Pará Ilustrado - Setembro 1942

. ·• . . · .. : A melo t lil"P.o, da ·aurora ao pôr d(! sol, esses. h omens de musculos · rijos, dia rlameJ1te . transformam J)antanos brejos, Jagõas, · .com enormes at erros, em magnificas es&raaa s. Adiante, de calção, com o corpo lu– zidio do s r o ue escor re permanente– ~ nte pela frpnte, faces e tronco, des– tr6em tambem., milha r es e milhares de metros cubicos ~e r ochas, a renitos e serras, õra com o cl ássico marrom de 10 q uilos, óra com a dinamite destrui– dora. Os in d igenas, cujas tribus, em zonail ma is longlnquas; de qua ndo em vez mudam de acamp aibent o e atraw~– sam ~ srrviços á calada da noite, nã o os Int imida . O Q\11!, entr etanto, realmente. t·ons– tit ue a prova de fogo. pa ra ,~~cs h e– rões :, ônimos, são as end <'mlas e a s vari~• u :p atmosféricas. Esta s os ca ,·– tlgam <lc ,;de a mais simpks gripe a mais cru ·I infec~-o bronco- pneumõ– nlca. On :l c!!'nícuJa de um sol a bra– zador, óra o, ,·endavais furiosos mnna orgia , em li1.i om o frio intenso da CordUh,•irn tlo .\ndes com suas r a – jadas d,• \ r nto nnr(e o sul. As rireuv11tnnd a s topográficas e o estra,·a, ardfnto de a lguns rios, espe– cialme nte na rr ·i,1 0 frontefrá oriente · bolivi 11.1, up r do imen so l"Sferço ·dos dois :u\'er orm 1m fóco~ d& ano- • . felino~. , ertl d rir~ . ,. ,!locadeiras . e a cJisseminação da malária apresentá-se . então em certas épocas em. ~lta escala, aliás o q ue acontece iam~ em ioda •a bacia amazônica. . , • , Nada disto o in&imida ! Ao' contrá - rio, é um OrfUlho~ prazl'r lutar com essa natureza br ,fim e o de:;- 11reu a o trabalho . z c:J..mdo peln \ld:r rs b (ndeir a n– tes, encontram r instalados dezen as de ambulatórios, lah r do lJUe d, 1ienda .o t>oder:-se. afirma r ri•jubUar •que a, mortalidade nesse eniço é quasi nula. Chefiando há dois anos os servi()os médicos C. C. C. e C. R . O. tive a oportunidade de verifica r que os óbi– tos nes,;e lápso de tempo não a tin(:'i- ram ·a 2 ~;. , lfuito ao rontrário foi observado na construção das Estrada de Ferro l\fa– deira-1\lamoré e da Noro~tc do Br.1- sil. Nestas, a mortalidadi- atln :iu d– Iras catastróficas. Ouasi todos os co– mentaristas afirmam uue cada dor– mente da Noroei.h.• do Brasil l'Ustou uma vida e a l\ladl'ira-1\famoré não fi – l'OU muito atraz. Oitenta por cento de toda essa mor – talidade, foi devido a malária e suas <·ompllcaçõcs. •• Nesse labor mudo, sem a laridos m•m espalhafates' prossegue essa obra 1 dlosa, prosseguem os cortes e nurro. que diariamente se suredem par.1 r l'eber os dormentes pesadões, ondr. Ir pousar os trilhos, sempre ansioso par 1 beiJar'·o sólo de Santa Cruz dr lu Sierra. Flnalmt>ntc, a hidra de ferro re-.folr– gando vapor e fumaça . galgando mon– tes, transpondo rios, de rnr ando trilhos, pontes acamJJamentos, o espaço en– fim, n a s ua earreira louca de ferro e fogo vá l espalha ndo o calor do entu– siasmo 110 11elto desses obreiro, anõni– mos q ue conslituem a \'erdadcira a lu– \'llnca do proc-resso, ligando o Rrasll :i Bolfria e o Atla ntico ao Pucif1co. e Ie– vuntfo IÍ fren te corn o glorioso escudo nucionnl. a bnn dd ra tricolor, o cum– Jn f1n• tu he uroso de ~m trutado •• p 1;i•_Io da .fraternnl amizade do B rasil e • ,da Bolhia ! < ~rumbã, a gosto de 1942. ·.D O R? ··~ G ü a r a i n a M ó- 13a.'ltó-da · 1natto.~ Perseverança Cru. poro · Pa ra os oue uesta r ápida pa s..sagcm pela existên cia 'Pl:metã ria e dda pro– curam com dignida de a uferir os me– lhores p roventos, ilim itado numero ele dotes e excepcionais qua lidades são ne– cessários - esses são os predestinados. E' saber sentir sem discrepa ncia o que tem de melhor a vida , possuindo a per– cepção sucinta de tudo (!Ue em si en – r erra esse conjunto de belezas e de fealdades. Sem uma. não existiria a outra. Constituo o reverso da meda– lha esse nó de desventuras. Cons– tante entrechoque de sentimen tos do mais alto e baixo estõfo . . . Despeito, l nve,ia. Ra ncores, Maldades. Como re– denção pa ra a huma nidade surgiu a lur: do Amor l'0mo a.tenunncin a os sen – timen tos oue ta nto debilitam e esma – gam o cs1Íirito dos impios. O Amor - lei suprema da ,ida, - como senten – r ia o profundo psicploKo Balsac.. Srm amor não existir ia · sncrificio ; sem acrifici<i, nã o existiria a vida . Vi– •'er é sinônimo de sofrimento crivo que pur ifica a alma ; sem o uua l não lia– veria equilíbrio n o sentido prá tico na luta quotidia na que trava o homem pâ ra vencer. viver . .. Slem a luta não existiria a vitória consoladora, os má rt,ires no julga– m ento dos Bons e Má.us. O numero da – quele sem pre menor. Deste. numero- síssimo . .. - Temos para nós a impressão nítida de que a Criação orden ou á human i– da d e.- apa r eça e avance. Saia do des– con b&clgo e venha.o verdadeiro. Deixe a sombra venha para .1\ claridade. O movimen to é a Yid.,. a forçn é o poder. ." O poder na vida constitue o pro– ,rresso. O poder é uma conquista d:i. inteligên cia; a sabedoria promana da ~"lperiê noia: a experiência é o impul– sor do a J elçoamento; o aperft;içoa – ment-0. o d amismo do progresso". TodWI estas divagações nõ-las suge– riram ~ ultimas noticias au~piclosas com que brindou-nos generosamente o no!lso excelente ami,to e conOt'itua d o banqueiro sr. Julio Barbosa Mat.s. Quem como nós que temlls ucomp:r– nh ado "paripassu" seu progredimento não cansamo-nos de louvar su11 J' -ande capaddade de trabalho, a ou:il dt:ve-~I' a lnt eligênda, experl&1cl.1 r :werfri– co:iml'nto rom os , u I orr !d ~u-1 n<'ão na atividade des1 diria n,i d irt>ção dos multiplos ato~ u 1T, ntt><i 1la posi– ção importunte de Ui tor Gt'rt'ntl' cio Banco Borirs. ·11ta -l he segurança, livre arbitri11 n 1 rs qll<' •·xtrrio– rlza com 'lln Nele l'jio h Utut v uo tlc:ns; t udo rt•soh e com <' l I t ltl 11 '• n11a- náglo tlos et.111r rrridos. O "Banco Borges·•, e. tc1br, dmrnto ban cnrlo acreditado 11 1 ~ all roda'! rl ~ comércios rnriÕ(•u l' paul ta ia a cha m Is e mnis :woluma a~ !\U opr~·1<·6rs <1€ credito. np snr d.i anormalid dr que dc5orgnnlza atu 1lm<'nlt' todos os rto- re-~ d ,ld uni 1. Nlio r QIIN mos fnwndo lustlça nos elemenk g,1e compõrm a l>lrrtorla da11uelc Institu to, cav 1lhf Ir( probos l' competentes no nmblto d 1s u atri– buições. como sejam : Adri t o 8,1 Junior te; Alb no Gu m .sebastião Leite d 1 Borges. conta (' orno uma MI 'ª" ath Idades r m o d,. t ontt>mpla rcnr ., lrct p i1trn- l t>ll;.1, tllrrtor ; ; \\ lrr d Pt•nl1 l do c•onsolldoclo h 11 • 111 jubila do d1-l'.m <tau p atitude'! a radlnnti: satbt tampa-se-lhe no scmblnnl a congulsta dos seus sonho. rt>splend,-.mente r1•aliz:1dos • PARA' Il,USTRADO .itcalenta dos desde sua meninice quando • ·deixára seu n obr e e glorioso país natal :.... o emotivo Portugal, e para cá viéra. F ór ma ndo, caldeando o carater no con– vívio anstéro e honra do de seu saudo o tio Sa ntos Sobrinho - firma que cons– tituira um paradigmll, de escola do bem Cá nestas cá lidas plagas veiu viver desd; a m eninice descuJdada, á. puber– dade - o prólogo da ex:ist~ncia, ba– seada n a a dolescência ouando se com– pleta a verdadeira noção da vida. E assim a fez-se á vida paraense e seus costumes, torn ou -se-lhe desse modo a fé a rraigada pela Virgem de Nazaré, dela fala -nos com vivida emo– ção n a linda festividade tão empol– gante que assistira nas quadras mais risonhas da sua proveitosa. existência nesta ama da Belem. Mesmo residindo na opulenta "Cidade Maravilhosa" . prende de enca ntos materll\_iS, emol– dura da de exuberante natureza, um de seus multiplos a tra tivos, não esquece Belem , a saudade latente guardada no sub-conciente até os ultimas dias de vida ... O R io de J aneiro - " a maior belezl\ da terra " - n a exclam ação do n otavel estadista inglês George Layde. quando da sua visita h á an os ao B rasil, não lhe obscurece a s recordações indelevel– men te g ra va das na retina da terra onde del.xára excelentes aJDigos. conqulst'l – dos pela llmpldês de cnrnter e lh.me7.a de trato. Nas h oras de lnzerrs aflui o á sua men te o ah'ore('cr do dia enun– ciado pela dolência dos gorg-elos da mlnnscula " Mari,1-já-é-dia" .u:,zu– lhada nas c6nas dos arvoredos desta eterna primavéra ,·um ns ramagerui per– manentemen te vrrdes ! Ao crepus- ,. cuJo - hora. da saudade em 11ue reco– lhidamen te caímos em profunda~ me– ditações, porque pensar é um a fórmula de enquadrarmos o t empo na Eterni– dade. •. J ulio l\latos volverá seu pensamento melancólico para. o P a rá e em parti– cular Belem, ,·,·r-sc-á no ambiente da conceituada Casa Ba ncária Moreira Gomes, onde desempenhára com 11-. sura o espinhoso cargo de Caixa, n esse con,ivio pr oveitoso, verdadeira escola. de h on radês, ao lado dos notáveis ban– queiros srs. comen da dor José Ma.ria 1\Iarques. J oão P edro .\ mador. Antonio de Cerqueira Da ntas. ca vnll iros aca– ta dos. <'llja respeitabilidade prestigio são a melhor garantia de êxil<I <·rn qual– quer setor onde se faça net•r sárla sua 11resença. Por isso n ã o será dl'ma~lado rt'ndennos com o m elhor ,rntlr, ju!l– llça ao merecimento. c1u:n1110 autêntloo, eomo o é o do sr. Julio l\blos, Pelas suas a titudes sóbrl IH dr ver– dadeiro " gentleman", merere est 1110- d<•sla homenaitem, porem gl'lUlde. elo- 11uente na Intenção e na essência 'J1 lo parlkularlzado motivo de promanar d!' um rora<:.'ío e alma Isen tos d r it•ílnên • das mab iíes ... Esta s linha. . tnhr ln ulsas tracejo-as em sllênrlo, p11r, no sfü•nrlo propulsor da. lnsplrni;fio. , graud s romo os pequenos artistas oomp, !tora desenham no penta– grama a.~ m.lis belas ll cativantes me– lo<lias. Pois ~ejam «-Stas desprl'tc·1wlo– s.1s llnh. . sincer as t''!:prr.ssoes - "a mrloclla da saudade .•." \dmir.ncl n pcl"'ievcrança rrladora (JUI' norteln r nobilltn a p , onaUdnde llll on Ulllli\'l'l dr Jullo I O PN'• mi d r li I adr d o Olltnpo, 11 nalnrdo:>.. I' os Boi ra ! , . . Ue bem o m r<·e. l LYSSES • BRE • • • • ♦ • • • • • • ♦ ♦ • • • • • Leio PAI<A' li L :- 1 ~ \ 1.)() tl rt'v slô dt'~tinle <lt1 c,dt,dt" 12 l) l'H-2

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