Pará Ilustrado - Agosto 1942 n.118

... , · ,,. j , 'E' vérdade que MarÍ;.1 V i t o r i a vai se casar? -No mez . que vem . Verás que ,lrousseau, ! . Uma preciosid!!de. Rendas . peles. ~eludos ... Toi leites de todas élS classes. Um encanto 1 - Çreio que se casa muito apaixonadt1. -Apaixont1dissima. lmt1gine . . . O noivo é muik rico : casa pro– pria, aulomovel. chalé em Pdro- polis . . . • - Não o conheço . E' bom rn– paz? - Tonico Vdasco? Pelo me– ••• . nos é desses rapazes cuja .com– . . : ·pon_hit1 não envergonha . · · - E arr.am- se? .•-, - Isso. não sei . Imagino que m, ·que devem ar.,ar-se. • , -Maria Vitoria !em sorte . . . · ·· tasar-se aos dezoito anos ! E é bé"' bonita , não digo que não: ·•· • mas '. 1odas os suas irmãs • silo mui– ·..to ·mais bonilas e nenhuma se casa . : Efa. entretanto, o mais nova .. . .. · •• -Pois aí é que está a sorte dela. Observei que em muilas fa– milias dá-se o mesmo que nos contos: a irmã menor' ; é• a primei– ra que se casél . A 's vezés: a ,unica. Sabe-se que as tolices que ·a.s ir– mãs maiores fazem com os ,seus noivos ou prelenden!es dão • certa ' experi e.ia ás menores. Assim , Aurelia, a mt is idosa . cem vezes mais bonita do que Maria Vitoria e do que Iodas . . . não se casa . Ela já não é criança. Quantos anos dás a Aurelia? - .. .; - Não te digo, porque não ,sosto de falar mal dos amigas. Aurelia. porém, se não se casou, é porque não quiz. Teve preten– dentes de sobra . - Muitos. sim . Mas nenhum a satisfazia inleiramér,le . Tu não sa– bes qu anto Aurelia é exi gente: q~r que o seu noivo fosse rico. moç9 , elegan_te , bonito e aristocro– ta. Ah I E orfã o de mãe. Nada de sogras I Se fo sse possíve l. sem ir– mãs; nada de cunhadt1s . . . Como se vê. um p'a rlido ass im não se : encontra em parle a lguma . P arn . éasa r-s . é prec iso tran sigi r, faz er ,ee ri as concessões. Eu, neste as- unto , chego a té ao heroísmo. ''. Afirmo-te que as condi ções que ofereço aos meus pretendent es niio podem ser ma is va ntaj osos. Não te dirt'i que passo por cima de tudo , mas nun ca ped irei o impos– si vel. -Aurelia o que não merecesse . esperava , sem duvida, lhe chegou. embora -Sim: teve muito orgu lho espera do príncipe ideal. fo i e. á afas,. t . .. !ando quantos partidos se lhe a r resenlavam , alguns muito bons. Esle pecado de orgulho é .'\empre · pt1gQ com a mesma peniter.cia : ficar solteira . Depois vem o t1rre– pendime11!0, mas já é (arde. -Segundo essa teoria. deve-se ct1sar com e.. primeiro que se apre– sentar ... - Não te direi que não . porque pode o mesmo não se apresenlar. -Casar-se com o primeiro noi– vo, deve ser horrível I O melhor é divertir-se com lodos. reservando um paro o fim. O fim é o casa– mento -filha, eslamos indo contra a moral. Pensemos mais seriamenle. Raciocinemos . Não: o casamento mel hor café do B A' ven AVB } m 1 indo 11 '27 ' não deve estar em ultimo Jogar •parn as l!loças que pensam em Na missa O. padre conlralou um sacritão novalo . Na hora da cerimonia per– guntou : - Você sabe onde J'Stó o Se- nhor? i E. o sacris tã(') : - Estou aqui mesmo , o ra essa ... .casar: mas deve estar em primeiro log . ou .mellior, dev ocupar o uni– co lagar. deve ser uma coi~a que ocupe todo o S('U amor. Ioda a sua vida. Ao contrario. cor– re-se o risco de fazer um casamento equivocado ou não fazer nenhum. co.:~o Aurelia . -Ah! Aureli1:1. Além de lodos esses requisilos que exigia dos pretendentes ã sua mão . Aurelio tem outro inconveniente: é uma mulher superior. E' certo que a mentalidade de lodos os seus noi– vos não se poderia comparar com a dela. -Sim, .é verdade: a cullura , a inleligencia, são mais um adorno da mulher moderna. Têem, poré , os seus inconvenientes; a in s– sada o julga sempõê demaaiado. A mulher que for inlelec~ualmente su– perior ao marido ou ao noivo, deve ler o talento de o dissimular.,; ao menos quanlo ao noivo .•, De– monstrur-lhe muilo o seu talento. pode custar caro: pode cuslar o noivo. O talento , a mu.lfier, deve ser mais um encank> m 9ldorno. que se traz com a .graça de uma ílôr e não uma .e 'biçao presun– çosa, que se lama anHpalica. Não le pt1rece? · ·• -Sem duv-ida. O !>tomem é um animalzinho .lãç·• vaid~ o. •qt.ie nãQ póde tolerar, · sup .i oridade iiten- tal da que sidera um• ser infe- rior. Mo p ixonarndo-se de ve~ dade, tu vem dar na mesma nagem diz: baixa. Leia lher valha mais e o hon1em . .Ji· ~did a que o • persa-• hnkespei,re quando _· em mais alia. n m m'àis · do meu coração, ... e anuncie em PARA' ILUSTRADO • • • • - \ '

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