Pará Ilustrado - Fevereiro 1942 n.105

. . • I • .( • • .~· . .t}.. ·e I e I e i.e rn s ·li A -~ de i~. 7~ de aco.. 7 1ltóddo4 ft(l'ia ~. ~. ' • Fone ' .. i 1 . 1 t· 1 . í...... ·•· . Miguel entrou, fechou. . a poria . ~e exclamou: {-( • ----,Chegou a hora de ajustarmos 1 @Onlas 1 • • João, que a um canto eslava ( • . limpando sua espingarda de caça, • empalideceu ao reconhecer a voz. - Oue queres? - disse. -Vim cumprimentar-te . . . eem isto . ' E. com um sorriso de hiena , e~rimiu uma 1:norme e afiada faca . Os dois homens atrac aram-se e • lutaram em si lencio. Por fim, João tombou por terra com a faca en– terrnda no peito e o rosto da cor da c.éra. Titan . o SP.u cachorro. • a traido pelo rumor da lula, deixou o canto onde eslava deitado e acercou-se do moribundo. - Fóra, Tilan 1 - exclamou Mi– _guel. E o cão filou-o , erguendo o fo. • cinho e movendo a cauda . Evi- ; li\._ "'!!entemente não ·entendia. /# ~ • Miguel passou ª• mão pela lesta ,. : • ;_ ª~-t ~ Ili ) '•• •• , r;; ~ .\ ., ' ·.:,,..· -: ... . alagada em suor, conteve a respi– ração e poz-se a escutar . De. fóra não vinha o menor rumor e dentro reinava um silencio de lumulo. Nlnguem poderia desconfiar dele. Todos supunham que João e Mi– guel continuavam ·sendo bons ami– gos. Ninguem sabia até onde po– dia chegar o oclio causado por mesquinhos interesses (a .agua de um poço ou o feno de um campo) e ·qu~. pouco a pouco. abrira en– tre ambos um i1ison<lavel abismo. Ullimamanle . por causa de umas arvo res plantadas no lim ite dos dois terrenos. Miguel se cousiderara arruinado é, nas suas longas horas ·de so lidão, planejara a cruel vin– gança que acabava de consumar. O assassi'no acercou-se da sua viclima sem emoção. O infeliz jã não fazia: como até ha pouco, lregeitos espantosos com a boca. Ca lado, imovel. dir-se-1a esperar lra11quilamente que o púzessem num comodo alaúde. Miguel arrancou- PARA' ILUSTRADO . . , ... • • •• • • • • . . . .. <e H ,, . • • 1J.endM á C!-idJ. : •••• ' .. . . ea~ '!~– ·.e~ -~ ,,;,,,411.,. . ....... ,. .. • V. f1}l,eÇó-d, .e ~ ~ na . . iiJuna • w. • A RS ' . ost 1, 67 • • lhe a arma do peito , de onde bro– capa j rro de sangue. La vou a faca e enxngo u--a na e,;pinga 1.)a. Depois, exa- lenlam~n!e . Não , não sligio a lgum da peleja e não o ·a manchado nem uma gola de s ngu E ·ô,simul ou o furto : abriu "'· emexendo- lhes o de ubou mo- veis .. . , Isso e mãos nos bõlsos. Caminhou a rgos passos até chegar ao•ala lh ue conduzia . . . a sua casa. Embora o traje to fosse curto, afigurava-se-lhe inl erminavel. Mí– gue l não podia !irar da imagina– ção aque l.: jorro de sangue e aquela cara de cêra que o obseca– vam . \ Caminhava temeroso. olhando sobresaltado para a direita e para a esquerda . Dr repente, sentiu que (Confínúa na pagina 5J) • 28 - 2, - 1942 -} . .. ,

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