Pará Ilustrado - Setembro 1942

r, &wiada. de 1~v1 13wdfi-13cJJ»ia ~ de ctua~. fl,~~e~. ( Col1Jborttçf10 do Dr. A rmondo M onteiro do Silvo O T rata do de P etrópolis n egociado a 17 de novembro de 1903 entre o Br asil e a Bolivia, pelo grande e inconfundi– vel estadista José Maria da Silva Pa – ranhos, Barão do R io Branco, fez de– sapa recer uma questã o de litigio que há a nos vinha se a rrasta ndo p elas Chan cela rias dos dois países, e a nexou o Território do Acre ao B r asil. As responsabilida des assumidas pelo Brasil pa ra com a Bolívia, nã o foram pequenas. Dois milhões de libras ouro seria ndenisação, qu e deveriam ser empre as especia lmente n a constru– ção de <'á&ninhos de ferro que fa vore– cessem o tll'senvolvi.µ1~ni.> entre os dois pa íses. MONTEIRO DA 1905 foi satisfeih uma parl.t d·t obrigação fina nc<'ira. i,c– guintlo-s«- ., rnnstrução da Estrada ele Ferro !IJ ull'irn-Mamoré. .\nn, r anos •a·guidos vinha prro– cupa ndo o Br:asil o restante do com– promis~o. árias comissões envia das 1·<'gressa– ra n desanimada~, rm vista das ex– teru;a!! r egiõe., pnntunosas qut• enC'on– travam e outras difkuldnde~. Por fim, a orados E'studos sub- metidos ao os dos dol~ pa íses, foi assinado ado dl' Nntal de 1928, mais stiluiclo J><'lo Prn- tooolo de de 'ovembro de 1!1~7. optando pela construção da Estrada de Ferro Corumbá-Sa1Ua Cruz dt• b Sierra. Assim concordaram os Prr,icll•ntes Getulio Vargas e German Buscb .. Um ano após, cria va-se a Comissão Mixta Ferroviária llrnsileirn-Boliviana composta de elementos brasileiros e bo– livianos, Dava assim o Governo Brnsileiro ini– cio ao cumprimento do acordo decor– rente do Tratado de PetJ.:,úpolis com a construção dessa magestosa via férrea, 12 9 - IQ4'.2 .. Ct·no elo íil111 d11 ,U11i vn <;11! P1rlures , PARIS F.ST A' CHA.\\ \NDO com E.lisabelh. Berg11er · ,__,.-.,.,..,,,..,,...,.=~,.,,._~,...,..- ~ --=-,.,,..,...,..,...,..-~-- ~~ ".'ujos trilhos atualmente já. pcnet,·:.- 1~m dezenas e d :i:, n s de quilôm 0 tro3 . m sólo bolivia n :>. ;; r rn. os trab:tlhos ,,ue pr ecedem , (!UC já. atingem a a l– gumas cen tenas de quilômetros. Sit uada quasi n o centro da América do Sul, em plagas longinquas, há pou – cos a inda será drda a ventura de co– nhr,.rr esse traba lho ~ra nd ioso. Cerca de 690 quilômetros será o sen per curso. Além dos serviços já efetua dos ao longo de enorme extmsã o já entregue ao tráfego, como. estações, casas de t urmas, r esidências mode~nissimas p'lr:t enpiµi hciros, poços art zia nos. tubu– la~e!;, depósitos dá gua. etc., d rstacam– se! os serviços tl'lefônic~s, cujo serviço é fir rcpr 0 Pnsivcl. o m:1terial rod<tnte, de' construção, e serviço de abostec;- .men1,p. Com esse matcrhl e S"n-iç•s. dh :, dia ,•á i aumentando o seu «•nor·n • , J):ttrlmônib. • • Os resultados dessa obra gigantes~a. ,ó podl'rúO snr a va liados. em to,b r ~ua exten..ão. futuram<'nl r . Hnj(' ·é si, trabalho. .\ s prrspl'cti\•·1s em toclos 1 ~ pon tos dt• ,·i a 'j;Ín d1•~111nib··1rhs. A ·oolivia cu jo po\'o t•ulto. !iom t' 1 ·os– l)it:ileiro, é um p'.lí~ ,•ss nrhlm«-nt<' rico t m minério, e net'<'> t-t d i~ a ,li!• ,n~ i-, !,· rscoad uros p'.lr: sua s inl'<:<totií- 11•ls riquezas. · O 1·str nho 0111· todo;.. o flai-,•s do mundo imJ)\or:im. é 11r.1tir II n te sc•u, o mon{,pólio na A1111.•r ir:1, Quanto á~ ,ua~ minas de pr:ita , qua lc1ur r <'álculo scrin superfluo. !".esse ritmo ele gr ande 1 a enfilriram– ~e todos os outros núnérios. ~im'io y l':itinhos, n m:>ior fortun:t da .\mérirn do Sul. srg-undo ronsta. i• o rei rless1•s minérios na Holivia. O petrôlro ele oualid ide 1•x1·elrntc r rm quantiLludP abundante. lá, 11011 snus riC'os 11oços r rrfin ari3s. zombu d·t dis– tribui<-:io u,11ri1ri,1 noutros paist·s q ue a fa1.<·m por urn•,,idade impcrlos1. A dcs11rllo d.is enormes cUficuld:t – des atuais d1• tr.rnsportl'. l'l'M o p tró– leo boliviano suprindo ll'i nrt•,•ssid·ulC'S do Sl'l·vi~·o e t:tlJISCltUClltl'fllCII' • já corre nas v1·ias dos moustro, de aço. A Chill('hona bnli\ rnn·t. cuja qui– nlna. extraida é m:i niíil'a e a. tenho empregado em l.1r 1 ,·~1 ala, apcrfei– oçada a téctul'a 11,11 a extração de todos os seus 1,1, 11< 11,·,. poderia n eu – traliiar a impm t cão europeia. todo ~ssc p:itr hnonio e milh ares de ou– tros tem out> romper com a n atureza, P~ra o h o1J1em, porém, conquistar tem que a lu 1r uma luta sem tréguas. E que r,1,11traste ! Como o recebe mal ! Como é á vara em seus segre- PARA' ILUSTRADO do.';,! Com,, é r;;-oist:i ! E que prfÇo exl!,-c p::tra o homem clcs11ud11r-the. go– zar . sua pos·; • e entrr;;-ar-lhc , cus te – souros. Entrct1nto este, para satis– fazer as necessida des da extraordiná– r ia mh~uin:iria que dia a dia sua inte– Ji11:êw·h p,h ilegiada concebe não mede sacrificios, pois o pro~esso e o bem esta r de a lguns bilhôis ele almas, nã o J!Ode ser aquilatado apenas com algu– mas dezenas de milhares d r \'idas . Esse progre"5d 1111e ld unos ronda o • mw1do todo e que hodiernamente é in– saciavel, tambem quebrou o nosso ma – rasmo .. . O Brasil e a Bolívia teem r b uczas que preoL~am permutar. · Além· do en orme desen volvimento cconômi:o que tra rá r eciprocamen te surgirá. uma ma ior a proximação fr a: lt•r1\a l n:i politica. Maiores fa cilidades proporcionará aos ·turistas ávidos de conhecer o que P belo e !l'nllldioso nessa terra funda da f)ela figura lt•,;cndária de Bolivar. Lá está a Cordilheira cios Andes, r ujos ricos pkos a tin gem as vezes '7.000 metros, eternamente cobertos de nevl', o lago sagrado dos Incas. O Tltlcaea , que constltuc por si só, a fasclnnçiio dos turistas. e em brE've esses r e('rtnto.; misteriosos e deslumbrantes estará '> muito mais acessíveis. • Ú Of..11' Brasileiro pnr sua vez. foi lm,-n,anll'ntt• bl•ne[kl:ulo com ess-1 romtniçào. Q uijarro, d ila tou os seus por tões para A fronteira brasileiro- bolivian a , em pod r r d:, r passagem li imensa m assa de op(•rár ios brasileiro, ,ae. jun tamen– te rom os filh os do país · amigo, irã o mistur ar suor. · ·. , Nessa construção, romeiros noviços, diariamente buscam enfileirar -se para oferecer a sua pa rcela de trabalho e · sacrificio, vislumbrando com toda a serenidade a escabrosa ver êda a se– guir. A luta é verdadeiramente de gigante para gigante. Vencendo assombr osa- 111ente todos os obstáeulos que a na tureza bruta lhe antepõe, vem o braço nacional, mais uma vez, dar u ma prova eloquente de sua disciplina, capaci– dade de tra balllo e resistên cia orga - nica. · De sol a sol, r asgan do matas virgens, óra de lámina em p14nho, óra sob ,. ronco ensurdecedor de imensos mon s– tros de aço com o cremalhar infernal de suas engrenâgens, a explosão dos motores, e o retinir de uma. infinida de de ferros, reboando pelos ares diu t ur– namente, prossegue na luta, nessas r e– giões semi-virgens. - 23-

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