Pará Ilustrado - Julho 1942 n.115

1 RI - ~ .. ; ',f ,f ~ :·:: , :~~i:-,· 11 ! ~arão c·om ur- •• 1., "' • ,;; • •✓ tl . d !!.~ ,111,ft,,"~f~' 1Li o-.;e por lo os ,!J~ ·;~,i~\:,.·t~ ~~ em enlus iasmar- • ~{~;r r.:@:•·..-, p}: Ú~hia. ~ (~•j ~ ~o,' l j. fi.. ,,\ eoc upação de for- ' ; • ·' "" 1 · • \ r-:"nifgi;_ e . :,'T•/"'ªS" ''e.t~ tt"·p . •~f,. .·: . qjo ,'14 ·, ~ .. para atuns. ~.'llf!f1f'°f1!lpl. é deles! 1. T m .,!J.' m m ia da • anqueza fu– ~ac rir.ca a civi lidade. •\; ll'tu. ,do: afiludes esluda das. IJ?Õ~:~ão de1.xar transparecer •ni::e,' ·t> '1Ue !hc vai n'alma. ;~?-~10· 1 que já me ama 1 u!lou-n'le com irrilanle frieza . .,( • ldiql<1 1 ... ,,. r • • . · ,. ,·!:_. ,;_..;. tem-se em conta de um prin- -: ,: :. • · c:,pe .charman.l•, esse cposeur, · n·bec 11 -~;. 1 fi~pai e 'l\/11J'l6C !ralaram-no com r,.uilo carinbó, . Insistiram çom t1mabi lida~ e pou– Cl comum. par~ que no:, visitasse cc.m freC:jL1.encia e r.casse inteira– mente á vónlilll~ cnesla s ua C6S!l > . Desaforo 1 J:'jl, ·.,~e será ;, 1"1,-wi j h'lÍ'I sõo muílo meticulo– sos· na ':!C >lha d õ'> suas arnisad~s. Corno é que esse homem !!urge de repcn:, de porias a den tro, gosandl ~ .-ga!,11" ÇJ4e não 'tão conredidas. nem a muilos dcs pa– renlt's? Não estou go,!ando di11l0. Niü ' Positivamente. e-;fe ho– mem é muito a nlipalico ! 1,; Df: FEVEREIRO Os velhos eslão liriricais comigo. E' p r causo da minha hostili– dade ao Aslolfo Mamãe folou-mt muita seri.:imen– lc Depois de repreender-me com severidade. explicou o motivo pelo qual ,lo-ios nesta e.asa têm o de– \'e!' de s1·rem am1"1os e gratos a esse nobre rapa , O caso é este . Papai vinha part1 casa com vin– te contos C.:enfro de uma valise. Mas os vinte co11los não eram dele. Eram do , bureau,. 18 - 7 - 1942 D fflULHHR OUH AfflAURr cn1me .,. , Bureau, de venda de selos. o ,,o.(' cârgo. • vor iS'30 ele vinha de laxi. Mas pa pa i é distraido. (Todo papai é d istraido.) E esqueceu-se da valise no faxi . Fo i um Deus nos acuda l Eu nã o eslava em casa; por isso na da vi, de nada soube. Mas. bem pensado. era um , bu– raco• 1 Dl"rda do emprego e, ta lvl"z ca– deia. Miscr ia e sofrimentos. Pri vações para mim e para ma– mãe. Sem esse emprego, que é a nossa unica fonte dl" renda. per– deriõmos o pequeno conforto em que vivemos. , Era uma vez a nossa vidà des– a!-Ogadõ. · Se fosse só a cadeia . . . o ve– lho que se arranjasse. Ele tem boas a m1sadt's. O d iabo era o resto: os chãs. os bailes. os passeios. os pic-nics. ele. Eslava. pois, meu pai indeciso, enlre uma bula e uma dóse de veneno. quendo o Aslolfo veiu bater-nos ã poria com a felicida de nas mãos. Tomando o laxi logo depois de papai !e-lo deixado, encontra ra a valise com o dinheiro e os docu– menlos que identificavam o seu dono. E veiu traze-la 1 E' pobre. Tem ambições. PARA' ILUSTRADO Poderia ler r.cado ~ m ludo: e leria dado o primeiro'\..•passo na escala ascencional dos setfs -~onhos irrealiztidos. · Não o fe z. - Dor que ? Dara s er heroe de roma n<.E' sen– límenla l; pelo ego ismo ma ximo que muilos s upõem ser a llruismo; para escravisar pelo reconhecimento e pela gra:idâo o espirilo de outrem Poderia ler s ido o autor de uma lragedia vivida, ele que le!ll · veleidades de s upor-s e Arlisla-Cre~– dor. ' ( ' I e i j"t .. E ntio ·o fo i ! / Poderia ler ocasiona do o des– moronar de um la r. s uicídios. des– honras miserias; e vibrar de emo,. ção, idenka ó de Nero incendian- do Roma~ ' na volupia de pisar ~-q~:; bre cadavf• l!s e m·aldições, ii'üb'lí-.•· . me na impunidade lriuníanle e as: t, • ,• cenciona l ,-: ., •.-~\.'.. ~- '· ;· E não o fez 1 (: •:]:~~ : ~ ·.•·~~-,;aj:'.t'· · • C oitado do Aslolfo,f:/: ::°\:;-::: •:•. _. :·, ···: .-: 1; . · 1'· . / f • t•.,:. . . E inlilula-se Ar!ista 1 · · • · • : .. : • I • . .~ •. . .. . . : ngenuo. . ., .., ·. . -::,., · Idiota .. . :... · •::. · .•.~•",. Para 0 Arli!<ta não ha. sei1t\1nan~ ' ·r.-: ; lalismo; não ha -~tTlor. .nõo h,i · · . .- .,: J amisade: não ha carl-d:ade; não'. ha . ·~- · solidariedade humana:,Rão ha· bo"•'· · : ·• · .J dade; não hc raci.;ciiikÍ.. . . · · ·. ·.; :·.:· · Ha. apenM Arle; apeou. .Emo- · ·,• ção. . . < . ., E ' como Arli!la. que·.} u'-_t.afo. j, E' como Arlisla.~e; ~q· êaso do Aslo lfo . leria d~aadeado o -- i ·í clone destruidor. :,.· ,: •' l')ara vibrar . • .i gosar. .. , •·: •' ' ' ·J\mo o pavor. ff~ • ri Amo o crime. Amo o Sdngue. Só me casarei com um , hero<'. ou com um bandido 1 Ca11orei . . . ou fugirei. E diz-sec_A,rlista, esse pobre As– lo lfo ! 20 DE MARÇO Papai empreslou dois conlos de réis ao Aslolfo. Soube-o por acaso. Um caderno de nolas, assenla– mcnlos domesticos, que me passou pelas mãos. E' pora edilor um livro; um ro– mance de idéas. de sua autoria. E' nesse livro que fundo Iodas as suas esperanças. Quero só ver ... Ele ontem janlou, mais uma vez. conosco. , ... ·: ~ • 'I . .. '

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