Pará Ilustrado - Junho 1942

Flagran!es doH,'{\rcí cios d~ Oefes::i Pasgiva Anti-aérea. que estão sendo reáli"~àdos em ( orienlação do general Zenobio da Costa. Belem sob o e ingenuamente bel\ como a serra dislonl<' que eriça · 'O cume p6rff\O ollo, como a lambem cltimar a Deus eonlra a inclenTl'ncia e.la ·na~ lureza. · Centenas de olhos e~lavam ago– ra voltados para o alto . Nuvens grossas rolando pelos céos azues ameaçavam chuva. À missa já ha– via terminado. mas o povo perma– necia reunido, olhos voltados paro o firmamento . As nuvens iam po– rem fu gindo lentamrníe, levodas p elo vento forte que sopra va paro os ba nd1:1 s do nasc ente. carregan– do cons igo. no s eu bojo plumbeo a propria vida daque la coletivida– de sofredora, a s ua ultima espl'• rança 1 Era o esti gma da fé que o ven– ~o leva va desgraç adamente I E, igualmente aos de Vicente Paulo, lodos aqu ~les olhos que antes vis– lumbraram a fuga da sua propria felicidade nas nuvens gro ssas que se foram . pagaram o s eu tribulo a !erra seea. i. riga ndo o so lo arden– te com lagrimas de soladM. X X X Na manh ã seguint e começara o exod o . As pop ul açõ es das cida des , d 11s vil a s e dos I ga re j')s , opesa r das reil era d t1 s recome nd aç õ es do govern o, qu e prometi a lroba lho a 20 - 6 - 1942 O Aceno da Felicidade Tu. eu sei, és quem me dislráe nos momentos de moiores preocu. pações. és quem me faz sorrir nas ocasiões em que a sorte lenta es– capar-me. Sentia-me esmorecido. opaixona– do. tudo me parecia terminado: •••••••••••••••••• todos os que se mantivessem em seus respc:::livos logares, agu~rdan. do os providencias que estavam sendo lnmadas. em intcrminaveis filas indianas, levando consigo os objetos mais uleis e de mais facil lransporle, fugindo o, fome e á sêde enexorav"is . demandavem es• (reda e fó ra em busca das cidades maiores. na esperança de encontra– rem lelliliv0 poro um s ofrimento que epenas ti vera inicio. No meio do m3SsB. daquele imenso e esfar– rapado exerc ito de Í'l mintos . se. guiclo da es posa e de sua nume. roS'I prole. lambem ma rcha va Vi– cent e Pau lo s ilenc ioso e ca l>is– b a ixo , como naqu e le di a em que ( Conclue na ultima pagina) r ARA' ILUSTKADO preferia ficar só, enlrcglíe ã soli– dão. ao . ermo, e esta que era cheia de dor fez-me a maior trans– formação porque poderia passar. Tomou uma forma diversa, mais risonha e cheia de alegria. Eu. ql!e· já e-0nhetia o amor, porque amei baslaule. como se póde amar. eu. que conhecia a fe– licidáde. porque era abraçado por ela. elevei hosanas á Deus pela minha exislcncia com Iodas as vi– brações de minha alma . ,\-Jun'lo aos ltus pés. juro-te cc.m lo'da a expressão de meu coração, encontrei mais poesia em fadas as manilesleções de minha e da nos– sa vide . · Hoje. vivo ,cheio das maiores alegrias . embalado pelo leu fidalgo e puro emor. cercudo pela lua boa sorte . Vejo o leu perfil. as luas faces de mulher sincera e sinlo-me ele. vodo ao m11is rico dos reinos. ·Mas . . . eu fico meditando. és vezes , se lu me desaparecesses ; ah I esliAguir-se-ia a luz dos• meus olhos. le v11rias a minha ventura. e o jubilo desapareceria lambem, e e u vollar :a a \·iver no ermo com o coroçào fechado para nu n e a mais amar. ROMANO • •

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