Pará Ilustrado - Fevereiro 1942 n.105

; • • • • • • • • • • • ' • • ., • • • • A , ' {Conlinullçâo dlJ pllginll 7) mente e em pleno apogeu. O poe– ta baiano, segundo os seus bio– grafas, leve sempre II vida desre-' grada . Heitor Muniz. em <Vultos da Literatura Brasileira•, diz que ele «amanheceu na vida já amando e cuja historia não é senão uma suctssão maravilhosa de amores de todos os feitios e de Iodas as especies. . Possuía os alralivos qui:: fa~cinavam as mulheres. Afra– nio Peixoto descreve-o. aos 13 anos, como sendo <O mais formo– so rapaz, o inais belo homem que se pôde imaginar. Alto, forte , es- . bello , de tez levemente morena, ampla testa , olhos negros rasga– dos e per!anudos. nariz ·direito. lt!bios se11sunes, sombreados por um buço arroganle, linda boca. queixo dominador e sobreludo. na cabeça poderosa. a coma negra, relin .a, luzidia , uma baslõ e longa cabeleira cuja sedução ele conhe– cia•. Era assim o poeta que con– quisla va as mulheres e dizia , dian– t~ do espJlho . ao relecar a vesli– menla 11 -Tremeis , pais de familia . D. Juan vai snir . Castro Alves l!nha mesmo o seu fraco pelo belo sexo. Em seus versos cantou que ; No seio do mulher ho lanlo aromo . , . Nos seus beijos de fogo, ho tonto vido ... Atguns dos amores do grande baiano passaram á posteridade. ficaram conhecidos através do tem– po . Ouando esludante da Faculda- • de de Direito de Recife. ldalina inspirou-lhe as maís lindas eslrofes do m ior, talvez. dos seus poemas, «Os Escravos• , e que deu muita popularidade ao autor. Vem de– pois Eugenia Camara, uma pa1xao forte, que i:xerceu bastante iníluen- eia sobre a sua inspiração. Euge– nia, artista de lealro, em excursão por Recife, era cortejada pelo~ homens. Mas foi o poeta que lo– cou-lhe proft.lndamenle no coração, · a ponto de se amarem ardente– mente . Separnram-se, entrelanlo, mais farde , pois c~mo disse Xa– vier Marques. seu mais completo biografo, Castro Alves era, por lemperamenlo, . dificil de contentar. Maria Carolina. Candida de Cam– pos . Eulalia Filgueiras, Benidia Fraga, foram vultos femininos que amou e ,que vivem esparso_s em muitas das estrofes ma viosas . que compoz. Aguese Murri. uma !lalia– na linda, misteriosa, dizem que foi, depois de Eugenia Camara, o o amor mais forte que conhrceu e por quem lapidou as cÓmposi– çõ_es l!ri::as mais emoc ionantes e mais aelas. X X X Esse modo de viver contribuiu bastante para a sua morte prema– tura . Retornando ao torrão nalal. enfermo, o eslado de saude se agravou paulatinamente . Mesmo assim trabalhava muito e sua casa era um um ccnaculo lilerario . Foi um dos fundadores do «Gremio Abolicionista 7 de Setembro • . Em fevereiro de 1871 apareceu pela ultima vez em publico, na «Socie– dade de Socorro ás Vitimas Fra11- cezas doJ Guerra•. Declamou um poema de folego, intitulado «No Meeling do Comité du Pan•, sen– do ovacionado delirantemente pela assisle11cia e carregado em triunfo a!é ao sobrado do Sodré. A cam– panha contra a escravatura absor– via-o inteiramente . Em junho . en– lrelanlo, piorou bastante. Forles hemoplises apareciam de quando • \. . • • . · . •. em vez . E definhava de dia , para:.r,l.._" ditt . A lisi.ca ,se linha in,lalado em r,:: ., º !<ida a plenitude. E slava rithilido a pele ,e1n cima de osso. No ·d ia .~ 29 fu~,"fl~ -lhe as força s por· com·- : ._ plelo . Não podia mais se levantar, Em 6 de julho. sentindo q•e li • , ,,: , morlc se clproximava, pediu qf!t! o • -~ leva'ssem• para perlo da ja nela d!!i • ' .• sala de visit a. pois ~queria m~~- · · •· • ·olhando o infinito ázul 1, Anlt> ·de - • expirar recitou um verso Jo · p_oe ~ 1· ma ,A Virgem dos Ullimo~ Arno- • res ,. quando sua irmã Adelaide, <.:J __ ._ aflita . chorando , vender-o em olena • agonia. deixou cair la·grirua~ em I suas mãos . Ele então exclamou : · ,As contas quentes senti . .. • .E.• ,... daí ha pouco. resi gnadamente. fe- cÍiava os olh os pa ra o sono elernt. X X X Nãc• se enco ntra nos nleratos · brasileiros exemplo da obra social levada a ef eilo pelo creador de «A Cachoeira de Paulo Afonso• , sob o duplo aspecto humanç, e · • N . /' nacional. Joaquim abuco afirmb.u que <Seu maior _li6ul? é ó . de ,ter· ( __ . - posto seu tal~to •ªº serviço dt ...).: causa d; em;rncipação, d'l liberda- ; de f' da ª~Iria, , ~o imort a l lapi- ... dador dT,'Eipirias Flutuanl s > só esse falo bas1aliél para lhe · ,., lar o nome . ~astro Alves. tantos outros cerebr~u ,inós< dus letras palrias, f vitima tuberculose, doença l•·µor- "' .• celencifi'!" <lue ataca o home,~vi– lirndo '"rf~ seus conglome"rado.,, le- .,:f '-" vando "aos uires 'a deva~1ação , a • : . f . ·-~· . . ., . • ruma ,, é/. m1sena . 1 ra1çoe1ra CQ.mo ,, ..·• é, al~o a infancia desde Õ · prim iro sorrisos á vid~. jama if • será e ssivo lodo o combak ·. ' que a ela se fizer, •••••••••••••••••••• Leia e anuncie em , • ~ 7-ladUado. a revista e~.egante · : da cidade OL:a~:........-....:::::::=::::::=:::mllill!:=--~-.:i.....:~o -. • T 1 ASA MAi 1 UE. SEMPKE ll:M OLF. F. • ue IM OMO O Mf.LHOR ORTI– M NTO DE. ENFEITES I fon , 4 o ,,_ ~a 1; de ~~0,, fJ2 &,J,.u, ~. ''9 ~ne, 2899 end reço lrlegr fl o : AJU I ABA PARA' - BRA IL Oiil______ ClililllM!il:;illJj-.:a-..--.-.-~liliillO o - 54 - \ •. • ~ PARA' ILUSTRADO I .. • • o

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0