não se surpreenda, 'portanto. os nossos lcilores, se br vimenfe BARANGANDÀ começar a circular impres_so em papel Je cil,lorro. 0uando uma divisão i_ngleza atacou Ires divisões ilalionas dó Africo, a debondeda dos •mussoliriicos• foi:.cspclacular. Apenas um soldado velho iloliano flcou flrmc. Não se mexeu do loc11l. Esperou creio a aproximação dos in11lezes. Um general brilonico mandou a suõ tro– pa fa:zcr alio e render homenagem oo heroi que não fugira, Achou que era um valente de verdade. E o italiano firme. O gcncr11I, paro distingui-lo pelo sua im– pa vidcz, declarou : -Dig~ o que deseja. Dou-lhe permissão para pedir-me o que quizcr. O •papa-macarrão• cnlão declarou : . -Ma ché leso I Desejo uno vidro de 1odorcfo perché uno brulo riumolismo non me deix11 andare uno só passo, mio gene– reale 1 -5- • : I • • ,. ' , .,.... . • • • •·· •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0