Pará Ilustrado - Agosto 1942 n.117

r • ? ... •· ( ConfinuBç§o dd péigina 7) · e Ião lrisle e !ai.vês mais lrisle que o meu 1. .. Sei ·lã s e és - lú; que me ouves aqui. m·êu idolatrado fi– lho. O que é certo. é que o .meu filho , seguiu c<lrno seguislé. para expulsar o s vendilhões da Mãe– Palria ,e _rno~reu n ·urna lule heroico -êle k1rnbou ao lado da Bandeira Bras ileira que tanto amava! Fez. sem du~:id~. cantando contigo. a alraves~ia _âeste raivoso mar, que espum,, noile e dia I Partiu para sentir com que febre se arranca lá do peilo, o amor. que é uma arma branca . para embebê-lo de– pois. soluçando de anceio, solu– çando de dõr dentro de um oulro seio ... .• .. . Acaima~e .'.. Reanima-se . . . Sin– copada pela fraqueza torna a cam– balear. Benze-se e enxuga a rugo– sa face, molhada de s uor e de la– grirnas .. . Abre o d ecole da capa refira de ló um cruc ifixo. Depõe– n'o na cabeceira da campa. b::i– jondo-o. o rvalhan~o-0. com lagri– mos e com uma dõr-dô r ir.r. !!' que só as mães sabem definir A m1rnhã ,l;!s/av11 J8 inteiromen1e caberia de sol. Pelo cemilerio co- 111eça ;am o entrar senho ras rica– mente cobertas de luto. Áproxima-se um cortejo funebre. , Peneira pelas a Ia m é d as. c o– ber!as pelas folhas a ma relecid&s , que são as saudades caídas das arvore'3, conduzindo o corpÇ> mu– tilado dé mais um jovrm heroi to1~bado na defeza da Polriti. Ca– ~inhi, lenlo. lrisle. colado: rnlados e triste os sol dados aglomerados. triste e éalàdo o comandnnle e o O!lpe lão. As mais lema'! dos mães des– pede-se mais uma vês. T orn11 a oscular o Cruc iflct1do, a lousa e a cruz . . . Resa cabisbaixa. Re– gressa tropegando . . Diz um no– vo adeus! . . . Ao transpo r os por– toes, volta-se ainda, alongando a vista. procurando com a mão di– reito. em palma sobre os 9lhos. o lumulo e, com a vóz quasi su– mido. impreca novamente : - Oh ! - meu filho I Perdôtl-me I Eu '!ou !1Urnomenle egoi,;la ! Ouero-1e só meu e . . lu tens lllnft1s Mães... 1 E des'la....t<'_i~te. m1mhii em dia11te· - o instante- pu'ísag(·iro duma coi– cia imortal. ro(llo Bourgt"I definiu o homem - a Vi'.'lita no tumulo do Soldodo Desconhecido possou a ,;er rn11is piedo~o e mais concorrida. tadid.au 1Jat11,ido. 1.5 B 1942 .. ·. 11 Umá· vóz nas · Trévas ' ' ••• Ouondo um governo se estabe– lece á revelia da vontade popular, num assalto ao poder que se mas– cara a princ ipio sob a forma de um mal necessario para logo de– pois, revelar seus melados bruta is de dnminio e de opressão, é certo que nem siquer o direito de livre pensamento será consentido II so– cied~de assisli r escravizHda. Mais cedo ou mais ta rde. conforme as circunslancias o favorecerem. a li– rania os jogaró contra a voz da ciencia, d a c ultura, d a propria re- ligião. alingido em che io, em go l– pes cado vez ma is rudes. a con– ciencia de uma nacio nolidade, por medo de que fa le mais alto a exi– bição arroganle e od iosa da força li cristalidade de urna idéa, de uma vcrdaJe cientifica, de urna pa– lavra de eterna justiça e de amo r fraterna l. E' então que os sicarios de um povo. arvorados em seus chefes, a rremetem contra tudo qu11nlo seja expressão pura da humanidaàe, desterrando s11bios e inlelecluais, \ ~ufocando o orogresso e vio lando a té os ·templos erguidos pelos sen– timentos piedosos das populações. Dá-nos disso vc:emenle testemu– nho as tristes olividades d1.1 Ges– lapo na Alemanha' de Hitle r. que . não confente d e eslender suas gar– ras aduncas sobre o patrimonio da in1eligencia de sru proprio pc vo e daqueles que ca1ram á traição e a felonia sob seu guante, vem co– metendo o crimt: dns crimes der– rubando igrejas e internando reli– giosos em campos de concentração, quando não 0s leva fogo ao ºpe lo– tão dt> fu zilamento ou os assa~sina oo pé dos a lta res ·onde invocam a waça do Altissirno p,ara o rebanho de seus fiei s. Tal é o humilha nle e realissimo quadro que se nos depara na atua– lidade. na velha Europa .. de que lemos sabido através de info rmes precisos e alé da documentação cinemalografica em filmes como ,Uma Vo2 na's Trevas, - e q ue merece ser invocado nestas linhas. agora que Ioda a c ris landade co– memora. mais uma vez, o Di\·ino Socrificio da Paixão ... Perdoa i. Senhor, eles não sa– bem o que fazem ... •••••••••••••••••• ..,4dq,uilie-r:J-e ~ nu- lneltO-d de PARA ' ILUS TRAPO Compra-se os numeras '105 a 109 do PARA. ILUS– TRADO. que se exgo!aram e que s.5o d~ necessidt1de em nosso ·arquivo. PagtJ-se dobra.do. . --. ~ .J\ ,, .r;.mo, se eicreue sem a.g.á dui Lull;!. a .Arta J\lla.rLa., _., e a. jouem ~a.t à. rua e compra. 11.a. tlura.rLa. esse roma.n.ce engraça.do ,·. que é 9u.La. do 11.a.mora.do e ortde en.sln.a. o autor como a mufüer e o h.omem "' ertcon.tra.m o "a.gá ." no a.mor. '!r A A••;A,. & A! ... têm o praz~r de conv1- T,,. ~,. ~. dar a sua seleta clien::- leia para OUVII' as ultimas gravações recebidas em d1c;cos. VITOR--COLUMBIA--ODEON PARA' ILUSTRADO - 3 1 I •: ' •

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