Pará Ilustrado - Fevereiro 1942 n.105

• ~ ~ t• · ~'-1, . >:j 1/déinia ;~~~de de f!Rli ~ .. /,,~,L . ~ . • M . ~ .,.. • ·. . J Confinuação da lj Bg ina 28 . - •,· -:· / ....... Do* embros iudigita'llos para soci_os fundadores,_ tres de entre eles, r!°. _ ·. ,· . logo de iniciit, renunciaram, por justos motivos, suas cadeiras : Os drs. Ma- l ~ · \. · ~ nuel Barata t Alfredo Souza, e quem escreve estas linhas . r.., . . •. • 0 tlefiniivªa,v~:c::~:;ei!~~ ::eu: ~:::m:~i;/;:11:;::a~~t:.. ~~ ~ue:u:: 1 :~,:ç~: •.· .% •• Belem, a 9 de outubro ,lie 1920, confessa estas verda des : . l "/· "A '1csidia dos academicos ma tou a Academia, cujo unico brilho cons1s– ·• ·• . • -< • t .# . • º5) ~ . , ., tiu na sua sessão de instalação, realizada no recinto ela Camara elos Deputados, \ fazendo Tito Franco o discm·so oficial, num improviso brilhante, e Alfredo. > L~ artine uma bela conferencia sobre "Os simbolos". Depois a apatia rei- •' t d . -, nt em orno a agremJ,tçao ' . ..lj;, na verdade, nada mais fizeram por ela os quarenta acadcmicos. Mas, a academia não morrera. Quinze anos depois, novamente ressurgia, aos csfor– fls de Dcjar de Mendonça, Elmano Queiroz, e, ainda, ele Martinho Pinto e Rocha Moreira ! Foi isto em 1928. Parece-me ouvir aincla a voz tle Severino Silva, orador Oficial na festa .ela sua reinstalação, a 15 tlc agosto <lo mesmo ano : "Ressurge, pois, a Academia. Ressurge, para se integrar no momento social e estetico -~ temporaneo; 1iara volitar com as azas ele Aricl, para se inundar ela musica '·-íiltiversal de Pitagoras .. .•.. ' Foi um discurso belo, monumental, esse, de Severino Silva ! Relembrou os nomes dos poetas e escritores paraenses extintos, T enreiro Aranha, Tito Franco de Almeida, Medeiros Lima, Rhossard; evocou Orfêo, na Tracia; Lumir, e1a Boemia; - foi inspirado e fluente ! , · •Foi est aa .~ase rútila da academia. Entusiasmado, e sempre iclcalista, - aceitei, cntãiP, o logar que, ha 15 anos, recusára, e QUe eles, os academicos, de novo, mi! q&ereciam ! Que ~ do\ festit is se fizeram elepois ! Cada recepção era um triunfo; o T eatro dl Paz era queno para conter o numero seleto de vultos cm dcs- 1:Lquc da socwdade JJª aense que ali comparecia ! A visita:qu! fezeá academia o poeta Augusto de Lima, da Academia Bra– sileira, e que já: escança no Panteou, - foi uma apoteose; a recepção da ex– celsa 61!critora. portuguesa Maria O' Nelli, um sucesso ! Oiço-lhes ainda a de– clamação fidalga e cativante ! • • • Como relembrança desses brilhantes festivais, aqui vou deixar este re- 0gis~ historico das recepções de academicos, realizadas com tocla a pompa tlos .... grandes acontecime,i,ie; literarios : • ·' 1. 0 -;,t de Osvalclo Orico, a 11 ele setemb1·0 de 1928, recepcionado por ~~t, . D ej'ltr de~ ndllnça; cadeira de Tito Franco. 2. 0 a de Amazor as de Figuclreclo, a 11 ele outubro desse ano, iclem, lJClo acadj mico Remigio Fernandez, cadeira ele Carlos Nascimento. • 3. 0 a de Jorge Hürley, a 12 de novembro, idem, idem, por Ma1·tinho Pinto, cadeira de Manuel Barata. 4. 0 a de Alcides Gentil, a 20 de dezembro, idem, idem, por Manuel Lo– bato, cadeira de João P. de Figueiredo. 5. 0 a de Misael Seixas, a •9 de março de 1929, iclem, por Alfredo Lamar– t ine, cadeira de Alv~ s da Costa. 6. 0 a de Elmano Queiroz, a 11 de abril, idem, por Alcides Gentil, ca– deira de Vespasia110 Ramos. 7. 0 a de Deodoro de Mendonça, a 11 de maio, idem, idem, por Luiz B arreiros, cadeira de Inacio Moura. 8. 0 a de Eduardo de Azevedo Ribeiro, a 8 de junho, iclcm, iclem, 11elo dr. Remigio Fernandez,• c,iideira de Juvenal Tavares. · 9. 0 a de Eustachio de Azevedo, a 27 de julho, idem, idem, por Olavo Nunes, cadeira de Dom Antonio de Macedo Costa. 10.º a de Raynero Maroja, a 8 de outubro, idem, idem, por Augusto Melra, ca deira de Bento Miranda. 11. 0 a de Cupertino Contente, a 18 de março de 1930, idem, por Eduar– do de Azevedo Ribeiro, cadeira de Vilhena Alves. 12.º a de Eladio Lima Filho, a 17 de janeiro de 1931, idem, por Misael • -y$eixas, cadeira de Antonio de Carvalho. De 1928 até hoje, ocuparam a poltrona de presidencia da. associação os srs. Hellocloro ele Brito, Luiz Barreiros, Acylino de Leão, Osvaldo Orico, João da Costa Palmeira, Deodoro de Mendonça e Eduardo de Azevedo Ribeiro, seu atual presidente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . .. ... . " ...... ................. ......... ·· ···· ... ··· ···· . ......... .. . ···· ··· ··· ... 1zatal de 7Jedi.,c(J. á ~ ~.-ra )wt-e~n,,J. Jüé».enald Entre rosas e madresilvas Jurema vivia. feliz, na. sua formosa c~inha. onde os pássaros cantavam da madrugada à tardinha. Quando vinha - "Pai Noel" com os presentes de Natal, trazehélo balas ele mel e bonecas enfeitadas, a casa era toda em festa ! E Jurema pequenin:i moel-esta como a bonina corria aqui e acolá, dizendo a todo o momento, vendo a árvore bonita, armada cm meio da sala, "Oh ! mamãe, oh ! meu pap!Í, : " E na viela deliciosa entre flôres e sorrisos Jurema vivia ditosa ! ... Depois, já moça e tão meiga a ,•ida foi desfolhando a flôr - que a fazia feliz ! E todo então foi passando o riso, o canto, a ternura ficaram como um emblema da saudade no matiz, • • Mas, sempre é a mesJ:Qa Jurema que me fala com carinho quando juntas conversamos e aquele tempo lembramos ! ... E na noite de Natal recordando esse 1>assado, que não voltou nunca mais, Jurema chora em silêncio, mas, na doçura ela préce, com a lama firme em Jesus ttm a árvore divina armada no coração feita de luz e perdão. E na casinha querida, no santo e risonho afan, Jurema ainda sorri ao afagar sua mamã, que é toclo o seu pesamento na luta imensa da vida, pois que as duas, inseparáveis, uma dando à outra a luz, ambas vivem conformadas cari-egando a mesma cruz. • • Hoje, o Natal de Jurema se não passa em soledade, é porque tem a afagá-lo as pétalas da Saudade . •• 7 ESTtR NUNES BIBA~_ _

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