Pará Ilustrado - Julho 1942 n.115

Mú).ted, de Erro r leu. Amei-te um dia com esse amor passag~iro que nasce na fo 11tasi11 e não chega ao coraçã o . Não foi anos. foi apenas, uma ligeira impressão . um querer indiferenle. Em lua prese11ça. vivo. Morro. se esla vas ausenle." Mas as 'luas decla rações a ela ? t o que ante~ lhe dizia? As juras que Í61.ia? O vale . agoniF. do. rrocura ex- plicar: Se. como ouirord. não' ~ês meus incensos de poela 1r eu queim.lfr ' u. li;us• pés é que. como obra' dum dia. pll'lsou-me es ta Íllnlasia Aflnal . ele ~f' troe: Purn eu amar-te ·devias 0~1tra vez e não: como eras . Em 1864 uma oul;·d -silhuela fe– ,m_inina atravessa pela · vida de Ma– :thb'do de Assis. Consagrando ao le~lro. a lgumas de s uas horas de lazer. ·havia escrito a fantasia dra– maflca ,Descontos» e mais ·• ,duas comedias ,O caminho .da porta. e do •DrolôcoJo.. Redator do ,Diario d0 Rio, frequenlav~ os espel1:1culos e visitava · os a rlis los. O (lleio agradavel, O meio o atraia. Nessa ej,oca. no famoso T cairo do , Papà. Arnaud.. mlle. Aimé, chegada ·de Paris. "fazia vi– rar ás tontas • uma infinickide de cabeças. Machado de, · Assis foi umo dessas e vê-se bem o impres– são que a íranc'1z!nha deixou ao seu espírito. lendo-se eslos linhas entusiasmadas e prementes que ele escreveu, bem contra o s eu feitio retra ido e inimigo ~e expansões : ,E' um demoninho louro, uma figura esbelto, graciosa, m~io tin– gelica, uns o l_hos vivos, um. nõri z \'.orno o de Sapho, uma boca amo– r~samenle fresca , que , parec~ ler sido formada . por duas canções de Ovidio, enfim a g raça parisien– se ,toule pure• . Ainda umo segunda mulher im– pre~s iona Machndo de Assis nesse m~smq ano de 64. E" aquilo que ."~ in voc!o ·nas poesias dn , Vario, . Eras .j'>alida. E os cobelo:o. aeret:>s. soltos novelos. sobre as espaduos caiam Os o lhos meio cerrados de volupia e de lernura– enire lagrimas luziam . E os braços entrelaçados como cingindo a ventura ao seu seio me ci ng iam . - .30 - Era assim a mulher A mulher que reune que extasia e (domina. a terra e o céo : Coi-ina. Ele diz que ela ,nasceu de um beijo e de um o lhar • e brada. louco de amor: E"s tu a maior g loria de minh'a lma: se o leu amor profundo não le a l– cança de que m~ servirá outra esperança? · E o seu ,amor pro fundo, não a alcançava mesmo. Teve de rt:si- De enlão por deonle. Machado não vive, senão d11'I re-:ordações de Caroli na, lrisle. 11ct1brunhado, sofredor. Não conhcc~ mais um inslanl«.> de alegrio. Escreve o , Me– morial de Aires• com o sang~e vertido do seu coração. livro de sentimento e de s11udade, que é a recol'dação pungente dos dias de felicidade que viveu, Não resiste 4 anos. Em 1968 dá por finda nõ· terra a sua missão e entrega a vida ao C reador com o pensamenlo lodo voltado para Carolina. AAÁ .. . , ~...- .. , . ' Expede saques e ordens telegr~ficas parâ foa8s 1 · as cidoo s do Brasil - Faz operações de cred1fo com 6'· maxíma póqJ1.rnlrd de, · mediante modicas comissõe.;; . .. · Rua João Alfredo, 54-56 .. PARA' lLUSTRAJjO

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