Pará Ilustrado - Janeiro 1942
-,. e• '. )~-; . . 1 '•· . . . ' e. - 4 c~• • o ba la nça r d a• cabeça, o ra para a mas já zia a • 'direit a ,~ra pa ra es qu erd a . A mim e crian ça-ho mem. • • nunca di sse nt1 da. Ern mud a e Iri s- o de nossá che- le. Já esla va ha bituada em Mara- do u-me ao mer- ca nã . Tinha f! mor por aquela gen- procurar o qu e le . oçar. Com um pa- Um • dia diferente dos outros o d o braç o , 9'1Í a ga- meu pa i ·.-e · c ha mo u. Pensei que ndo-me alé do elinhe~• f~~-a enlrega r a lg um lelegra- la rd e me foi entreg ue --.,,,,,il C or ri ~ a atende r o seu cha- _fio . Na qu ele mercado n~do . Minh a mã i cho ra va . Papai eirando a peix e crú , eu • • a ~ ro u-me pelo braç o , com a cor- a Julia . Por esse tem- da da rêde onde eu dormia , co- gave l!ll · a m u Ih e r meçou a ba ter-me . . . furi oso , ele · ui . · Ti- repelia: dessa ida de, a ndand o com -.....-~~e. To- mulher d e ·má vida 1.. • S eu safa- inha si- do , eu lhe ma io! Não pud e enlen- quele crime. Do r der o se ntido daquilo tud o. Num el e amontoado de canto eu chorava . seguid o de re- ~evanlei o meu · petidos s oluço s . Ou eria falar , gri- ·ba n~eira la r ; di zer qu e se nós co mí a mos N.inguem era po rque An a Jul ia compra va . des erto . Ela não era má. nã o podia ser, me o, via lodo o nun ca me d isse pala vra s feias qu e ndo peixe e eu na da. o s menin os do grupo le vava m a u a nd o chegasse em di zer. a i como ~t e • co stume P ela manhã eu porlia d eixa ndo ~ um';f,º '"'l,oca, nem· 1 a cidõde que me viu crescer. O resLa . g uem .linha me caminh ã o buzino u. P a rliu . .. e Ana ane1r9 ( ª mão; olh o Juli a não ve io trazer-me o ultimo de_pai'o c9m· uma mu- adeus . a . t-/ão fu gia d os de– P a1'1ando-me a mã o :ioi : eu vo u com– ~ s ho mens sã o m ::: ri a nça I Sua dit a do r ime di a– Ouc e·i11e. · v~- •.•- . . me ,g r ava c;l 0 O$ ro lava m nÍl– {111 'vil a, sc1n nun ca o r aro deixa r d e traze r nem · O s a nos correram d e i x a n d o a traz d e s i recorda ções in a paga– veis do s tempos de mo leque. Cres– ci com o tempo . · e com o tempo voltei a Ma rac anã . N o mesmo di a fui a o mercad o, os a nos o tinh a m enve lhec ido. Es lava escorad o. V a– s io , tris te e mudo S ent a d o no ba– lente eslava uma mulh er, magra , su ja , pedaç o podre d e ~ P.nt e. Era uma mumia , fan! a sma em fo rma de mulh er. Ti ve asc o da qu ele mont e cPe ossos. Uma voz fr aca grilou la de d entro do mercado : «ess e aza r d e Ana Jul ia é qu em fa z o peixe não chega r •.. . ·e 111 rdi nhas · para acó ndo a ma~ ílõair vinha acom- d e seu lado 1 • ~i nha,tmes- ufho . ns qua ndo ~ vam s ro · joga vam ·i os q ll'" a min a id ad não pra coºmpreendcr , Anfl Ju lifl di a aq ue les gti l~f eios com Fec hei o s o lhos t: rercor d ei o passado . Em passos la rgos deixe i aque le quadro d mi se ri /15 , pen -.011- do nn olmo c;o no lhll dr Iode>~ O.'I ho mens ... ordens te legraficas para todas as cidades do operações de credito com a max1ma pon tua lidade, medianfe modicas comissões Alfredo, 54-56 Telefone, 3 p PARA' ILUSTRADO PftOfECI POllT Em junho de 1830, o du– que de Orl éans, oferecia ao cunhado, o rei de Napoles, de visita a Paris, uma fes ta magni-' fica. O conde de S a lvandy. um dos ·assistentes, entreteve– se conversando com um dos ministros, o principe de Do– li gnac, sobre a situação politi– ca, comentando as violações da constituição pelo governo, e a obstinação do rei em não levar em conta o res ultado das recentes eleições, na qua l o povo, por grande mai oria, ele– ge ra na capita l os deputados da oposição. fez-lhe ve r os p e ri g os que res ulta riam, s e mantivesse na politica a tual de des prezar as indicações da opi– nião publica . Não recuaremos uma só li– nha - di sse-lhe o ministro. - Es tá bem - respondeu S a lvandy - o rei e o s enhor recuõrão de uma fronteira. Al guns minutos ma is tard e, passando diante d~le o duque de Ürl éa ns, que recebi a mui- tos cumprimentos pelo exito da festa , S a lvandy disse-lhe o se:– guinte, qu e pouco depo is o celebri zou : . ·... I ,- - E ' uma fes ta muifo na- • • po li(ana , meu senho r : dansa- 1nos sobre urn vulcão. • A metafora de Sa lva ndy era uma profecia que s e d e v i.~ ... c umprir bem depressa. LJ/in rn ez depoi s, a revo lução es/1:J– la va e 111 Paris, o rei ar l /, · \):, passava r1 fronfeira para refu, ginr~s 11él l11~lo l n 'o, o rnini s-- lro Poligac. ~om fodo o . bine le , l'rt1 cncel'rado no de Vincenn e , e o d uqu Ürléa ns proclamado rei , s o nome de Luiz Felipe. • • • • ♦ • • ♦ • • • ♦ • • ♦ g M nossa redação compra exemp lare . em perfc• do n. 58 de PAR . 1
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