Pará Ilustrado - Agosto 1942
• """ . • .. <, - .. ANO ·1 Nº XX\:'. l~ 13a1ta~~ -~ - ~ em- (élzia4· • • • •□fomos vi·,r-ndo numa epoca• ·c.r,, que· o~ dir~ilos aos homens do. lrabolho ,·•fõo rrois do .que ossegurodo:i. Ho vonf1,1gens para o mois humilde !rtf 11lh11dor. Ou11lquer l~vr,do• de carrinho de mõo 1~m direito o feri,•,. O direfor .de BARANGANDÃ lomb, :11 nõo póde privar-se. dos bencflcio:i que o le, lhe confere. O iluslre e ;ncomporovel 1 · mcm de imprensa prelende enlnir de r~..-.~- Como. porem. oluolmenle não é p•!r" do a circulnçiio de oufomoveis porlir ':!., ~~ o nosso dirclqr oindo '.nâo enkoró no ·'-' , Jornal sem a _feição comum ~ 13~:- . ·... ~ô•enun·cia falsa ·. . . .,,, . l '·,.A TO ,::: A cena ·P~~-~-se ~n:;,~ ·solõó de um~ . hor– beo~la, Os freguéz~s aguord11m o · ~ez: O, • barl:ieiro. puxo 'cónversa com um freguez. ·. ·.B,A'~B.EIRO..,..O . ~enhor sa be? Eu não qu·eria· lhe dizer. . mas , 1mdam espolhondo isso. ·, ·. ··. : ·. · · .. : · • · ;-. Ml~l,00-l~~o o qu_ê'? Digo logo,· va- . mo~ r~,· .· ·.'· . . .. · BA~BEIRO~ que _suo , esposa não lhe ~ fiel. . . . · MA~tDO ~ Como· diz? O senhor pro- ·v~f ~·çin, lt.sl.emtmhe? : dos vanla,u:_ns._. . • \ .· .. ~ . Nõo. vale o pena enft'ór · de. · fc,ios . .. por11 ond~r o pé por oí. ' ·· ·. • •· . · . · ·••· De b,~ clelo fombt<'m ,'iwii:>.•" ., · :~ .,', " :. . Onde i, qua se b~fa 11 .'familia j•,. • ' ··:':: ... :- _:. -; ·J/lij\ :~ \. .. ~ :.: . :.·,_-:~Af;~E!l~O :.,...:_-U,~ .. M visinho ein1o . ·hoie me. ~s_se que · sua mulher recebeu uma c:.irfo do tim ·nte. um · vagp\>undo, um ~es- ocupado. \lt, "lronfo • .-' · • · • ·• MA~I_ . ·. Ah-~· ~andrila. eµ vou já lá L , ---- ..... ,, , . Esfnmos segurnmenle informados que o e~onernçiio · foi expon(anea. Sairam dos cargos porqu<' quizeram . Rcsol"eram of11s– f11·csse• dos funções volunfariomenfe, ti!emre do apen11s ás conveniericias propri11s. BARANGANOÃ é um jorn11l que eslá sempre II par do que ocorre no ccnorio munêliaL Nõo feinc>s porque fazer cau– ·511 comum com esses faladores Nõo nos · aproveilamos dl.l oporíunidade de ver os homens nt1 ruo porn es1oalhor 1e foram postos fórn do cargo contra ~onlluie. Niio é obsolufamenfe exalo, Os faladores. ~ão (õo c11pciosos que afir– maram que os f ·s foo'tim uonc1 dos a pe– dido ... mas niio dizem de quem. Crise de papet·· Confinua a •lcrrivcl cr de p.spel. Na n11m:ha que vai. leremos que red,1zir ainda mais a firagem d~ BARANGANDÃ. O nosso sobio e i~ubsliluivd direfor h11 dias resolveu reunir o pessoul do rcdaç;:io p11r11 esfud11r em conjun(Q o os5unfo. O problema é de fofo complt·xo. O nos– so ,stock• de popel d1minuc olhos vi,tos. Jií fizemos os colculos e esfo mos numn si– nucõ medonho . ficou resolvido, pqd111 rJ, o ~cguinle. Aílm de que II nosso 1ir11gem não sofra um co– lapso. passaremos o imprimir somen[e um exempfar. ' 'º Aílxorcmo:i depois o ex mptar num qua– dro env1dr11çod11 i: co caremos numo pare– de um corredor qualquer. Oucm quizer ler as nolicios sensHcionois de 8ARAN– GANDÃ. pago quinhentos réis de enfrode . O Írcguez lê o jornal ruais populor de Bc~ lem e depois vni ~ando o Íórn. abrindo lo– gar pnra oufros lci(OTes. Por falta, de papel somos obrigados o recorrer II esse papel êle •c:mbrulkllr• o.s incautos. 1 -8 '1942 ".'· · . · ,2· ATO esmo burbeoria. Poucos freguezes. ; e1,lro. · . · · J, . . t' , B IRO,,_Oue tal? E' cerfo ou nii~ é? . ' M·ARlD<"-E·..-.;~fom'io. Minha mulher era incapaz duma coisa ·dcssn. Tinlip graca,.: É com um ' vagabundo. . . · . :,J· ~ 13ARBEIRO-O sên.lior procuroú ver se ·,::,i· , c!'nc:ontrova n c<1rfa que prova o fato. ·~·., MARIDO -Tenho cerlezo. Indaguei ludo. BARBEIRO-O senhor viu bem? Ach'ou a cario? MARIDO-Achei, achei o caria, n\QS o c11m11red11 niio é nenhum vagabundo. E' úm sujeito olé muito bem colocado. •• Di;em que és boa de f11(0, um coroçiio amoroso. Eu sim.· ,'OU alma de golo, um bicho muito manhoso. Eu niio p~~so de um ing~olo apelar :dé venturoso. · • A bondade cm ti é maio / anjo sem azas formoso. Fino jqie. Íroncamenle. isso eu digo, mos não creio... Digo por graça ,~omenle. Se te! fosses,. coroçiio. eu le punhe num sorteio a dois mil réis o certiio l 1)~da,9UBU4 Namoroda alerta - Frença combn{enle Moço de suor ruim - Guerra químico Namorado despedido - Entrega de passoporlcs ' Noivado desfeifo - Rtlirada esfrol.:l(ii:a Hom;m cosndo vorios vl'zes Resislencio inglesa Moçe que ningu~m cor{eja - Esquadre imob1lisado Sujeito mordedor · - Submarino de bolso Noivo que compra lrrm de cosinho - V de viloria Dinheiro emprestado oo futuro genro - Refcn E.,posa leimosll - Ilha de Moita Marido duro Ch1111-koi-cheik Mulher r11bujenla - C11mara dos Comuns PARA' ILUSTRADO Diretor gerente e irrespon50,iel - Zé Vicenle AJ,/;wu. ~ q,µe CJ.Ut e fnCltô.u ó- que não. · CJ.iu O Geremies soube que o !\Ili da Fcli5- mirra dovo um dofé de vinte éonfos de réis á füha quando esta 'se cosossc, e ainda condicionavo a vinda 'do genro para morar em cosa: , O Gercmias, doido pelo dofc. frnfou · de pe.dir 111 mii\'.> da I felismino. O pai :dll pe– quena o recebeu de bom gn1do. O rapaz Geou radion(e. O velho, porém, expoz : - Ho umn condição. Eu só dQ/'éi a liiiio da minha r.lha em cosamen(o ao noivo qüe ao menos dois dias pOl' semana 111e (roga aqui um quilo de c11rne verei.~. l;.u fqrneccrci o dinheiro para !oi. , O G eremios prometeu que ia lenfnr. -Pois o senhor !em que fnztr , onlcs a experiencia. durante Ires semanos. Se con- ' seguir re1,1liza-la, cosa . cofll o pequena e levo o dote. · _Ô Geremias duron(e Ires semanos' segui– das conseguiu comprar a cnrne verde para a casa do poi dn felismino. Agorn o leilor na certa pensa que ele casou com o moça. Pois niio , ,.c11sou, 11iio senhor. '· Um visinho, pai tembem de umo peque– na, sobendo do resultado. c~amou o Gere– mias ... e furou a •cliapor e/o pai da ft– lismina. Ofereceu um dol.~ maior: de cincocnla contos. lo.do.d- M- fne4lnó, wn~- O camarada en[rou pelos poríões da Snapp (! foi bofer lá num galpão onde se enconlro.rom cenfenas de funcionorios. Levava uma subscrição e queria ver se cnchi11 a mesma. Com o dinheiro compra– •rio uma possageni poro regressar ~ terra natal. 'Confou uma hisforia muito (riste. O p~ssool llcou i!'lleressado e se aproximou. O homem linho perdido toda II familia de uma ve~. Um funcionorio indagou: -Em que dio foi isso? O homem declarou : -Foi numo sexla-feir11. Naquele dia que deu o mt1c1:1co pela Stm!a Cas11. Ni~guem soube que din foi. ~N.iquele dio que caiu aquel11 chuva medonhn. Nada de saberem o di11. -N11quele d111 que um bonde 0 derrubou um poste. O passool nado de ocerfar G homem enfiio exclamou : , -Vôle, que coisa.· Foi no dia que o co– mandant-: Burciio Viana pediu izuneração do Chiniípe. Os presentes, por ume só ooc11, murmu– raram. -Ah I foi no dia 17 1 -5-
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