Pará Ilustrado - Agosto 1942 n.118

m rn rr (i) rn □ (i) [Il] m rnmrnrn~ mm ~ m rnmm [ITJ (i) Para alesla r alé onde chegava a bonda de desse belo espi ril0 que era o A ntonio de Ca rvalho . vo u ci ler um dos casos que . se nele eram comuns . noul ro'I são moldes raros de dedi coçáo Ha vi a terminado um espeta culo no Bar Poraense , dedicado a quem escrev<" e'll11s linhas. em recom– pensa aos meus direítos de auto r da peça levoda á cena essa noite . .,....!_ , A Irmã Celeste, . T'omava eu um gelodo. no re– cinto do bar. em companhia de minho fom i'l ia quando me surge o Marques. al.l1londo um papel na mão :- Para bens 1-. disse-;ne ele : - a qui es lão as nofa-; sobr<" o leu d rnma : vou agora escrtver o c ro ni ca . E desapa receu . !ornando um bo nde . Deixei a Íõmil10 em caso e .lui olé o ex linlo Moulin Rouge: havia a li lambem terminado o es– petaCLil o . Di rigi-me e entro no Gra node Hote l: numa dos ban ca'I , ao fu ndo , V<"jo o Antonio de Ca r– va lho , o fa lecido orofessor Mart ins Ju nio r e e, frank lin Palmeira , em con fobu laçiio . Aproximo me dele'I . 'lorridenle. O Pa lmeira e111 pu1Jhava uma pena e o Marque'\ dilova a cronica . de l11 p1'1 ,. papel na'I mãos R('dalor. a e~'le te:-npo . dr , Fo lha do Norte. . ob'lerve1-l ht"'I que já ha1" 1a dado • mp111 -1101le . ,, que • jornal mois nenhum . no Pc1 , á, pu– b licaria a cronicn . áq ,. t'l11 horn: qut" CT<"iXõ '\Sf"m l'l '\O parn o '1111 o,equinle . - Nlio . senhor I A ..:ron1rn eslã quao,1 pronta . e sairá anrnnhã. - b , ad o u o Marques Oh.,crv<"i-lhe'I ainda que . aq•Jrla ho rr1 . 11:\ os operario'I hav ,nm ter– mnll:ldo o se iço : que o me'ltre das ofic111as f"'lla va a espera ape– nll'I , 1111 lur a lmt."nlt" dns ul111no'I pro– va-. de lelegramc1,; , pa ft frchar 11 paginação: que já erh mrulo ltird .. O Antonio Mnrque'I 111ngou se · - A cron ica lrnl'ia de •1111r 1111 ,fo– lht1, . pe la manhã : rra 11111a nota de jornal moderno! l:lr conhecia o Scafi (adminisl rndor e < hefe cla'I <>Íl t i1111'1) folnr-ll,r-1a 1111 linl.!1111 ma– lrru11 . invocaria a ltnlin . ·recilar,a H'r'-0'\ de 5tecchelti . grnlifict1r1t1 os lipo!.!raÍOs . e.• em ultimo ca'lo ma t'le tn<"'lmo pnr& o caixolin'I com– por II crcJJ11c-11 J C nnltnunu II clilnr e o Pnlmeira 1942 n escrever. Pronta a cronica. !o– rnaram os Ires a direção do jo r– nal. Não os acompanhei . cerlo. como eslava. do insucesso da em– preza : Eram 2 horas da manhã! f ui espera-los . então . no , High– Life, . quadel-gernl dfl boemia in– leleclual do Pará daquelct epoca . Não os vendo voltar . impaciente pela d emora . tomei u,n aul o movel e.. . fu i encontra-lo._ na sala de re– dação da , fo lha, . sendo re.:ebido alegremenle.-- E 11 lão . poeta 1- bra– dou v Marques . - Não te disse qur a cron ica sa iri a?! Eu quondo q uero . - quero tnf"nino ! O Antonio de Carvt1 lho.- ines-· quecivel amigo I havia despido as su11s roupas elegantes de , foshio– nab le, : Estavu •Ó fresca la, . em Por alo do presidente Gelulio Var– \,Jl'l'l . Í01 pr,,movido rr:enkm<"nle 11 2.. lenenle da rrsrrv a do Exe rci to o ,r Raimundo Magno Camarão. pr<'– l!'1 lo municipal de S Domingos do Capim e cavalheiro muiln rst11na- d o err. nos~o ~nclt'dttde camisa de meia . á espera das pro. vas ! Oue sucedero? Como se dera o ,milagre , ? Muito simplesmente. com a palavra insinuanlP. cio An– lon;o de Carl'alho . findo o serviço correram pas– teis. sandwiches e cerveja . entre os !ipografos. fendo o Marques gra– tificado o trabalho cexlra, dos mesmos . E <"ssa memorovel croni ca live o prazer de lê-la . faiada. e em lo– gar de desloque , ás 5 horas da manhã . a ntes do café mat inal! lt X X Antonio Marques de Carvalho era um bom. um l<"alismo caroler. Em 1915 lendo adoecid~ grnve- . mente. recolheu-se a um quarto da Ben<"Ílcenle Porlugueza . onde o fui visilar ..:orno seu sincero e grato amigo. Enconlrei-o :ili. polido. ema– grecido . beiços descorados. f la cansado e fraca ... Tive que sustentar umo lula enorme para niio trair a minha emoção de espanto e pezar. dton– le de seu olhar compassivo e doce ... Pois era aquele o Antonio de Carvalho? 1 N ã o I Era apenas uma \'isão, a sombra do que ele fôra 1 O uando saí do hospil11I. - lu– cida previsão que eu tive! ~enli o cor11ção oprésso e a olma confran.: • gida. 11divinhando que ia fi ca r pri, vado do conlaclo espiritual de m11i'I um companheiro dileto . E.' brutalmente. estupidamen te. a n,inha prev1sao realizou-se. dias depois . a 23 de outubro de 1915. Ce qui ch11rme s'en v11 . ce qu i f111( ptine res(e : le rose vrl une heure el te cypri-~ cnnl 11ns ! ( 1) J EUSTACHIO DE AZEVEDÓ (!) Vid,- ,Antolog111 Am11zon111, . pag 1n. 2.11 edrção. 1918. & /1 ! '-. lêrn o prnzer ·de _convi– LA,a, dar a sua seleta clieh- leia parn ouvir t1S . ulhntfl ~rõ\ élC,:Ôt'S recebidas em discos. • VITOR--COLUMBIA-~ODEON l 'zaV.ed,da ~ Jae&i n. 100 1rme, 248t PARA' ILUSTRADO - 23 - • .. ' .

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