Ephemeris, v.1, n.1, agosto de 1916. 115 p.
:EPHElVIERlS pe1o seu mérito, sempre dá que 'falar dle si, tem sempre que revc– ia,r uma face de sua vida, quando menos se espera. Nesse estudo perpetra o auetor niversos erros indesculpaveis :1um homem diplomata e cultor da•s let– tras. Diz ellc que o Brasi! p;.ssára d'e monarchia á republi:ir, o.e Hill 1;alto, ás ·subitas. Asseverar tal coisa, é desconhe– -cer a nossa historia. A aspiração w;pub1icana, entre nós, é secula•r. 'Não se poderia explicar que o Br-asil'•se esquivasse áis influencias 1lemocr~ticas de Voltaire, Rous– ·sean, e dos encyclopedistas,quan– ·ao mesmo entre birasileiros e os ·reinóes existia o conf'licto ·ethnico. Na conjuração mineira os nos– -sos homens tinham unido á id 1 éa de autonomia, a idéa. de uma re– publica, que seria lançada nos moldes da republica americana,. Diz o sr. João R,ibeiro que "a Republica era, já uma aspiração -antiga, do povo genuinamente na- -cional". Ainda o sr. 11àtlieus dle Alb 1- querque cáe em contradição quan– do diz que, em osso meio, só ap– parece quem é grap,de em altura, -qu-em nã,o fa,z pacrte do grande partido nacional-o rachitismo– " irmão inseparavel da fealdlade e causa primordial dos nossos ma~s feios males". Ora, sendo assim, Rio Branco, que er~ um homem g11an<le, de -compleição saxonica, não se ele– vou, como gloria na,cional, pelos seus meritos de homem de cultu– ra e d'e energia, e sim porque sim- 55 plesmente era '' um homem alto, branco, robusto". Diz -o auctor que o •sr. Joaquim Nabuco não deve a sua gloria á sua campanha politica e social é nem ao seu valor de intellectual, mi,s simplesmente a.o seu porte magestoso. Pagina,s adeante, diz.: "Joaquirn. Nabuco não deve a sua gloria á maximais do embaixador, que tan– to Jisongea1am a nossa sensibili– dade embasbacad·a, permanecerá sempre o artista apollineo, o "ho– mem . de pensamento superior e universal". E por todo o li.vro ha um cuidf!1.. do ma,lvado de dizer mal d'o Bra– sil, de nosso•s · homens, de nos o costumes e de nossas coisas. Citemos algm1s negros pedac;os: "no Bralffil ninguem sabe historia; ai transitorieda,d'e da cultura na– cional, infantil e desordenada ; o conforto material das cidades me– nos barbara do Sul; este exaspe– r2111te momento da civilizac;ão hra– sileira é profnnd'am.ente caricatu– ral; ainda ,somos um povo sem opinião, etc.... " Afóra isto, ha. a,inda coisas mais extravagante<; e infantilmente di– tas. Depoii,i c1 'esta leitura, conclui que esse encairar funestm11ente as coisas e os facto.s de nosso pai·z pelos lettr'a,dos que vivem no Rio, é uma d 'essas maneiras de ganhar celebridade, pelos de:s1:emperos e erros enfeixados em um livro br,a!llco, com epigraphe yermelha, composto e i1npresso no, Rio. Terminemos cita.nd' O trechos de nm discurso de Sylvio Romero, ci– tado pelo sr. 2\Iatheus de Albu-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0