Pará Ilustrado - Setembro 1942
r • - Rema mesmo. cabrn. s1nao nós npo cheguemos na hora l ... - D eixa de pressa. cabra sali- ro. . Tá •pensando que as muié não nós ispera ... - Conl'ersa. homi. T ou lá me impurlando com as muié. :Eu quero é canlã p· ru mode ganhá as pra– la .. . - Tou vendo mesmo . . O uem nãQ li conhe<:ê é que ti• compra . .. Tu vai mais p'ru mode vê a Ma- . riazinha, aquele pé de sa ia dan8 · · ~ l-J: ;,\ do . qui qué virá a cabeça de lod9 ' · ~ "?" a gente .. . -Tã bão l . .. Nun adianta adis culi cunligo. Tu lá pió que o cumpade Manteiga, qui qiumr'o d iz · qui pau é ft:rro. é ferro m~rr , .. . E nesse . lero-lero, danado, iam o Mundiro cantor e o · :J compa– rheiro. o mulalo Rozario a cami– uho de uma festa de arraial. em homenagem S. Benedito. no si– li" ' !Jv\~caco brabo, . de proprie– dadl' do coronel Juca Melado. lã para o lado das cabeceiras elo rio Carrwipé. Mundico cantor; era o homem dos agudos melos,>s e eslal'a con– lrãlodo para oquelll festa. Em lo dl!s as ri\uniões festi vas, nllquele9, logorejo~ proximos, o. ,sru Mun– dice, rra ·,o t.91• Podia foliar e br&nquinha, menos o cantor. é e, equena,; gostavam mesmo de 1-lo Dora aquel1111 rrdoncfr- za, rf,, l"ra um Nelson E.ddy ou um \1 ,n Jones ... E o pequ 0 110 jacuman riscavo. ~ li ·1111111enfe. as aguas tranquilos J ri,· riacho que mais parecia li -1,J,nd dado a densa arbori'll!i , r;ila qur ~I" t'nl11,avn e ronr.ed1 um. 1Jmb1rnlt" brm magniÍICt"nlr um a'lpeclo 'lob1 t>mooo ti~reda\rl. Assim cornn o jacurnan 1mpulsio– nlldo pelo'I \'Ígorosos braços dos "t'll'I 1·111janlr~ Nn l'erdaor , i\\undico 011d1n•11 ,a..rill11do c1 1,zn, p 'ro lad,l <11• Mariezinha, uma cabrocha f1t1:ol 1 lipozintw granoso. cap111 d,· Ítll• 1 qu11lquer Mundico \'ef!~llr-se. lÍ<''lnle dr 11i t' f111.er -lht' beijar 65 pot1l11~ do vest1Jo ,\i\õ-.. até eí a morr1111 nã0 «e hn\'111 drfinido p11r11 111,1- guem , 1\t\undiçn «11bin pP.rÍl-ilnmenlc- ~Ir qur O e s,u prdn • "'" 1 110 OI rl'li11I do , M11cnc b " t' tliu 11 12 -- 194:.I seu interesse em logo chega r. Pa– recia mesmo que o rapaz 1a pos– s uía mais do que simpatia pela loJAS nNIL 1LIA L DE BEL ·JlRII' R.JOÃO L R~D0.49 ,-."C..1,,..: 0D p yue1111. . Aquilo li e1 õ urn bu- t odo ,Ir nmur. . l II chrgando. Ío1 Q ,«eu Mun– lico, 11lvo ela,; maio; 1·ivns rnanife"I• laçc. J dt- npr.-ço. cio'! pre'il'nlrs e . entre lodos. elt' lo!,! 1 de'llacou u ,«eu !lt'refim dr Klopstock.. 0 nesmo qu1111do se olha para o fir- •mamenlo numa noilt> dr lua, i- e11- • PARA' ILUSTRADO Ire aqueles milhões de eslrelé)s lqgo divisamos a Vesper. , Se1:e~ nados os ai1imos• lbe foi possiv:;I enll!b:>lll~ uma palestra com ,a· menina ·dos ;eus olhos, . ·. Llie fo. landu com visivel doçurQ : . -Mariazinha .' minha • flô, rnra . lu bem Sllbe quanto qu i ea li· ve– nero. Eu goslava di . . . .... -S~iu , disso, Mundico. mas como lú quê qui eu mi decido p'ra li. si Iodas as muças vivem li achnmeganclo?. . - Atalhou a moça. -A curpa é lua Mariazinha. T u ni10 vê qu i adispois qui a gen- · Ir si casá essas s irigail11s s.: a quie– lnrn. • - C omu ? Tu falou em ca~a– menlo. Munclico? ... -Sim, minha ílô de laranje-ira;· eu queru casá cunligo. . . Tu não me aceita comu leu ma, ido ? ... -Eu num sei . • . h pera ...- E. • a pequena poz a mão no _qu.«ixo, satisfeita. em 11lilude c\.a quetn p~t1-, sava - O uando acabti a resta eu • li digo.. . . • A fes,anSl:l desenrolou-se movi– mentado e o ty\ undico cantou •como gente grande,. . . . . .• é,ba- · .' fou• 1 Contou com senlimerflo,. en– toou modinhas tristes, o/fQncou la– grirnas e aplauso~ ,_,da~. mulfi.- · dões• . . . • •· , Logo qu{· o cantor lh 0 é propuze- · ra casamento, MnrÍlltinha correu á urna lia que a criara - eln era ,orfeã, de pai e mãt - e lhe conl0u o sucedido A mulherzinh.:i, ao qut parece esla\'a arrancando por um partido parn a menina. 11rhou oportuníssima- aqul"la pro- posta e concordou. ·• Nem bem C'I M11nd1co acabarn · de car.,lar. jií a Mariazinha lhe avisava que l"'<lavt1 inteiramente Jt ac.ordo, e porlanto. pronto para o ,coniui<uc \'O'i• malrimo111ol A lia. no rnl1111lo. drrn cnm .n , l111~u11 nos Jrnlt><:• e• rm brcl'e: pm 11ima não sei dt' qutm. o· corond ,\.\elll– do. quertndo dllr o ,furo,. onun• ciou o nc11vt1rto . P,1lm~s e ma15 1rnlrnl!,. cumpriment.," rir e lal. e o casamento ficou marcudo para o outro dornin~o. na casJ..da 1101- vo. onde, na5 prox1111id11dr-:, havia ~ urna igre1111ht1 yue d, mt·1 a,n me1. realizava 111,.,..,11 J11•ltimenlr,,.n11que- (' le dornini:tn. d1.:1 11s'>in11l11d<> pdrct tJ rnsono lrnviá ctkhrn '~º ~~igin'la t• rnliiu õflrnveil11ri,1m II pre,-ençt1 do reverendo. 1rnra e1quel{I' uni rió' de corpo t' olmo . d<' lt11;0~ rnquehran– l,1\'t'IS A -;rn111m1 loi bc.-m rnov1'nlt"nla– Ja Costura p' rct ~·õ co~lur'a [1 r11 (Continua na pagina' 2ú) - 7 - :• ....
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0