Pará Ilustrado - Fevereiro 1942 n.105

' . •• . . . . : • . . . . , . .. • • • • ..... • • • . . . •• • • • • 1 • • • • ODALI ·CA • • .. ., . . . . . . . ·.•·. E· de seu interesse . po~s ; lem de possuir um sorli men lo d e art igos fi nos ;;==;=_ 8 -~0UT8RIAS - F'AílTAZIAS ARTIGOS PROPRIOS PARA PResenres ~ .•cl s . melhores fabrican tes. ~ A. FALeSI & PILHOS / está a pl a a fo rn ece-los po·r _J • PREÇO S REDUZ IDOS : Pon~ . ·206 1- Rua l-3 de Maio, 227 - Pa r6 ~=====================-" • Sobre uma cadeira havia uma ca– pa . O a"ve ntureir9 rPvi s tou-a e ti– rou del a •uma carloira volumosa. -Exlfminaremos isso mais tarde • -murmurou. , , Nesse momenfo alguer:i bafeu á • poria .· Carlos jogou u capa por T~ dô biombo. tirou a sua e apareceu lrnjarlo do mesmo modo que a vitima~ Ajultou cuidt1dosa– menle a .nascara, e. com voz lran– quila~·cw;se : · · . roubou . . . Bem . . . Abra a carlei– ·ra . .. Isso mesmo ... · Torne essas .car~as llÍadas · com uma r.ta verme– lha .. ·_. ·'Queime-as urna . a uma .. . Ha ·uma caixa de fosforas perlo da garr·afa • . i . Veja bem o que v!'li , fa.ze -r, ouviu? . . , Ao mínimo ·gesto suspeito, : maio-o como a um · cão 1 • .... •. - • -Entre!•• ~a p~a apareceu uma mulher !raiada de Vt:Jleeiana, Sob o lri– cornio. um largo ~~ ocultava-lhe o roslo . C04j1pletamenle senhor de si. Carlos incl inou-se e béijou a m.ão que a moça lhe estenqeu . . Cpnludo, um rapido ol har bastara– lh e para ve rificar que a poria es– ......_ ! ava fechada ... '"-Seus dedos cris– . ~ aram-se enlão no cabo de estile– te ... Afi nal I As joias que brilha– í' vlipt 11aquela mão seriam dele! ~;.~ "Qe-ie·. dentro de poucos segundos ! Ma . de rep11nle, recuou , dei– xa ndo esrnp t1 r um grilo . . . Dian– te dele, a desconhecida rmpunha– va um re volve r. e grila?a·l he: - - Mãos ao a lt o 1 ~arg!'f'_f es- til ete! . . . •• · E . quando C a rlos obef ceu, pro- seguiu : • • - V er;fil •~m dtis ação que · . _ não me g r~I ao julg.a-lo o · ' que na rea dad t: um aventurei– •,• ro . ~i m. T~nho slaào o observa- lo durante ac; ultimas semanas, Assediou-me tm uma tenacidade que o reve la , a comei um ind ividuo ca paz de lul'l . . . €lnde es lá o homem . que me deu enlrevis la aqui ? .. . Vamos I Responda 1 Com a mãa ·agitada pela co le– ra, o aventureiro acendeu um fos– foro e ateou fogo á primeira cor• la . A mulher proseguiu: -Creio que compreendeu que eu perdi propositadamente a caria CASA CORCOVADO Mercearia...:..Espéciaria ==== ==== Confeilaril\- Botequim JUSTINIANO ALVES & Ca . Telefone, 84 Rua Cons. João Alfredo, 2 Belem-Dará-Brasil que o trouxe aqui ., . . Se você ti– vesse conciencia. dir-lhe-ia, para suavisar-lhe os remorsos, que aca– 'ba de assassinar um canalha ... E eu precisava dessa s carias, ain– da que para isso fos5e necessario malar aquele que as possuía ... Queime-as. queime-as. Dor causa delas ti ve de arrastar uma vida miserave! . . . Por felicidade, você adiantou-se, poupando-me o traba– lho de malar esse infame ... Ago– ra, posso viver tranquila, . . Cui- • dado I Não se mova , senã<i melo- l'.- 1•" lhe uma bala na cabeça1 Seus - • . planos fraca ssa ram . Você jul gava que eu era uma «presa fa cil »: mas enganou-se redondamente. Ao • mesmo tempo que me perseguia. eu o vigiava . E serv iu-me -maravi- lhosamente de inst rumento . -cégo para eliminai:- ·o ,, homem que me arruinava a exislencia . · Dreslou-me assim um serviço enorme, ·qu será recompensedo com anos de cadeia . Ao mínimo gesl que fizer. mata-lo-ei ! Irá para ~ cadeia, sim , irá para a cadeia . que é o unico lagar ande deveria estar e para sempre. Uma colera insensata apodero u– se do aventnreiro . Abandona ndo Ioda a prudencia, atirou-se sobre a desconhecida ... No camaro te ecoou um firo . . . Carlos parou bru scamente, le– vando a mão ao ombro. que aca– bava de ser atravessado pela bala .. Sem perder um segunndo, a moça fez mais dois disparos PVª ci ar e depois abriu . a pnrla de par em par . . . Nos corredores houve um breve silencio, seguido de uma algazarra infernal . . . ?es– soas que grilavam , que cor_riam em todas as direções . . . Invadi.. ra,m o camarote. Dois wgenl es de pol icia abriram caminho entre a mu ltidão de curiosos. • , Quando os viu ~-1/gar. a mu– lher explicou: "' 7 ·"' - Este homej\.•é · uu desconhe.-– cido que lenloi!" a"ssassinar-me, de– pois de ler ~la"do o cavalheiro que. marcn1a encontro comi go aqui . . . 1 /, - E ao mesmo tempo afas tou o ,• · • biombo , inclinou-se e !irou a mas: · ( • cara que cobria o rosf(:) do ca- daver. • · : • Carlos Sanlo·s. cujo semblijnle dei xa va lrans parecer um odio fu,; rioso , foi le va do para fóra do ca– marote. A moça soprou a cinza espa– lhada sobre a toa lha . Depo is, tranquila e majestosa, saiu alraz dos agentes , satisfeita com o seu aslratagema. CLAUDE ORVAL• • . . • • • ... .\. , •• ... • Possuído de urna colera terrí– vel. CMlos diri gi u o olha r para o canto do camaro te em que jazia o cada ver. - Delraz desse biombo - di sse. - Morto? . . . Ah I Então ce rta- ment e roubou-lhe a rnrleiro. Sim homem . . . faça o favor de depo: s ilar sobre a mesa ludo quanto Expede saques e ordens telegraficos para todas os cidades do Brasil - Faz oprrações de credito com a maxima pontualidade, mediante modicas comissões ·1 ' 1 .. ·- Rua João Alfredo, 28 _ 2 - 1942 PARA' ILUSTRADO • • • ,, J 54-56 ., . Telefone,_3 ___,.! • ••• • 11 f ' •• • 1• • . • - " •• • . .. . __.

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