Pará Ilustrado Junho 1942

.... DO PARÁ, -09 JunHo 00 1942 _-,:e;~: l ·-U L T o D e p o n é n • e ·A FALTA oe o • nõd d e de, de nos~o tempo. norte a sul do pS,z ··. r~nde r o seu cullo á Deusa Imorlal da frase la– hrosfo • e d~ ·verbos ~ voca bulos do ca lã o do arrieiro s a lafrario . 1 i ..... ~ ~ra do .{ estes•. ao obs~ r vador percucienle U"'9 l rr.brança da nossa ances tralidade , e lá vamos 'S }l"')I .abrego aldeã-o. que em ferras de Sonla Cruz ~ ~ u ,rrimt !ro cenaculo á de.sbragada Pornéa, lou va n– do a língua 'o lla na boca . porca da afoita e desalmado insp\ rac1o!a cios rebelés e boca ges recua dos. E. po ,,~nlura, o nosso. u~ caso fatal de hered ilarie– ii de.: se os lestes não falham e se pre valecem os princi- • frodi smo lemerario? C: rn,éin div ~ar , convem filosofar, la lv ez . f e· an~ " -Oll !ára. enlrelanlo, o que se pôde desde logo õfir que a muito à~ ambas, nessa desenvollura s[s arroubos de exprC"ssões li cencios11s • desl mperado de lrnduzir o pensamento • · cl'l,;s,.. .._ nens e coi sas . ' • . . ssunl? é de escabic har-se. penel1"l.lndo-se caminhos 1nv1os do historia. ond e podemos ir focar os grandes ogrofos das raças,- rei,;, poetas, cienlislas, filosofas . ar J~ l_as._. fT!:.ilhere ., , lo dos na genuflexão aos pés da O eu 0 a -~iruajll',.l_e;;_sr:;.:. :r-ftlc.na da, mas enleianle . dominadora. '· éa .çra inve11f ivel. O seu culto demandava oprimo– !:. ~/IJ º .":_-=-- •~e ~ê~<;>s, de aliludes. d e fra ,;e._, de pa lav,_·as. '. ~ao a O,vmdade. que ludo pree nchia : d ese1os, as , amores. o sentido vocabular. o exi lo da lermi– logia alcoicieira. Arlislas de nota. lisonge1rndo a excelsa P0rnéa . fixa– vam em figure~ exo ti cas · de pôses equivocas, a vida amorosa· de faunos e saliros; a borga dos lu panares, desde os gru pos iso lados aos grandes conjuntos das loucuras orgíacos, · das expressões frusles do homem– besla. . Essas exaltações d o,; lopi,; e ca r vões ilu stradores e ca- l'IC l 6 uraes eram ocompanhadas pelos C"scrilores. em prosa e verso , disb<Jrdondo Ioda essa orle e lilera lura e rnbro– ~s para as palestras de Iodas as rocbs. descendo, vilp– ~iosa, ã plebe, sua maior cultora. sua n1axima dissem1na– ora, na pa lavra dissoluto. no dizer sem lremenhos, duro, rude el forte, no lrolo de cadt1 assunto. Erc!srn irresisliveis, os en leios de Pornéa. Os gra ndes acelas, varões e santos, nas noites de vi~ilias dolorosas. sofriam o assedio das tentaçõe s da Deusa cruel. A éra dislonle de Pornéa atravessou os secu los, as nações , os povo'\, ,;empre impregnada de bestialidade e pagonismo A açao dos moralistas, do leosofismo , corn as leis da Rom.eu vida sã· e do cristianismo, Ira varam a sua · marcha na . correri~ dos tempos. Mas o poder do ~eu faci.hio ficou no espirilo do homem, ahavés as idades, ~,,c;onfamiRando os mundos novos, conlaminando o Brasil . . . Nação e povo, nós somos um amá lgama de·. assimi la– ções. Consliluidos em 1500, somente dois seculos e a nos depois la nçamo-nos num arremedo de ipd ependencia, ainda assim sob a égide de monarca. e?(frangeiro. ão tínhamos, enla nlo . bem conciencia · de nosso valo~.- o u vivíamos, lal vez , num eslodo de esilação, o que, pe'nso , defluía da mislura de sangue, eslabele_q:nd.o ·o cónfusio- ·nismo para uma emancipação :oncreléf, .,clefir:iilil'a . :· E viemos rolando. anos a fora . _. , .. Nesse ambienle de adaptações Pornéa · Íázi as suas conquistas. . . . Nascidos sob os ausp1c10~ da cruz, eramas uma gente temenle a Deus. e recolhiamos ~os maiores <;JS exemplos ele re peito e cordura para nossas diretrizes ·na . vid 11 50_ cial e na vida intima. . • .. Seria isto a ob~a religioso a eclucação,_da · igrej; . ca- · tolica, trabalh ando, aplainando, cipi lhando, pa"r;. 0 · ber~; 0 _ espirilo jo ven de um povo nascente. Mas, em meio a esse fervor, a essa serenid11de. 6 esse recalo. creou-se O bealó e5sassinio e o pornografo con- 1 umaz. . Nosso primeiro imperanle. - dão-nos noticias ' as· .• d t . d· f • . no- nicas. era um d es boca o, um a ira iço, ru ião serii f em- buços. cuja lingva e cu jos aios oram famigeradl.l'S, ecoan-• do por Ioda ra rk os seus exemp los. _. . _.. • . Cerlamenle, acompanhavam-no. seguiam-lhe; as . . b . l d . pega- das; nesses ccrn res e es orn1as, o os o s <lta i,d -d . · h d 1· . , ,. es . a côrle, _ gentil omehns e a~as._ e a e p~ge·ns,. pe!ofrinei- ros, moços de coe ,a e mais recuo . . . : , . . . . Esc;a genle de pró l e esses aderen!-es. · ceFlo. · . . d· . d 1 • . , .irra rn- vam a iníluencrn os seus cos ume'l, pela ma · . · ·. I d li f . . 1 b ss.a , .•pe o grosso. as a as é~ eras s::ic1aes a p e e igna·r~ . . . . E O brasi l recebrn, dess arfe , os -.imperolivos d' · p .. néa. O cenaculo da ÜC"u~a in s irHrn □ l·e. •cl'ande ,~ Qr– oficia l, era uma ,·erdade . Fundara-~ e proi-ired . 1110 ou O 1 1. . d . ., 11a s impu sos re 1g10sos, casa o·s á timidez d. · ·· 1. d 'd . t·b' 1 . os na ivus sem uv1 a 1:1 1 1a vam os su, os ·exagerados ·. l 1 . · M d I r: . . l o mgueier p~rnrano. as, e e_s nc 1 _a ram os complexos ch•nlro de nos. para a expressao e o mornefllo . e· doloroso, é lrisle o c;ue vemos ho 1 ·e d d • · e nor•c o sul o pa1z. Foi-se o respeilo á mulher, ans mais velhos A n· . . 1· d 1 ·d . ierar- qu1a e preroga l\"a escon 1ec1 a. A mocidade de hoje ( Confinúa na ptJgina 22 ) fflARIZ • .J. • •• I • • _) •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0