Pará Ilustrado - Junho 1942

" • .. • • . '.', \ c e rebro humano ~ a fnte ' i~o~ulou-se-lhes pelo /!;~r iesmando-lhe a alma. de enle.nebrec·endo-a, eslr.angu ' 4 ( . . . ,. '. ·.: • .. ,. ( ConlinU1:1çiio da pagina Z ) ·os sur.los bons : desvian eslrad11 rea l da• verdad e . .. acabanctb' <por manda-la d o r mi r · mais o peq· ênp. Sufocando os eis, lã, se fo.i a· GP.i\a-d'a·para o cubiculo visin~o, dolorosa qual a M11ter do Calvano:- porque ô seu filho, san– gue do ·seu : sangue, rnrne da sua carne, ia ser,, lamb.em, crucilkarlo · no'•Gôlgotha da ignorancia . E. á ·mte e' \10 filho, miquela especie de ' •Via-c_rucisf. ·ainda flagelou . pela cos¼ ·. a. iarga!hada mordaz do do -. fT\ari9~ 1 • erverso . •.:-: :5~• áA .sala, .o., operari? fechou • JE nela; pagou a lamparina e ~e1tou. 5~·- , ficandq alguns instantes • o _esc\J~ar distraido o uivar da ven– . l~~_i'a ·. desencade~do. Depois, quiz :' adorm·ecer.. . . ·Màs o sono fugiu- l_h_ç. E assim rol9u horas '. inteiras na maqueira estreita e incomoda· até. . qye 'tim.p, ~a'ga 1 sonolencia, ador~ me.nrlindo éiS pupilas. cerrou-lhe 65 . palpebras. Enlão o que com que · •le se passou ffli extra-humano, , f nlastico, mesmo em ptsadelo ... J I • X X X / Uma gigantesca mão desceu do lefo, tomou-o pelo meio do tron– . ~., co, . como se fosse uma pena, ar– ._rebatou-o noite afora, alrnvés do c,paço, numa :vertigem de quem qu~r percorrer num segundo o in– finito . Por fim . o proletario viu-se assentado num ·,Irona de basalto. c;en~rio indesçritivel I Uma plani- cie imensa e e r·cada de allissima co d' lh · r I en·as de pedras negras. De u; lado do vale cavava-se um \ ismo, em cujo fundo fervi lhavam ct· •,ªmdas colossais, terremotos lalen-· es. o 1 • • I d ' ou ro, uma escada 1macu- r°, ª· como se os degraus fossem e.itos de neve, perdia o tôpo nas nuv~ns selinosas. Do p e I a g o , subian_i gemidos, lamentos , queixu– mes , . e:terloreil ,' ·ranger de dentes, · mt1ldiçoes e blasfemias -: lbdo um · coro composto com as vozes dos que so(rern, dos que são marliri– sad~s pelas penas .infernais. · Da escada alvinitente, ·coava-se uma har · d monta e hinos e harpas eo leas lr~ngidas por mãos 'maravilhosos . . Por a li , aguilhoado por demo– mos horrendos e crueis, armados de tridentes e chicotes, despenha- . va-se uma multidão rugidora.- cons– purcada pelos pecados cometidos: por aqui, ftscendiam teorias pul– cras de bemavenlurados guiados por arcanjos louros, coroados de mirlos e rasos. sobre um topete de fôfo orminho, sorridentes, felizes . Aos ouvidos de Jango eslupidi- - 30 - ficado pelo pasmo. ,uma voz gron– dioso, de entonações divers.as . gra– ve ironico . severa , rude e meliflua . lo~itroand·ci~ de um peito olímpico. ~t'QOOU . . · . _...:_ Mortal. atomo p_erdido nos 'vorlilhõe..s do· cosmos, lú, cuja vidu não representa. um só segundo de Elerniti~de. tú , barro animado pelo bafejo do Creador olho em valia lle li ·e reflete I Este é o vale de , Jvsaµhol onde se rea lisa o Ultimo Jalgan;ienlo. e esta, é a Humani– dade ·à receber a paga dos seus feitos emquonto na vida estagiou . Présla ·Ioda a lua atenção e verás O melhor café do mundo é o do Brasil e o m'elhor do Brasil é o do CAfE' GLOR\A A' ve~da nrste conceiluad~ ' eslabelecimen\o AVENIDA PORTUGAL. 27 BELEM-DARA' que a falange maldita dos .'. repro- . • bos, dos que correm empos · uma • · ex_(stencia miserave.1'. õnle a · qgal i:arece sublime a dos verme? re– lando na lama . recrutou-a . p.tinci– palmenle. a ignorancia. Esta. mais horrenda que a fu.são de todos os . mons\ro5 milologicos., eslo, para . cuja reprodução seriam impolentes · . o pincel alucinado de .um Ooré e do-os através urp labirinto cavei de invios atalhos. r mais des'1bl"(lcharn. )irios ~ d.rarn abrolho~ . vere~ L:– lavelrnenle. des ~m½~cor. , :.. ros pulridos e miasmatico s cio. e nuncc:< na clareir~ -Um uberrima e aniena {!•. hem-e. piriluaL literisa~ o-~s. { ani . do-os. i.rraci Q.nali ~ o-os. lran . !ando-os d e imil ··-4!- de F'eus · e·ram por orige ' rni>_·.- fac-si · animi.co da hes: -~ e · s nam ··p~la exisle• ..........,.. Ela fo; copo v nhal h , o pu- Ela :t;· ~~ f_urno1 os nos ~r; gaslulo a .u-os ao <:<'S dafolso - al?u-os O pel~unnho, jungiu-os ao pot ro, chumou •.-os \\ galé sol.. dou-os .ao peito, \CSl~ sou-o..· com a flor .~e L s infamante. - , . Ela._ princi_pa l- ~ e la. •. • E fo. lm;C:. ~ tv.; •il sa,,_erdole e,aposl?lo vil . não reparan do no qut" tens sido "'-:.· escravo irremissível semp re cu~v,do ti canga d ·a ser- vidão social sempilername~1le a · _,Qlcance do '\lego ferrPo • ,, · • • preso colel!f.', -;--· .~1gem..i o pv. .. . um egois14U brutal , es q_uem quçr; · .. aumentar a hord~ dos degenerado\·· \ ~ · com · a companhia do leu filhõ ?!.., · Reflete na enormidade 'da :. lu~ ~ ·· . falta e recúa ; se . nõo, elõ t~ el~ ~ magará 1 Tens ante li, Võcilanle, pr~sles a esboroar-se , um !iimalaia erigtda . pelos teus ~rros. . ,. : ·. e--··. Retrograde sobre os passú~ já._:.;., _. andados. antes· que sobre lua ca- · beça culpada ele ca\., ,dpesinhando– le, amassando-te, lriturando-le. Põe na .mão do leu filho o ar– chote de u·ma cartilha t Presenlea-o co m as vinte e cin– co gemas de um abecedario t Faze com que jamais. da sua boca crispa~a pela vergonha, es– cape, de mistura com o justo ana– lema á lua memoria , a frase dis- a imaginação genial d e um Dante. esta, ·que só poderia ser símbo li– sada pela hibridez de gri.fo~ . h~r– pias, qu i(lleras, gorgona~.- .-~erpes. ·. sapos e· escorpiões. esta, filha de:_ Salanaz. em conubio com, a mal- :· dade, foi que. espreila~êlo-os desde quando ainda embrio1iarios no ve·n~ Ire materno. por elê~ enroscou-s~. penumbrando-lhes ti mente. nel~s · apagando o aurifulgenle sanlelm_o. · que o .Üniscenlc acendeu em todo · (Coniinúa na pag. 32; P-P""!'~....!!'!!....!"!!!- '!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!'!!!!!!l!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!l!!!!!!!!!!!!!!!!!"l"l!l!I~:-- ,- 1 1 Expede saques e- ordens tde~raficas para Iodas ·a · l'id~des do P.m,sil - faz op~rações de credito e a max1m.. 1 · "' pontualidade 1 mediante mo<lic~s. ·c9missões ' 1 ~'tiiiíoiiR_u_a_· -J º_1_º_,,,·,.._iiiiiiiAI f_reiliidiiiío••'iiiiii5•4•~-5-6õiíiiiiiiiiliiiiiiiiiiiíiiiT~e-l_e_f ~iiiin_eiii,~~'" J.iS~ PARA' ILttsTRADO 20 - 6 - 1942

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