Pará Ilustrado - Janeiro 1942

P~o ~are! se _nida ~n1lo, coi 1 l feriu-lhe o limpano um ,, mini,. des ta vez. po rém . J rr m rn m· · larmente ~g radâve l. ·. • Cã; toda a pralica de um " I P- pa z d t1 tidad . G a rcia parou , _ i:. '; •Jr, ' • _num di:f~rcc, prclcxtando c~aminar•~• '- " , ~ma v1lrme r~lela de brilhantes. • · • -falsos e verda_deiros, procurou ver J .<a criatura cuja risada. na aparen- cia Ião inocenle . conseguira des- . • . per r-lhe a atenção . ? -.• Era uma dessas melindrqsas . ' • _ •• .q81t h) lanlas _na cidade ... • · ,. .· .f-' Melid~ em seu ves1~_do lilaz. · · 'f loda"'trm ,primor, desde os sapal marron até o chapéo , .ê.o_m um · confusão de ílo~es e~g: num ridenle e plena-, m~~de': : conver- sava ela alegremer"ile ~ ~ espeito . ..!,.-,· • de . . . Íamorados . '. . ;. .J ~ - h~inem . . . - •dizia.ela entre ,_ ~orr is~ já live dois •namo_rados ano ... á não é p~~~ . ._. ~ atalhou ~or . ~e aspec!o .;agr~dav~! ue , com1.élls duas 1ovens, faz1õ' conjuriti,·•.~• .:r_ ' ~ ~pe?~. D is .'.. -E nenhum pre enlenciou de que a sível para quisilo . . . isto .. . eria não ~•.( 1\J . Pé-dro rn íl rn rn mas _cou udo inuliimenle ... J rios dias que Gaicia vin menlan~o um~mal eslar no o. s olhos que -'e ha dias vir Avenida. apesar de um • [!) [) [3 {TI {TI~ [í)(Dr3~[!]r3 ■ har .., cruza;am-se, duma om<Ãunca linha . aconle- momenlaneo rsquecimenlo, linham- en_hJ,1.(11 d_?s\dois · · d· 1 , •se gr:avado em st.a mente e, desde . ro, p11ra nao ser m 1scre o enlão, fu~ira-lhe a paz. vez , a escutar a co versa.N o Por mais que Pedro fizesse , ~,andar novamenr e a . · possível era esquecer . . . esquec~ u-s P la- . • Aqueles dois olhos, aquela risa- havia a, na apa rencia Ião inocente, fa- : x x ' ziam-lhe fa lla . . . paSSé,l• em sua pensão. nas á noite, costumava • mesa viam-se livros Já mei o Jragados pelo uso , rela– lhos de jornaes, rev is tas. ludo em "Í:1eso rdem. • " Naquela 1-ic-'.,.'i::, pncém . contra– riando seu cosfur~e até ali obser– vado. Garcia, a bsorlo , pensava, fumando um cigarro á guisa de cachimbo . . . fa.va -lhe a~gu co· Os finemas. an-i agradaveis, a~ :ió mo._,w,jl)I\Wrl!'l'\t sono .. 1 Os fn igos. os jo. ~nes . lros . luao infundia-lhe ledio ... f: xperimenl ou aventuras noturna~. 10 - 1 - 1942 Mas , e como !ornar a ve-la? Numa cidade como o Rio? ... Dizem, porém, que o destino encarrega-se de ludo. Um domin go de !arde, Garcia vo ltava de bonde do suburbio. onde linha ido assist ir a um •malch, de futebol. Ouasi no centro da cidade o bonde parou e, mui vivazes, pro– curaram lagar Ires jovens, das quaes uma Garcia reconheceu ime– dialamf nle. Ali estava a mulher que . -roubara a paz . .. •lóf um feliz acaso. não haven– do o~ros lagares, as Ires fo ram ocu~1.. o banco em q~e eslava senl~o Pedro. ,~J[l lil[J ®tTim lfirn m PARA · :U .3TRA.üO No primeiro encontro, de olha- f res a joven reconheceu Garcia ê, num sorriso. corrs~pondeu á sa~: daç ão que es(c lhe fez. Nessa noit e Pedro poude acom– panha-la tio cinema. pasaear pela Avenidti , lcrmintindo til por •pre- caução , , como lhe disse ela. ao despedir-se. 1arcia encontrou-a varié.l s vezes ainda, e, na primeira ocas ião, re- so lulamenle, declarou-se. : A m~ç11 aceitou e daí ha dias Pedro começou a frequentar-lhe a casa, com pleno consenlimen!o dos pais, uma vez infarmados de que Garcia era bom rapaz. bem co lo- _. cado no comercio, de vida mori– gerada. X X X Passados varios mezes, Garcia , já noivo . avisava seus colegas de ' que iria casar-se com a senhorita Julieta ferreirn . - Essa moça - dizia ele. - era uma mulher moderna . Cuidava de ludo, lia muita s revistas , era apai– xonada pelas dansas, pelos es– posles . . . Todos davam-lhe parabens ; ape– nas um amigo, ainda joven . mas muilo viajado , obse rvou -lh e que tomasse precação. a fim de não aparecer um ,mas• na fãse de sua fulura vida de casado. Garcia , convido , declarou que não hav ia nada a temer . .. Jul ie ta linha bons senlimenlos. Era muito di ve rtida, talvez mais do que o necessario . mas , era da idade , da jü ve nlude .. . Observou-lhe o amigo que a essa~ mulheres de hoje. senão le– via nas, um tanto frívolas , convinha maridos da mesma tempera , . . -E lu , meu caro ami go -:- ajun– tou - a ma s á moda antiga .. . Repara que ha Ires anos andamos juntos . . . Conhecemo-nos ... Diante, porém, do s argumentos de Garcia, concordo u e foram lo- - mar uma cerveja em honra da fu. lura senhora G a rcia . X X X Chegou finalmenle o dia do casamento . A casa de Jul ieta respl a ndecia, festivamente iluminad a . De ins ta nte a insla nl e a arques Ira fazid-se I ot,v ir e os elegan tes · pares , ora des lisavam pela sala, • ora mov iam-se corno auloma tos, acompan hancL.i e ritmo da musica . . • Correu ani;nt1dn o bai le a té pela ~ madrugada, quanJo, dep0 is de des– pedirem-se dos .-'01s jo vens .:asa– dos, uns em -r· úS aulor\los • .taxis, , ..:; ulros cfo bon . du qual tomou ..;e(J rnmc pa . Pedro con~e;.;~• ira ,\ · s< n<i ca'>a onJc I r bal ~ . r,1 d eh• •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0