Ephemeris, v.1, n.1, agosto de 1916. 115 p.

EPHEl\IERIS 65 " não lia terra como a nossa terra; em parte alguma se encnntra o es– 'plendor do nosso céo, a victoria das nossas madru1:;adas, a pompa dos nossos crepnsculos, 0 conforto incompara,,el do nosso clima, o encanto dos nossos dias serenos e luminosos, a magia das nossas noites, o sol dos tl'Opicos, o luar dos tropicos ! » Muita razão tinha T11cito de não trocar a Italia mettida na gaze dos seus levantes, na purpura elos seus occasos com a sombria Germania_s_em belleza de linhas, sem expres– são, lmonotona e triste. Nem se ~oncebe o nenhum caso ele l\I me. Stae prla maravilha do golpho napolitano. O septentrião é apavo– rante, ri11cão da sombra, do silencio, dos phantasmas, do desconforto. Beijando a terra sagrada onde se encontrou ao nascer, aqnella alma que o horror do norte redimira, estava Yolvicla para o deslumbra mento elo seu meio, cantava cleante ela natureza, virencia e ouro, dei– xando escapar n'nm gesto symbolico uma expressão ele fervor que já não era dirigida ao invisível, mas á mornura, á suavidade das effl:uen– cias meteóricas que o dominavam, cantan=i. a odP ela alegria verda– deira: « doura-me, ó sol ela minha tena, i-nccnclcia-me, enche-me de vida, aca!cnta-me, ó luar vclludo e sonho, adorn1cnta-me com a tua doçura e o teu palôr, desce sobre a minha retina sequiosa de clari,– dadcs mansas, vem sobre mim, ó luar,. dal tuo slellato svglio » . Alfredo Lamartine \

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