Ephemeris, v.1, n.1, agosto de 1916. 115 p.

2 EPHEMERIS xas e imprevistas e~igencia1~ impostas pela evolução do espirito bumano. Eil-a, a. Revista. Ella não pensa em dessorar-se, dissolver-se, ao contaicto da descrença fata~istai que é a marca do nosso in.stincto refractario á eom.munhão da'S lettras, liberalizando gestos e palavras num es– .flarço depauperante e inutil. A lucta, qualquer que seja o mecha.– nismo dynamico dàs sualS tendencias, o objectivo physico, so– cial, espiritual que 1hr esboce no hevoismo, na1 fé, no trabrulho, o J>onto de partida, fondamenta na sobrie.da, de expressional o segre do da sua energia. Tem-se vencido no mund:o·, para impla,ntarr as grandes conquis– tas e as grandEH ref:irmas, pela. auctori<lade da. força e pelo exem– plo do soffrimento. li'orça e soffrimento, que polariza,m na, reali– -dade contingente o polder de a,cção e de reacção do espirito in– submisso, são duas fórmas diversa~ e culminantes d!a energia hu– mana. Nenhuma d'ellais, na consciencia absoluta do seu prestigio inooercivel, superabunda em prolixidades pala 1 vrosas ou mimicas. A vi'rtude, que acaba por ser o soffrimento, abr 1 oquéla-se na resigna- ___;.,;;;,,: ção, formidavel instrumento de victoria paria os que sabem tolerax -e esperar. A virtude austera em qu€ se requinta a força revela-se _na tenacida1de obstinadra, inimiga organica do tumulto, da turbação .e <1'3r anall"chia, que 8i'ÍO osi expoentes classicos da decomposição e da fraquezt; · Os que incorporam a phalange temera_ria a que o Pará vae ,dever esrta Revista, fazem profissão de fé, desde logo, da sobrie_ da.de moral que lheõ: t,orna defesa a expansão dla.s promessas illuso– ria1s, corteja.ndo o indefectível ludibrio dos vaticinios miraculosos. .No Ca,lem.dario das sun1s aspirações e das suas intenções não figura, numa auréola votin1, o agiologio que lhe torne os d estinos sob a dependencial da Grar:a., a 'cuja suggestão porventura se accommode um inquerito prosai,~o ao enigma indevassalVel do futuro. Excluem– se d:a influern:ia imponderavel do tempo, que vae ser a severa tes– temunha, do seu labor sem tl'egua, as c&~andiros o·raculares e, do mesmo p.a(Sso, os quadrantes de Nostradamus. A Revista. é o que é no meio em que surge. A tempera dos que a fundam e a C>ntregam, desde esta hora inicial, ao interess•e QU á indilfferença. publica, está apercebida da experiencia, de– eepcionante de preteritos insucMsgos congeneres. Robustece-a, pois, o alheiamento a illusões, e nem outra é ai razão que lhe acon– selha parcimoni:1 on escassez em promessas. Não a intimida o desdem do materia,lismo avass-a,la.nte. Não ru prostra o scepticismo irrreductivel que 1solapou, ma.i.s do que a aversão ostensiva,, as tenta– tivas de aspecie an6loga) desfecha•das na esterilida,de e no mal– lôgro.

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