Pará Ilustrado - Julho 1942 n.115

.. • . . o • .. ••. • • . ... . . ·e O RDI Al .l DA D e ~ . • « ~ l~•• \~~,f ~ . .~ -" " ".}~ •• .. ,· • • -- Aliiiedo elo almoço com que o dr. .lo<1é Alves Maia homenageou os estudantes da Embaixada do Cclegi9. ••1 Daraense Pais de Canalho. a qual chegou recen!emenle de Manáos. onde fôra t>m visita de cordialidade esludanlil. ... . \ Ha um bu licio de. luz quando ela joga os seus olhos sobre o f>orborinho das gentesr nas ruas. Ha t1ma aleluia de so'ns quando ela· revela a alegria de uma vi– Jorià .comum na musica de uma gargalbélda discrcfa. Ouando elo anda . • com esrn elegancia no• lura! que a torna quasi vaidosa, as flores , ao ve-la passar, ci– ciHm queixu.mes de invejo por não ferem o prefume provo– cante que exala dos seus seios e5condidos no seu vestido leve · de sêda fina, esvoaçante. Ouan- • do ela fola, com aquela altivez dr quem sabe que é mulher e, por is~o. ~ubiçada . os passaros livres com.o o sol que dardeja entre as . folhas onde seus ni– nhos repousam, bafem as asas - 14- como que festejando éllgumll coisa rarn . E' 4ut· eles pensam-– ninguem ~<· admire de um pos– soro pensar, - que da é irmã ~êml a ele seus anseios em es– palhar sons em Ioda a parle de sernetir gorgeios em todo o mundo. Ommdo ela ~eslicula, cerra os cilios e dorme, o si– lencio das coistis muçl'as au– men ta e deita guarda ao Seu le:lto. oncle seu corpo ~ivo e semi-nú canta a sinfonia da sua volupia no seu sono de ~ mu lher menina . E quando, á quasi aurora, ela sonha , a ronda ~llt)Ll-lEft . QUE EU ANlO com a calma ameaçadora de quem se sabe bonita, reparem lodos, as hastes dos flores e os ramos floridos se retezam num milagre incompreendido a natura. Quando ela fecha os etlios e reza , as esh:elas ilo ceu tremeluzem, se exaltam to– das em louvor á ori'lção que seus labios murmuram. Quando ela. depois da prece, feita mui– tas vezes com o pensomenlo longe de Deus e distante da Fé, PARA' ILUSTRADO das visões imemo"riais tecem em torno ao seu anelo 11 teia doi– rada de todas os encantadoras delicios humanas. E' assim, ou quasi assim. mais que isto por c~rlo, .a mu- . lher' que eu amo e que está apenas ao alcance do meu pen– samento para a glorificação moior do meu amor 11np!)ssivel . ._. GEORGÉNOR FRANCO 18 - 7 - 194~ • 1

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