Pará Ilustrado - Julho 1942 n.115

r .. • • • • (D (!] (B [l [µ □ TI' O) Conheci o Ag11pilo Solene nc epoca do terror; não do lerror na · frança do5 sierondinos, mas, sim. do odio e sangue no Paril, em que os vullos cu1mi11anles ,da po– lilica, , entre nós , eram o A11tonio Marcelino , o Repolho e o Cacau. . O Paulo Marõnhão que o diga 1 Apezar de perlencermos a cre– dos diferentes, as mi nhas relaçõe~ com o Agapito estreitaram-s e lanÍo a ponto de fi carmos sendo amigos leais e sinceros, comp Qamon e P hilias. E;tudei-o bem, através do seu temperamento de boemiô e de re– voltado , de alma sensitiva e de moço encanecido. nos momentos de repou– so de nos~1:1s rapaziadas mu tuas ... E rec-onht"c i nele um espirito de bom. um coração que sempre se inclinava para o bem. O minimo sofrer do proximo fazia. abrir-se– lhe a alma em fllantropias radio– sas, desmenlindo a VOZ dos que o julgavam · pelas aparencias não o estúdando 4e perto ... •E. · não 'foi sem custo que pude per s crutar-lhe o intimo. iJor vezes • desanimei no tentamen e. cheguei mesmo a julgar sem resultado os meus esforços, - tais a,; dificul– dades que en~ontrei parà ve-lo ás ,claras; porque a alma do Agapi!o não s.e deixt1va descobrir Assim, facilmente. ' O esoirilo do observador lrope– ç"vi3 , a calma do psicologo fugia, diante dos 1rlJJlliplos desvios da poleslra do Agap,lo, que se des– dobrava, da ·· tristeza p~n!lcrosa, para a gargalhadó irreverente, bo– nochona ou irritante, que ele ma– nejava _com arte 1 X X X Um dia deixei de receber nolr– cias dele. Desaparecera e boemio "do «quarf.-1 general•. e ninguem mais me soube dor noticias dele. ·Pensei mesmo na sua apo'>entado- . ria das rodas boemios, das peles- • Iras noturnas;• e que s,: recolhertr a pacatez de um austero chefe de familia, que é •6 pedra ongular das socieda~es bem comdiluidas,. na frase acacian·a do personagem da ,À Capital Federal•. Mas. enganei-me : O Agapito continuava· o mesmó t Um dia, ao recolh~r-me aos peM neles. entregaram-me um livro que ele, pessoalmente, me fôro levar. passando pela decepçjo de me não encontrar em caso r Dei o desespero por não poder abraça-lo 1 · E li. com sofreguideo. -24- o titulo da , bra : •Cnlre · o rapé e o pa rali, , po r Aga pilo Solene . (jornalista aposen tado). . . Irando no estilo, e pelas • ilustra– ções de Angelus. o espirito ratão e gracioso do Pafuncio Pechincha, dos s rs.: Laerrnerl & Cia . ! Ofereço-le agora. amigo Jaques flores. esse livro do Agapito. Tu és bem o 2° to rno do •mesmo Aga-. pilo. pelo chiste de luas cronicas: . o 3° tomo dessa lrinda~' boemia. lodos nós já conhecemos : E.· o• diretor •irresponsavel, do grande • • e conceituado jornal , Barangan- dã• . de Santa Maria de Belem ! • Para c-qncluit rsta . xaropoo~ e A força do espírito do du lor começa des de a caria com que abre o livro. di rigida a Dejard de Mendonça (o meu querido e ines– quecí vel Dejard !) e onde e Aga– pilo cilt1 nomes dos mais conheci– dos. na epoca; e por aí se alonga e bbrboleleia, mordicando, sem fe. rir, e com fina cverve, . os que lhe calram em graça. ou lhe pas– saram. na QCasião, pela relenliva. para quem não• !abe. • ~ber : - Agapilo Sole~e. é ? pseuqonim~, de Domiciano Ca, doso, jornalista ,.,. e escritor pa, aense . que, ·de. novo, \ .Ji. ~ Vê-se que o • jornalis(a aposrn– fado• voltara ao serviço ativo, cada vez mais verboso. demons- se foi do Pará. não sei pa ra .:onde, ., • e de quem guardo imensas., ~cor- l dações e saudades . . . . · ..-,---S Mereceu os maiores aplausrn o bloco e 5oemios do Ceu . , tendo como principae::; organisadores do elegante bloco as fomiJias dos srs. Antonio Morbach, Plínio Andradt Benedifo Lima. Miro fon– linele, Manoel Melo e Benedito Lima. Os •Boemios do Ceu. con- quistarnm ' o logar de mõior relevo no carnaval em BC?a Vista PARA' ItUSTRAf>O .......

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