Ephemeris, v.1, n.1, agosto de 1916. 115 p.
68 Turva, a Agua-esmeraldina não lhe desdobra na pupilla jalde a Curva ' feminina de uma Estatua. Blasphema ! Para a Incauta orna os chavelhos hispidos de acantho, e, na inquietude da esperança extrema, a um canto. tal um faseinador de e-xoticas serpentes, colla aos limosos dentes a Flauta. IV Espreita. Agora, na emboscarla alerta, EPHEMERIS sem que os sonhos immemores i;mrprehenda, por sobre o espelho, de funerea lenda, pode ver o que á vista se lhe offerta ... A 'Agua: repecte uma Arvore-p_hantasma. Na Noite branca, · ante a pupilla pasma, a Intrusa, solto o verde cabello de medusa, ondula e dansa, num desvairamento, para o reg_uinte hysterico do Vento. Arranca. . as flô~úrpuras da fronde; revela um pomo e, logo após, o esconde; despe-se aos olhos mysticos da Lua, ~ avança, e treme, e exalta-se, e recúa; dobra o· toi'so arquejante pará o solo, e aperta mãos de grypho sobre o collo. Emquanto, alli, num deliquio de acórde, em verde salva de victoria:regia, a cada beijo que a perfuma e morde a caveira de -um Satyro soni ... Nunes Pereira
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