Pará Ilustrado - Julho 1942

\ • • • seus arlis las exclus ivos. O ,big progrllm, prolongo.u-se alé ós 2 honis da madrugllda. Uma verda– deira fesl/\ caipira foi o progra– ma da Tupi. Â ,n,udi,co. átJ, Arresenlamos nesle numero dois g r a n d e s sucessos de Carlos Galhardo para a Vilor. AI I DE MIM SE NAO VOLTASSES , (Valsa-Canção) Pedro Caefono- Alcyr Pires · Vermelho E' Ião bonito a genle recordar uma . . ,, (felicidade Oua:1do no peito o nosso coração ·· garanle rehave-la E ' Ião feliz a &enle eslarsentindo o ceu (Jo s eu amor turvar-se de saudade Ouando mais viva, mais brilhante Volla cintilar nossa estrela Eslás bem longe: mas perlo de mim (está. à confiança E é Ião fiel que a realidade veste . a espe rança E nem por sonho posso admitir Oue haja..em ludo isto uma desilusão Ai I de mim se não voltasses ao (meu coração II Ouando na Jis creçiio da madru– O o rvalho beija uma flor (gada Eu não posso crer que sin-lfl maior (prazer Do que eu sinto ao reviver Os leus beijas meu . an)or Vem porque es[a va lsa quer dizer , Oue o meu ceu· começa a escurecer E' chegado o momento De iluminares minha escuridão Ai! de mim se não volfas~es ao (mru coração LUAR C ARIOCA (Samba) Gemando A uguslo - J. Piedade Ütrando o luar carioca C obre os nossos barracões E ' que a voz do samba loca No fundo dos corações O samba qur é conhecido Hoje_ pe lo mundo inteiro E.' ·o samba que é nascido Neste Rio de Janeiro . Deixa fa lar quem quizer, O bomboleio do samba: O amor de uma mulher D e um covarde fa z um bamb11 Desde o meu Bras il pandeiro R ilimado na Aqua rela A olma ele um brasileiro C heia de amor s e revela. - 26 - '.• ◄ •• 1 • . . • · ) Celina Santos de AI.. . . . • meida e Sil...,a, filha do · sr. Oscar de Almeida e Silva, funcionaria da:As-.- • .. S<;)ciação Comercial· do•.· •. • • Pará e de sua digna es- · . . . . ... poso sra_. Gii.aziela Saii;. ·•• los de Alm~ida•. e .,Si.lvB. 0 ·:~ ~ . .. . . ··, .• . ) Celina c o m.pJ; 1a 1 s· )'-.:. • J. anos amanhi; •::i~ade e~m que a mui.her e' ·LJm. entre . . abe.rto bolão de rosa. . E pelo feliz e~erií.o·,~i·e- ceberá, por _certo, muita;' • felicitações de suos iilu-· meras amigui~has. .. ~ • .-· A.,,.,.. ;Alt. !, A! .... lêm o pr ..azer d~- çonvi~ J- ~" c..;;-ia, · dar a sua seleta clien– tela para ouvir as ultimas gravações req:bidas. em discos. ; ;;/', VITOR-.-COLUMBIA--ODEON··:•:· 1~ ~ Jaied, 11-. 100 Karuma·1ra' _ .LENDA. Do Livro clndios Dariukur-ienê• - · Ensaios de EURICO FERNANDES a s air breve Karumairá, ern um indio Pari~– kur-ienê do clan Uacapú-ienê, ( 1) grande pagé. o mais forle de lo– dos os tempo s, que linha o poder de ir e achar-se em toda parle e falar com lodos os povos. enten– der todas os linguos e comer na companhia de Deus. Um dia. dis se Karumairá á sua mãe ; - •Vou fozer uma grande festa e d epois iremos para um lo– gar muito boni[o, aonde não existe doenças nem maldade , e fez sua mãe e seu pai verem tal logar (Awaivitri); lá linha muila gente e era muito bonito. Fez a festa avisando que não comessem pe ixe. porém povo de outro clan - (Moykiunê), qwe ha– via comido peixe, veiu á fesl11 e daí d esenvolveu-se forte gripe entre lodos os indios o que impediu que Karumairá e os seus, fossem para o logar desejado; então Karumairá PARA' ILUSTRADO desgoslóso, disse a suo mãe que ia matar o seu corpo, que o bo– lassem na urna e ~olocoss em em cima da sua casa; ass!m o fez e fizeram a sua vontade. Alguns dias depois. quando sua mãe viu, lá vem Karuma irá , pe lo caminho da roça com seu ba laio cheio de inambús moquea dos . e bejús de' mandioca, que lrnzia para sua mãe, dizendo-lhe:- Vim vê-la pela ultima vez. IT'as já vo u para sempre, mas es tarei em ba ixo da montanha Tipoca para olha r po r vocês, Karumairá, até ho je exerce a sua força es piritual enlre os Pa– riukur-ienês . (1) Uacopú-ienê - indios n11scidos da li– goçõo irregular de uma indio lllha do sol (Kamoê-ienê) com um ind10 vindo do lua (Uocapú-ienê). con!ro a vontade dos po,s doquela. que praficaro o pecado em pleno roça. quirndo ali lrobolhovo. 4 - 7 - 1942 ·, - ..__.1

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