Pará Ilustrado - Fevereiro 1942 n.105

• • r ·, . ... . .. .. - (SUA HISTORIA) J. EUSTACHIO DE AZEVEDO A lembrança da fundação de uma associação de ciencias, le– tras e artes, no Pará, com o titulo de Academia 'Paràense, vem já de muito longe. ·: Levantada essa idéia em 1889, o saudoso escritor dr. Alvares da Costa pr9moveu para esse fim uma reunião, na séde do extinto Club Euterpe, em • m.aio. daquele ano, cm companhia do falecido jornalista e diplomata dr. Enéas • _. : ·; 0 1\,:a.r l,ins . e .do aca demico Artur Lemos. · , ,, ,, . ', F oram, tód'avia, debalde, seus esforços, pela Indiferença morbida dos -: h omeris de letras _regionais. Deve-se, pois, ao dr. Alvares da Costà, secu ndado · . . ' ' . . . .. . · ·pgr. ~né'as Martins e Artur Lemos, a idéia primitiva da ~undaçã o,. no, Pará, d:1: Aca demia Paraense de Letras. . · • . . . \ . ·. · Mais tarde, a 24 de janeiro de 1900, igual gesto teve o falecido jor11alis_'4 e poeta ·Joã o Marques de Carvalho, ele parceria com seu irmã o A~t!)n!Ó de Ç:_i_r– valho, Paulino de Brito e Candido Costa ; reunidos na sédc já citada <lo _Clrib Euterpe, trataram, por sua vez, da fundação da mesma_aca_demia, Sob a presidencia de J . Marques de Carvalho, fp.l eleita uma ' cii'relo·.-1:i. p rovisoria, sendo logo em seguida lembrados os nomes de 30 membros; cr.avelra esta dos pares da academia n ascente. (1.º) As sessões prepar a torias que se seguiram eram realizadas. cm varios· Io – gares - umas vezes no Club Euterpe, outras, n a Escola Pra tica · do Comercio, outr as, no "Salon Ciel " da ext inta " A Provincia do Pará", ~nde calha.va . E is que chega o dia 3 de maio de 1900, data em que o Brasil errada– mente comemorava o Ccntcn ario de seu descobrimento (o 4. 0 ) e o governo do (l.º ) Extraido das NOTAS E MEMORIAS de Olavo Nunes. • Pará,, tomando parte •n as festas desse dia, organizou, entre outras demonstra– ções pa_trioticas, uma sessã o cívica solene, no Teatro da Paz, n a qual ficaram inaugura das, em conjunto com o In stituto Historico, Geogra fico e Etnogra fico do Pat á, - • a Academia P araense de Letras e a Liga Humanitaria, hoje extinta . l Um ift!Io dia, a pós 3 ou 4 sessões, n as qua is foram r ecebidos, na intimi– dade, mais alguns de seus mem br os, a academia desap arecia, e ninguem mais dela falou. Passa.dos, po1·cm, que foram muitos a nos, - r en ascia das cinzas, como a ave do m ito ! . .. Em agosto de 1913, R ocha Moreira, - o saudoso poet a do " P a n", e Mar – tinho Pin to, então academico de Direito, tomar am a peito a ta refa de fundar uma associação que reun isse todos aqu eles que se davam ao cultivo das letras. , . • . . . • • . 1 • . • • Distribuíram convites, publicar am not icias e, cm 10 daquele mesmo mês de agosto de 1913, efetuaram o 1. 0 comicio do novo gremio, estampando a " Fo– lha do Nor te" uma gazetilha, que foi a seguinte, intitula da " Academia Pa– raense de Letras " . "Acorrendo á convocação feita pela im pren sa de Belcm, reuniram on – teui, na séde do Ateneu Paraense, á travessa Dr. Morais, varlos intelect uais do no so meio, a fim de tra tar da fundação de uma sociedade, destinada ao congraçamento dos n ossos literatos, a exemplo das congencres existentes nas capitais de varios Estados da Uniã o• Os convites tiveram solicito acolhimento da parte de n ossos beletristas, que ali compareceram em elevado numero. A's 10 horas da manhã, assumiu a presidencia da sessão o nosso con – fra de dr. Martinho Pinto, que, em breves p alavras, justificando a ausencia do p r incipal promotor da idéia, nosso confrade Rocha Moreira, - expôs o fim elevado que, no momento, a todos congr egava, convidando para presidir os ....aba.lhos o dr. Luiz Barreiros, que aceitou a distinçã o, convidando, por sua , para secretaria-lo, os drs. Martinho Pinto e Manuel Lobato. O beletrlsta sr. Carlos Barros, pedindo a p alavra, propõs para a nacente so leda.de o t itulo de Academia P araense de Letras, - que foi aceito por ria de votos. O dr. R emigio F ernandez alvitrou p ara 40 o n umero de membros, á man eira das academias de letras de P ernambuco, Baia, S. aulo, Rio, etc., o que tambem foi aceito• .,,. ~ - A assembléia n omeou a pós uma. comissão p ara organizar os estatut os llila.. _, ~ a academia, composta dos srs. Alfredo Lamartln e, Joã o de Figueir edo e l\lar- -~ Unho Pinto. . T 'l A sessão foi encerrada por entre palmas de t odos, vivamente dispostos a ~ · tornar uma realidade a bela lniciatlva ". ) • • • • - 28 (ConfinúlJ no pl1flinlt .3.3} PARA' ILUSTRADO • . . • • •• • , 1 _·x.· .. ·. . . ... . / ~ "" ., . • . . ,t/ ...... / . . " , .· . .• J',en~ C9neicJ4 ~ / ;./ . • -r-, , -- .r. 1 ~- ' .. • • , • .. <'\' :J• • . . ·. , • • • '• • . • • • ~ 1 ~ Fe,z anos a 25 do correnfe d nossa ._ lalen fos J colaboradora s e! nho,~if~-·Oneide Lopes. professora . norma/is/a e brilhan~e, infefefu~I_ ·.' ·t._,., ~ pôraense. • -, ,, A . I A/is amiglhinhd~ da an: er..t~élél rl; Tf- i', , · '.· ,e ,zeram- e 1verséls ,u~m;Jl, 1 - • ções de esfima. I ,. r ' .. / • ••••••••• J• • • •••~. ♦, ••• .. ')_ . 8' m1ffi .Síl ! • Vejam que mimosa ! E a f ran– cine fe. encanto do seu avô. sr. Ra– miro Coelho, consfrufor. E muifo mimosa ! •••••• . . .. . . . . . . . . . .. , Leia e anuncie em PARA' ILUSTRADO a revis ta elegante da cidade 28 - 2 - 1942 • ~

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