Pará Ilustrado Junho 1942
• · • , .. • posto semtifonco repel iam•-se. Os agentes de polici a manli– ;.ham a multidão ancioso e compungida a cem melro~ do lugar de desemba rque. Liamos a lista sem acredi ta r, para ven– cer nossa fe bre; a tensão ner– vosa ·era tal, que uma s imples pergunta de. um policial, me lez soluçar. Tomava pelo .Car– lier .. todos ós rebocadores que entravam no porto. ão se póde conservar uma lembrança precisa -destes binulos eternos, porque eles escapa'm á nossa percepção ordinaria e excedem nossa faculdade emotiva . Lem– bro-me sómente do som estri– dente da : sereia, o silencio re.. ligioso. a imobilidade solene da multidão. . a entrada lenta do •·Jacques Cadier" e depois o tumulto, os ritos de aleg\'.30 as C_f1ses de nervos . \ ,. ·~o posso explica-lo . . . bser~ i ludo e não vi hada: alguns · abraçavam, oulros riam nerv • .' ' · · s arnente. outros permaneciam • abstrnlos se chorar. Eu ti- nha subido em um montão de cdrvão e. do alto, adeanla o nH''l li 1 1 to, forçava a vis · ..·,· · pr0Clll and adivinhar. ): •~:;"· i: .,, -t.. ,\\ lu1 . os passageiro·~:: r>. Jo i '. e os naufragas s:~·: <lo " réndol" se precipitaram . : · ao cães. anciosos por fugirem · 1:,– dn onfusão. Muitas vezes jul– ~uei reconh e-lo, mos um ofi-' .· cial me "dis~e que Kunda não ' estovo a bordo ~ que, prova– velmenl se acharia no"Elbing". \11- 1:1, enliio, deonte de mim. A dois passos ! Como linha vindo? Não o ti nha vi sto descer. A .alegria me fez sofrer, senti o medo que ausa o excesso de feli– cidade; minhas pernas se imo– bilisaram, minha garganta se fechou oprimida; não pude ir até ela nem lhe folar, mas nos– sos olhares se encontraram e foi como uma comoção doce, um choque. suave, um arronco voluptuoso. fixei meus gl hos · nos dela, chamei-a a mim com toda a alma . e m todos a~· • minhas fo rç~s. ·c:om to~a o pai – xão. . o'm toda a .ida do, meu,· sêr. tia me observoú com cu– riosidade ; voÚou ~ cabeça e não me reconheceu . . · · G rilei : · . ,. - Kunda l 'Kun'da ! Ela se aproximou : - Conhece minha irmã, ca- val heiro ? ... f iquei e5lupefolo . Vi · então que r i:n s ua·· Ít!ce falta vam' al– gun . /fraços s ubtis. •inv isíveis, parà . ser o ros_to de. Ku nda. . , -- lrma ? E'., lrmá? Ela me falou de 'si · algiimo·... ~ vezes: E prçseguiu;·. om · a voz ·da outra. - Vim porque sabia da pre– sença de Kundo no "Arendal ·'. O senhor " c;onhece ? - Sou seu a rido 1••• . ' :txplico-lhe, depois ..• . ··: Ela continuou com -· voz· co- , . movido : . ;._.. - Sabe que estava 10s a ps- 'tados com Kundo e não n viamos ha basltinte tempo: mas 1 juro-lhe q_ue a abraçaria .. com_ ' amizade, pois esqueci tudo. Não pude opôr-me: as mi- ~ .. t.>r. Godofredo de Freitas Docente lirre , por concurso, de léc'i1ica operaloria ela Uni\'ersidade do Brasil- Cirurgiiio da Cruz Vermelha e do · Exerciiu Bra5ileiro. ALTA CIRURGIA Estomt1go, vias biliares, intestino, bócio, cõncer. Doençõs de senhoras e dos centros nervosos, tumores encefolicos, mooulares, epilepsias, paralisias espáslicas, ulceras voricosas. COHSULTORIO- Av. Hazar6, 89- Das 3 ás 6 '-------------------~ PARA' ILUSTtrADO. p ·. .: ~(.Regis t ... # ·. RePAeseor A' • e>:s_ ~~'1 . : ... ,. .. ' Numerq . • . . 1 .' · -1' • • AssinBfUFa · • 'j , ,- • . Capilai. (ano) . . lnle-ti'é> • . .•·--: ~; . ·:-. · ·-. ~ TROS ISTADOr>,e Numero, o ·u·lso . . 2$0 ·..:\ , • •atrazado . . 2$ Ass.inaluras (ano) . '35$0 ·\\nµndo~: mediante conirntos. .• nhos lagrimas à 0 lis-lii .. ti - pela face; obracri-a, opri a qe tncq,ntro . ao peito -.-E' .,õ irmã e irmã. v~·nha : seremos esperar Kunda. X. X X Levei.o pora . 'fl· nossa · CMi– nho •e possom9'· ·um dia. q'uasi feliz. lrmo, . como Kur1.' 1 dava no estrangeiro; 1 anos mais que mmh . Pela palidez dos sru • pelo mislerio o do por sua fision na ~. por um det 110 dos iabios ~ grandes e negro. tremomente com ela; t verdade, as semanas··s\;·, fo m lima ·llgDnia en:?"- · o r e . iamos mais n~~ , ticias: o in~ de Kunda jã \ nao fígu ã nem nas lista de mtivas do " Elbing" . Dec, dimos, então, ir a .L~heck, os não pudemos obt r O dinh iro ne~essario para vi 6 gem. De P?'.s. éle numerosoi f degramas d1ng1dos a Bugen, recfbi esta resposta : • "Kundn, morla1" · N- t-. ao som neste momento tanto corno du rante aquelo se– mano de angustia : prefe~i a ã ( Continúa na P•!i• J+) 6 - 6 - 1942
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