Pará Ilustrado - Julho 1942

t -. . ;_· 1 . . •· .. . .,. , . 1\>. r~cebi- _t1 a.11'1;:,'1ifl!:1ii..i_}1~/~e d1z1t1 . a fÇdade de 1e I t · profes- 1f s r, .tr~tl.i1I ~ r hc;i_~· qtie havia ~ si1~d~ a ~en t1va nela,.~ ncM-'5õ. ia lttlim~. coro.o .. µ,n,bt-m t,l" llõlica:'gco-grafia e can~·· e." d''lso: ero-' inuilo prova– l~u :: (1 s~ .! eu quêm regesse o curs!l . de •Antiguidade clas~ca, , _• •>M.:'-ler' olúl~o· na uni l'Crs idade o .-.v[1.1 de p~ ,·ssor de-latim e grego. _;:.\lt1 ºnoneãçii(l me inquietou um p6uco ; .res1~ 1ei-me enfim. pensan- . do que um nrofessor do lnslitu1o · t~~n>_.o.bri~ ,o de se ocupar <:om • \Cll.i'Ja• mti~ no, ~- · a uondo C~• ~ el a Harog. de– ' poi~,,tc• slludtir os !"iernoros do ~'d'rHr!IOr10, ,. curndqr e d pastor evanis• lico, fui prêctmir" um quarto • mob1loºdo. A p~squ1sa não demo– .iiJ :nu1to. poJ:, guiou--me a sortr. • 1 t ,. \ ,\ 'i:, "' rnm □ mm [O [i) ... 1 que me fizesse um cofé. A alth•a beleza, ~ 4izer nada . saiu irne– diala, ? -qu11rlo. par.a execu-~ • \Je enconunhou meus passos paru o ~ ,. , cla sra. \'iuva Mados, onde eQco"nt~ \Jm coniodo muito boni– to. Co• \ ci ~en.~ora n<1d e~ a ,...,;111 "'1l1$ÍÍ. foff"!··q;;,• ll se~l-.orilo lar 11 rtfenv cf e s uo mãe. E cn-• qu p.reparavn o melhor crif.é • '= ► • ~, ,,1 ~ 1·n •~ • 1 \i\-i~_u/3. que me n~n-,trou o quarto. • .)dÍ1l1 1 u-a11if<!· t?.fJP,s ª" suas vanla– . 'Cf.~H • '-" ., • ",.·.- . •.~;~.~t~. ~~\zf3uv i• o que ela me '®14.":lq!i,- ti~ ludo• não çornpr«:t'n– " t ,:~r#)'tlJt'... coisa.. põ1s o~ . 7.r1eus ~lhó''\· ('~q"\·phl fii,--.,~no moço. que ~-r~ tl~.l\1111 bdeza• nobre. dignn e · lilhvb. ~eus olhos eram negrôs e ", sur. voz peneirou forlemcnle em ·mt'u coração, Por oulro ledo. !ra– lava-me com (~ronde frieza, c 1 quan– do lhe perguntei o preço do- quar– to, respondeu-me que esse .assunto só podia •ser res, lrido com Aua mãe, ... qual • 5lori.:1 Çll) cosa depois do 11lmov,. · Tol /como a .filhn, 6 mãe lir,ha um quê de nobreza. Ü,,ando pas– ,ei pela porlu me 111cl1ne1. leme– rúso e h,;milde. . oll.01.-llll." com pou.:o omabil,d 1dt'. M11,. quan,llí me apresen tei e· Ih 5aber. com · • devido rt ~peilo. que e1 a profe< se' ndjun!o de língua 1alino e ·fe 1,u;_ lo~ n111terios. e que desejal'o olu~ar o qum·lu. dignou-se .'.1 !iÔr, ir. E.,– lendeu-111 tt--,mao e permit.11 que ··u ll l1c1J(l!;lsc. Eli::1 me que 1lu-• QtH b o quarto r ; porque tivesse ' nccc"sidadc du lll 1s;iuel, mas so– mcnle poro 1c um homem em cS!h'l Pt1re dc,ls seres femininos, medrosos andonodos. como elas el!I a , era umo garantia lr:onqu,111.adura ~J;tr que tinhom um hornerJ perl ão ob!llante. pediu prlv qilarlb dozt- n~iríns mc11<;b . . npc-sar Je eu pensar que elo pcdin11. no mtiximo. orlo. D, pois de lrott1r o preço, cha– mou a ,enhorila Magda e pediu 4 - 7 - 1941 -~ ~- l l.@l]TI'(D[l[l~ . 1 • do mundo. a senhora. levr. a ama– billd1de de me conl~r alguns de– talhes de sua \'ida. f't>i a1.1,.im que eu soube que o seu defu11(0 e.;ipo– so - o quem ela chord\'a lllé o fim da \' 1 1da hada sido diretor dos Correios ,. Tel~grafos daquela cidade. onde fõra objelo do estimo ~ consid~ração de lodos . lendo m<.'.smo sido presidente da Socie– oade Coral dos Bombeiros e' da Sucursal da Sociedade de Socor– ros Mutuas do~ Empr1:gados dos Correios . Depois da morte d1:1que~ le homem nobre e eslimado - ' o quem hovio fe1l0 ~rigir umo sepul– tura magniOca e ll quem jamais de,xori&, de chorar - era ela que se havia encarregado do Adminis– tração dos Correie>s e T elegrafos. e por esse molivo estova ocllpada durllnlc lodo o dia. Disse-me de– pois. que Magdn era o orgulho de sua vida: que folava de modo tldmiravel o alemiio e o francez: que canlavo como um rouxinol e que locava piano á perfeição. Era a melhor dono de c;aso de Ioda o PARA' ILUSTRADO / c idade. do que. aliás, eu fitbria convencido quando provasse o c-11ft! -f:nlrelonlo. a senhorila M,,~dâ huvia preparndo o C{)Íé ct~ , modo que fiquei convencido de · quc era uma adm iravel dona.dv \'.a•·n Aliãs. eu não havia du vid~, ' nt"m um momento. pois quem ·rw diz11). er11 ~ • suo mii... E se alque~ ê '"ªP;~ de saber como é uma ·IHlfo. h.111· rc< r- , ~ leza é sua lnãe, qJJe a conht::e ·•~ dec;de 4ue e la eslava·''" 'TI rraldu~ e • -1; 1 " de.~de i:ntão o segue ç o11 111ütmi 1 - ~ !e com seu o lha r m ' co- ração 1t1olt"rno é e, r "' . pode julgar. h'avia ec ,·, ·;.: -~ ~ · · umo conferencia. sem e::·-.,. .' ( • • 1• 'I cons~guido c9nvencer à lodos · • . XXX S,~ O d,relor do lm,\ilulo, 1~1161 do soube onde eu linha nli,g; lo o quarto; fez um gt'slo ~ 111c.- p1 eve- l ni u qu~ li~esse cu,d-edo, ra.i:~~~- • senii,ll ver-mc--ia COS'ldo. Di.s~e>.i~- . ., ';••· .. que havia já dez (1nos que ~ !!~ . ·:-:· · , : . Mados \:)rocurav.-i ca_s~r .. a fú~.· .... que . era org!Jlhosa. 1:1~Wt,t9·~~-·gi!Íf•~•.~,/ !adoro e rm·guiçl)sa. :ç~1,,umcoll!'". · 1 -: • me lt1mbem que lodos;ºos-·..rapazti 'f,\-·;. ,· d dd h f .......... , )tl' a ci a e aviam eilç, a .~'~(e· o · . . senhorita Magda; mas tlr.4<.1· · 1 ' • ._ Vil\!11 abandonado. porcwc-' é> .·'t:CJr: • ...~ ria alraz dos oficiais. -,,_-·_-·:· : ·,.''~;, -, ' '•.f_, ;_ ·) S d . f''·· ••r'-' ~Xi -.: •• e ;'o, rrelor não OSf>.~ •\~.;-'llie\1., •~ . superior e • sr: eu fos;t~ 'habiÍ rtÁ' o~le d,e monejl.'lr a es')lll~~· ()li , '. prs!ola. cerlnmenle lhe terit/ 'Jii uma bofêlada, em sinal de "de• para u,p duelo. Mos ·c~mo me era pos,;ivel proceder .de J,c. fõrmo, conlcnlei-me em sentir po ele um mudo e elernb. desprt'ZO. Meus companheiros.' ~··. çllledrali cos já casados, tinham lambem ciumes do senhora Mados e da :Jenliorita Magda. Despejavam ~o– bre elas lodos os mexericos e 'ín. lrigas da pequena c idade e · ,;l'I' :; ·; stquer se detinham ante a cal1,,il\ ~ 1 '" dizendo que aquela moça. dt• ·ô·c-, si' leza de rainha. havia lid0 rnrw ~ · ' amanles. • ·• Eu. que sempre e em Ioda par- . le respeitei à virtude fomínina e 1 que nunca tive ocasião de irnag•– nar que as moças possam ·ser. li-\ villnas. retirei-me. enojado do l,r-,, po. e só chegava a me sentir fe liz quando podia falar com e sro. Mados ou por outra. quando· pÓ-' dia e~cula-ta. Desde o prim_e1ro \ momento senti por ela um profun- > do respeito. em parle por causa da àedaração de que nunca dei– xaria de chorar o seu defunto es– poso e de usar fulo. Raras vezes. eu encontrava a sc.-nhorila Mt1gda. C onlinuave mostrando-se frio e reservada. do que. até algum tem- po depois. não cheguei a saber a respeita \•el razão. A sra. ,Mados, a quem cu me -3- ) li

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